sábado, 14 de abril de 2018

DOCUMENTÁRIO: TARJA BRANCA


                                            
“Ouça um bom conselho que vai de graça: hoje, amanhã, ou por esses dias, não se acanhe de selecionar a foto de que você mais gosta de quando era criança guardada na sala ou naquele armário empoeirado. Preferencialmente uma foto que vai rememorar aquela criança viva, ativa, sorridente, brincalhona, lúdica que você foi. Olhe para ela e faça as seguintes perguntas: Como ela está e por onde ela está? Caso não tiver coragem, não se preocupe, a foto perguntará para você. A possibilidade de nos assustarmos é altíssima. E de repensarmos algumas coisas também.” Este conselho aparece no documentário “ Tarja Branca”.
 Resgatando o conselho acima, Daniel kahneman desenvolveu um método terapêutico que deu o nome "álbum de retratos". Numa de suas Conferências, um jornalista perguntou a ele qual a causa desse "BUMMM" de infelicidade que esta nova geração está vivenciando? Então ele respondeu: "máquinas fotográficas digitais" 
Como assim? Perguntou o jornalista.Nas gerações passadas, tirávamos fotografias e revelávamos e compartilhávamos com as pessoas as nossas emoções e prazeres; hoje, elas ficam guardadas em HD digital, nuvem e este momento que tínhamos no passado de partilha e comunhão emocional, perdeu-se.
Tarja Branca – A Revolução que Faltava, dirigido por Cacau Rhoden. Produzido pela Maria Farinha Filmes, é um documentário de 2014 que tem como tema, o ser brincante que existe em nós e que está sendo esquecido e desvalorizado.
              Sabemos que há  instrumentos que garantem esse direito às crianças, tais como: a Declaração Universal dos Direitos da Criança, a Convenção de Direitos da Criança da ONU e o Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei nº 8069/90.
    O Documentário é um trocadilho ao remédio Tarja Preta que são medicamentos de alto risco, não pode ser usado sem prescrição médica e só podem ser vendidos com apresentação da receita.                                   
     A pedagoga Ana Lucia Vilella, desafia: “não dá para continuar desse jeito”, ou seja, não dá para levar a vida sem o espírito lúdico e livre. No brincar, nós ampliamos várias habilidades.
              Segundo a Assessora Educacional, Soeli Terezinha Pereira “ao brincar as crianças negociam, fazem escolhas, opinam, se encantam, se alegram e aprendem a conviver com as diferenças. Logo, elas vivenciam a solidariedade, a alegria, a justiça, a co-construçāo de regras e responsabilidades, fundamentais para o seu desenvolvimento afetivo, ético, político e moral.”
                 Brincar é uma linguagem do espontâneo, da alma; é viver em plenitude e liberdade.
         Um dos entrevistados, o artesão, Hélio Leites fala do valor deste remédio no futuro. "REMÉDIO TARJA BRANCA é o remédio do futuro. No futuro o remédio não vai entrar pela boca, vai entrar pela orelha, é a palavra vestida de histórias, curando aqueles que não se acreditam doentes.”
              Percebemos hoje que são poucas crianças que brincam nas ruas, brincadeiras tão comuns na minha infância, como brincar de rodas, esconde-esconde, pular cordas, queimado, bambolear...
             Destaco a fala da pedagoga Maria Amélia Pereira que comenta que encontrou um bando de crianças e um estava com uma pipa na mão, e os outros atrás dizendo: batiza, batiza.. Ela parou e perguntou : “o que é que vocês estão batizando? Então um respondeu: “Aquela pipa, porque o menino usou o fio inteiro da linha. A pipa é batizada e ninguém pode mais cortar ela, e aí ela associou:  Brincar é usar o fio inteiro do ser”. “Brincar é urgente!”, exclama a coreógrafa Andrea Jabor.            
  O brincar deixa marcas eternas em nossas vidas, e o documentário prega que o prazer da brincadeira deve ser estimulado desde cedo para que, quando adulta, a pessoa continue brincando e saiba buscar a verdadeira felicidade.


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