quinta-feira, 30 de abril de 2020

GRATIDÃO

Hoje 30/04./2020.
Quase findando Abril.
Um ABRIL ,Que não abriu....
Um ABRIL que tudo fechou..portas comércios,estradas fronteiras ,economia ,o esporte.
Um ABRIL que a natureza se abriu aliviada ...
Um ABRIL...que se diferenciou...
Um ABRIL ,que estremecemos e em seguida decepcionamos com ídolos criados..
Um ABRIL que abriu as portas da ganância pelo poder em detrimento da necessidade do povo.
Onde a imoralidade política se escancarou..
Um ABRIL que lives se abriram para o show ser em sua casa..
Um ABRIL que a igreja não abriu, mas incontáveis igrejas se abriram em casa que se tornaram verdadeiramente um lar.
Um ABRIL que a escola não abriu, e os pais puderam conhecer seus filhos e filhos resgataram os pais.
Um ABRIL que os mais velhos se fecharam em casa mas tiveram oportunidade de contar histórias pelo celular...
Um ABRIL que se pensarmos ...
ABRIU as portas...escancarou escandalosamente as portas do coração,da solidariedade da caridade da paciência,da resiliência da oração e da Fé
Um ABRIL que abriu nossa alma e a coloriu de uma única certeza...A certeza da incerteza.
Que tudo... passa...
Menos o que verdadeiramente somos.. Que nossa essência é.. SER HUMANO.
Então...
caminhemos...
QUE ABRAM-SE AS PORTAS DE MAIO...

CAPIVARA NO CAPIBARIBE



Em meio à pandemia do coronavírus e esvaziamento das ruas das cidades, a natureza segue seu curso e parece ser mais notada pelos seres humanos. Na beira do Rio Capibaribe, na Ilha do Leite, capivaras adultas e seus filhotes têm sido vistas, principalmente à noite. As imagens dos animais começaram a circular no WhatsApp e muitas pessoas acharam que eram montagens.

A médica Luciana Siqueira, de plantão em um hospital particular do bairro, também fotografou e filmou as capivaras. “Tentei chegar junto delas. A mãe tá com dois filhotinhos, a coisa mais linda do mundo. Elas chegam umas 21h e até dormem no gramado”, disse Luciana. A presidente da Agência Estadual do Meio Ambiente (CPRH), Djalma Paes, disse que com a menor frequência de carros nas ruas e produção das indústrias, há registros também de níveis de melhora da qualidade do ar. “Na igrejinha de Carneiros, em Tamandaré, o mangue próximo já começa a renascer também”, disse.

A capivara é o maior roedor do mundo. É uma espécie de mamífero roedor da família Caviidae e subfamília Hydrochoerinae. Está incluída no mesmo grupo de roedores ao qual se classificam as pacas, cutias, os preás e o porquinho-da-índia. Segundo Yuri Valença, gestor do Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas Tangara), da CPRH, as capivaras precisam de locais com refúgio com água, como rios e açudes, e espaços com pasto, pois comem capim e frutas também. São parte da fauna urbana, explica.

O que está acontecendo de diferente em relação às capivaras durante a pandemia é o horário do aparecimento delas. "Normalmente elas surgem durante a madrugada, mas, com a menor frequência de pessoas nas ruas, elas têm surgido mais cedo e por isso há uma tendência maior das pessoas encontrarem elas nas margens dos rios", explicou. Segundo Yuri, o movimento no Cetas Tangará aumenta nos finais de semana. "Durante a semana, as pessoas não têm tempo de apreciar os próprios quintais e, nos feriados, encontram iguanas, veem bichos que acham que não eram dali e nos ligam."

O especialista explica também que as capivaras são grupos gregários, com um macho e algumas fêmeas reprodutoras. "Quando os filhotes crescem e não há espaço para mais machos e fêmeas, eles tentam a vida em outros grupos. Como as cidades estão mais calmas, os animais adentram os espaços e se perdem. Há duas semanas, o Cipoma resgatou uma capivara em Olinda. Também chegou até nós uma em Boa Viagem e outra no Ibura."

As capivaras nadam e passam muito tempo sob a água. Se um ser humano se aproxima, elas tendem a mergulhar. De toda forma, a recomendação é não se aproximar e não caçar. A carne do animal silvestre oferece riscos para o ser humano. Capibaribe vem da língua tupi e significa Rio das Capivaras ou dos porcos selvagens.
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EM QUARENTENA HOMEM SOLTA PÁSSARO APÓS SENTIR NA PELE O QUE É ESTAR PRESO

Um vídeo gravado na Espanha, foi compartilhado nas redes sociais, viralizou e está emocionando muitos internautas. Nas imagens podemos ver um homem soltando dois pássaros que mantinha em gaiolas, após sentir na pele o que é estar trancado durante a quarentena.
“Bem, aqui temos esses pobres animais, que nos dias em que fiquei trancado aqui, entendi o que é ser privado de liberdade. Esses animais merecem ser livres “, disse o homem comovido.
                                         
Percebemos que algo o fez mudar...e sua atitude merece respeito.
Que possamos ter mais gestos  de conscientização como este. Gratidão. A vida sempre está nos presenteando!!!!

LIVRO - A REVOLUÇÃO DOS BICHOS - GEORGE ORWELL


Publicado em 1945, ano do fim da II Guerra Mundial, A Revolução dos Bichos trazia uma temática ainda complicada de ser assimilada pelas pessoas. O regime ditatorial sangrento, representado pelo porco Napoleão) ainda não era classificado assim pelo mundo em geral.
Tudo começa quando os bichos da “Granja Do Solar”, cansados de serem explorados pelos seus donos, revoltam-se e os tomam posse da fazenda, que, de agora em diante, instituem um regime cooperativo e igualitário. Mas não demora muito para que alguns bichos — em particular os mais inteligentes, os porcos — voltem a explorar e fundar novamente um governo totalitário e opressor. Sustentado pelo orgulho de ser a única fazenda governada por animais, lemas como “Quatro pernas bom, duas pernas ruim”, os porcos manipulam os outros bichos para que suas regalias sejam atendidas.
O livro foca boa parte no embate dos porcos Napoleão(representando o mau socialismo) e Bola-De-Neve(bom socialismo), nas suas divergências e como a população de animais os vê e os aceita. De início, tudo é muito bom, porém com o passar do tempo, o enfrentamento dos dois vai tomando dimensões muito grandes a ponto de Napoleão fazer Bola-De-Neve “sumir”. Mesmo após tal medida, Napoleão usa-o como desculpa de tudo que há de ruim na Granja. Coisas como “Bola-De-Neve e sua equipe de espionagem para roubar-nos milho” é um dos instrumentos de alienação usados pelos porcos para com os outros animais, claramente menos desprovidos de inteligência.
A obra retrata diversas situações em que Napoleão impõe aos outros bichos. Chega a ser revoltante as medidas que Napoleão decreta, que ao mesmo tempo que beneficia apenas ao seleto grupo de porcos, causa cada vez mais prejuízo à maioria da população da “Granja do Solar”. O ponto alto do livro é a reflexão que isso nos propõe; como recebemos informações e as esquecemos poucas semanas depois. A forma como nós somos governados e a enorme passividade frente a injustiças. O maior triunfo do livro é que ele nos proporciona uma outra perspectiva e, assim, podemos analisar as nossas condições com um outro olhar.
Acredito que seja uma maneira de repensarmos o que estamos passando hoje no Brasil.

BIOGRAFIA DE OSHO

Osho (1931-1990) foi um professor de filosofia e mestre na arte da meditação. Fundou um movimento espiritual com características de uma nova religião, com a busca pelo divino, rituais, doutrinas e até escrituras. Publicou mais de 600 livros.

Osho nasceu em Raisen District, Índia, no dia 11 de dezembro de 1931. Formado em filosofia, dava aulas na Universidade de Jabalpur e conquistou seus primeiros discípulos. Em 1962 abriu um centro de meditação e iniciou um ciclo de palestras ao redor da Índia. Em 1964, suas palavras foram publicadas no livro “O Caminho Perfeito”.
A partir de 1966 Osho dedicou-se exclusivamente à vocação de guru e passou a organizar acampamentos de meditação na zona rural do país. Em 1971 mudou seu nome de “Chandra Mohau Jain” para “Bhagawa Shree Rajneesh” ou Rajneesh “o senhor abençoado”. No fim dos anos 70, seu acampamento recebia cerca de cem mil pessoas por ano.
A maioria de nós vive no mundo do tempo em memória do passado e na antecipação do futuro. Apenas raramente tocamos a dimensão atemporal do presente - em momentos de repentina beleza ou perigo, no encontro com uma pessoa amada ou com as surpresas do imprevisto. Muito poucas pessoas saem do mundo do tempo e da mente, de suas ambições e competições, e começam a viver no mundo do atemporal. E dos que assim o fazem, somente alguns tentam compartilhar suas experiências. Lao Tzu, Gautama Buda, Bodhidharma... ou mais recentemente, George Gurdjieff, Ramana Maharshi, J. krishnamurti... Eles são considerados pelos seus contemporâneos como excêntricos ou loucos; após suas mortes são chamados de "filósofos". E com o tempo eles se tornam lendas - não seres humanos de carne e osso, mas talvez representações mitológicas de nosso desejo coletivo de crescer além da pequenez e do trivial, além da ausência de sentido de nossas vidas diárias.
Osho é um dos que descobriu a porta do viver ou na dimensão atemporal do presente - chamou a si mesmo de "verdadeiro existencialista" - e devotou sua vida a provocar outros a procurarem a mesma porta, a saírem do mundo do passado e do futuro e descobrirem por si mesmos o mundo da eternidade.
Desde sua mais tenra infância, na Índia, estava claro que Osho não seguiria as convenções do mundo à sua volta. Passou os primeiros sete anos de sua vida com seus avós maternos, que lhe permitiram liberdade de ser ele mesmo, da qual poucas crianças desfrutam. Ele era uma criança solitária, preferindo passar longas horas sentado em silêncio ao lado de um lago, ou explorar as redondezas sozinho. A morte de seu avô materno, diz ele, teve um efeito profundo em sua vida interior, provocando-lhe uma determinação de descobrir o imortal da vida. Ao se juntar à crescente família de seus pais e entrar na escola, estava firmemente fundamentado na clareza e no senso de si mesmo, que lhe deram a coragem de desafiar todas as tentativas dos mais velhos de lhe moldarem a vida de acordo com suas próprias idéias de como ele deveria ser.
Ele nunca fugia de controvérsias. Para Osho, a verdade não pode fazer concessões, pois assim deixa de ser verdade. E a verdade não é uma crença, mas uma experiência. Ele nunca pede às pessoas para acreditarem no que ele diz, mas, ao contrário, pede que experimentem e percebam por si mesmas se o que ele está dizendo é verdadeiro ou não. Ao mesmo tempo, ele é implacável ao encontrar meios e maneiras de expor as crenças como elas são - meros consolos para amenizar nossas ansiedades frente ao desconhecido, e barreiras para o encontro de uma realidade misteriosa e explorada.
Após sua iluminação, com vinte e um anos de idade, Osho completou seus estudos acadêmicos e passou vários anos ensinando filosofia na Universidade de Jabalpur. Enquanto isso, viajava pela Índia proferindo palestras, desafiando líderes religiosos ortodoxos, em debates públicos e encontrando pessoas de todas as posições sociais. Ele leu extensivamente tudo o que pôde encontrar para expandir sua compreensão dos sistemas de crença e da psicologia do homem contemporâneo.
No final da década de 60, Osho começou a desenvolver suas técnicas de meditação ativa. O ser humano moderno, ele disse, está tão sobrecarregado com as tradições antiquadas do passado e com as ansiedades da vida moderna, que precisa passar por um profundo processo de limpeza antes de esperar descobrir o estado de meditação relaxado e sem pensamento.
Começou a conduzir campos de meditação por toda a Índia, proferindo discursos aos participantes e orientando pessoalmente meditações por ele desenvolvidas.
No início dos anos 70 os primeiros ocidentais começaram a ouvir falar de Osho, e juntaram-se ao crescente número de indianos que foram iniciados por ele no neo-sannyas. Em 1974, uma comuna estabeleceu-se à volta de Osho, em Puna, Índia, e logo os poucos visitantes do Ocidente tornaram-se bastante numerosos. Muitos eram terapeutas que se deparavam com as limitações das terapias ocidentais e que procuravam uma abordagem que pudesse alcançar e transformar as profundezas da psique humana. Osho os encorajou a contribuírem com suas habilidades à comuna e trabalhou intimamente com eles para desenvolverem suas terapias no contexto da meditação.
O problema com as terapias desenvolvidas no Ocidente, ele disse, é que elas estão confinadas a tratar a mente e sua psicologia, enquanto que o Oriente há muito compreendeu que a própria mente, ou melhor, nossa identificação com ela, é o problema. As terapias podem ser úteis - como os estágios catárticos das meditações que desenvolveu - para aliviar as pessoas de suas emoções e medos reprimidos, e para auxiliá-las a se perceberem mais claramente. Porém, a menos que comecemos a nos desapegar dos mecanismos da mente e suas projeções, desejos e medos, sairemos de um buraco somente para cair num outro, ou num de nossa própria invenção. A terapia, portanto, deve andar de mãos dadas com o processo de desidentificação e testemunho, conhecido como meditação.
No final dos anos 70, a comuna em Puna abrigava o maior centro de terapia e crescimento do mundo, e milhares de pessoas vinham participar dos grupos de terapia e meditação, sentar com Osho em seus discursos diários e contribuir com a vida da comuna, e alguns retornavam a seus países e estabeleciam centros de meditação.
De 1981 a 1985, o experimento de comuna ocorreu nos Estados Unidos, numa região de mais de duzentos quilômetros quadrados, no alto deserto do Oregon. A ênfase primordial da vida da comuna era construir a cidade de Rajeeshpuram, um "oásis no deserto". E num período de tempo milagrosamente curto, a comuna construiu casas para cinco mil pessoas e começou a reverter décadas de estragos - devido ao excessivo uso da terra - restaurando riachos, construindo lagos e reservatórios, desenvolvendo uma agricultura auto-suficiente e plantando milhares de árvores.


Osho deixa o corpo de dia 19 de janeiro de 1990. Apenas algumas semanas antes desta data, havia lhe sido perguntado o que aconteceria com o seu trabalho quando ele partisse. Ele disse, então:

 “Minha confiança na existência é absoluta.
 Se houver alguma verdade naquilo que estou dizendo,
 isso irá sobreviver...
 As pessoas que permanecerem interessadas no meu trabalho
 irão simplesmente carregar a tocha, mas sem imporem nada 
  a  ninguém...

 “Permanecerei uma fonte de inspiração para o meu povo,
 e é isso que a maioria dos saniásins sentirá.
 Quero que eles desenvolvam por si mesmos qualidades como o amor,à volta do qual nenhuma igreja pode ser criada; como consciência, que não é o monopólio de ninguém;
como celebração, deleite; e que se mantenham rejuvenescidos,  com os olhos de uma criança...

“Quero que as pessoas conheçam a si mesmas,
  que não sigam as expectativas dos outros.
  E a maneira é indo para dentro.”
Osho ditou a inscrição para o seu samadhi, a cripta de mármore e espelho que contém suas cinzas. Ela diz:

Osho - nunca nasceu, nunca morreu. Apenas visitou este planeta Terra entre 11 de Dezembro de 1931 e 19 de Janeiro de 1990.

"Pessoas iluminadas como o Osho estão à frente do seu tempo. É bom que cada vez mais jovens estejam lendo os seus trabalhos."
K R Narayanan, Presidente da Índia
"Osho é um mestre iluminado que está trabalhando com todas as possibilidades para ajudar a humanidade a ultrapassar uma fase difícil no desenvolvimento da consciência."
O Dalai Lama
"Fiquei encantando por ler os seus livros."
Federico Fellini
"Eu entrei a sério nos livros do Osho. Eu sempre amei os seus livros. Eles eram de primeira linha."
Marianne Williamson, autora

"Esses insights brilhantes beneficiarão todos aqueles que anseiam por conhecimento experiencial no campo da pura potencialidade inerente a cada ser humano. Este livro pertence à estante de cada biblioteca e a casa de todos aqueles que buscam conhecimento do ser superior."
Dr Deepak Chopra, Autor de: Corpo Sem Idade, Mente Sem Fronteiras; A Cura Quântica e Vida Incondicional
"Eu achei Nem Água, Nem Lua um dos livros mais refrescantes, purificantes e encantadores que eu poderia imaginar. É um livro que nunca deixará de ser um companheiro reconfortante."
Yehudi Menuhin
"Eu leio todos os seus livros."
Shirley MacLaine
"Eu li a maioria dos livros [do Osho] e escutei as fitas das suas conversas e estou convencido que na tradição espiritual, eis aqui uma mente de esplendor intelectual e habilidade persuasiva como autor."
James Broughton, poeta, e autor
"Ele é o religioso mais raro e mais talentoso a aparecer neste século."
Kazuyoshi Kino, Professor de Estudos Budistas, Colégio Hosen Gakuen, Tóquio, Japão


APENAS UMA ATITUDE DE AMOR

Deus está dentro de cada um de nós, o amor está dentro de cada um de nós, devemos amar o melhor que pudermos com atos de bondade e gratidão a Deus. Vemos nos outros o que vemos em nós, pensamos nos outros o que temos em nossas mentes. A felicidade estará sempre em nosso quintal, não no quintal dos outros. Deus e Amor estará sempre dentro da gente não nos outros. Ninguém te fará feliz se você não tiver a felicidade dentro de si. Pratique e alimente-se do BEM. 

quarta-feira, 29 de abril de 2020

DUALIDADE E POLARIDADE



Explorando a diferença entre Dualidade e Polaridade.
✦ Dualidade
A dualidade por definição é um contraste ou oposição entre duas idéias. O exemplo mais simples seria o do Sol e da Lua, a diferença entre noite ou dia. Pode-se dizer que essas forças ou idéias se opõem criando um caos cosmológico. Isso é visto como a batalha entre aspectos negativos e positivos.
✧ Polaridade
É dentro da polaridade que os dois aspectos podem ser reconciliados ou reunidos para alcançar uma unidade. Dentro da polaridade, o negativo e o positivo não se repelem como na dualidade, eles se atraem. Essas forças estão trabalhando umas com as outras e umas contra as outras, ou melhor, se poderia dizer que elas trabalham separadamente em prol da união.
A diferença entre essas duas forças é apenas uma questão de ter graus variados através de oitavas descendentes e ascendentes. Na polaridade, encontramos um aspecto unificador. Esta é a noção de que tudo não precisa ser ruim ou bom, mas que possuem níveis de aumento ou diminuição de maneira gradativa, contínua, de grau em grau.
"Tudo é Duplo; tudo tem pólos; tudo tem o seu oposto; o igual e o desigual são a mesma coisa; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meias verdades; todos os paradoxos podem ser reconciliados." (O Princípio da Polaridade, O Caibalion)

terça-feira, 28 de abril de 2020

LIVRO INFANTIL - CHICO BUARQUE - CHAPEUZINHO AMARELO


Chapeuzinho Amarelo é uma história infantil escrita por Chico Buarque que, quase vinte anos mais tarde, ganhou as ilustrações de Ziraldo, e permanece no nosso imaginário coletivo.
A protagonista é uma jovem menina que tem medo de tudo e acaba se privando de uma série de aventuras até finalmente ganhar coragem para aproveitar o mundo.
A garota, que andava sempre com o seu acessório amarelo na cabeça, tinha medo de tudo:
Em festa, não aparecia.
Não subia escada, nem descia.
Não estava resfriada, mas tossia.
Ouvia conto de fada, e estremecia.
Não brincava mais de nada, nem de amarelinha.
Ela era marcada pelo signo do não: o medo a paralisava de tal maneira que a menina afinal não podia fazer nada - nem dormir, porque tinha medo de ter pesadelos durante o sono.
O medo ia a limitando aos poucos: não saia para não se sujar, não falava para não engasgar. Com uma vida triste e limitada, o maior medo da garota era o lobo mau, o vilão da história da chapeuzinho vermelho.

O aparecimento do lobo

Apesar de nunca ter visto o lobo, Chapeuzinho Amarelo morria de medo dele.
Um belo dia a menina encontrou o tal lobo que tanto temia, e para a surpresa de todos, foi perdendo o medo e, o mais importante, o medo de ter medo.
O lobo ficou ofendido de estar diante de uma menina que não tinha medo dele:
Ficou mesmo envergonhado, triste, murcho e branco-azedo, porque um lobo, tirando o medo, é um arremedo de lobo. É feito um lobo sem pelo. Lobo pelado.
 A mudança
A mudança foi mesmo radical na vida da garota. A Chapeuzinho Amarelo, depois que perdeu o medo do lobo, foi perdendo aos poucos o medo de tudo:
Não tem mais medo de chuva, nem foge de carrapato. Cai, levanta, se machuca, vai à praia, entra no mato, trepa em árvore, rouba fruta, depois joga amarelinha com o primo da vizinha, com a filha do jornaleiro, com a sobrinha da madrinha e o neto do sapateiro.
Depois de ter perdido o medo, Chapeuzinho Amarelo passou a ter outra rotina: um cotidiano muito mais rico, cheio de pequenas aventuras e na companhia dos muitos amigos que foi fazendo.

Análise do livro Chapeuzinho Amarelo

Os medos da Chapeuzinho Amarelo

A obra infantil de Chico Buarque é uma releitura do clássico Chapeuzinho Vermelho, já antes contada por Charles Perrault e pelos Irmãos Grimm.
Chapeuzinho Amarelo é, na verdade, uma paródia do clássico. Se na versão original a chapeuzinho desconhece os perigos e por isso se aventura na floresta, na releitura de Chico Buarque a chapeuzinho é o avesso: está atenta a tudo e temerosa de antemão.
Chapeuzinho Amarelo tem um medo paralisador, que a impede de tudo - até de dormir:
Tinha medo de trovão. E minhoca, pra ela era cobra. E nunca apanhava sol porque tinha medo da sombra. Não ia pra fora pra não se sujar. (...) Não ficava em pé com medo de cair. Então vivia parada, deitada, mas sem dormir, com medo de pesadelo.
No início da obra, a Chapeuzinho Amarelo é marcada pela impotência, pela inocência, pela fragilidade e pela vulnerabilidade. Descrita dessa maneira, a personagem estimula a fácil e rápida identificação com os pequenos leitores mais assustados.
Se na chapeuzinho vermelho a ausência de medo é o que permite que a história aconteça, aqui o medo é o que impede a Chapeuzinho Amarelo de viver na plenitude.

O personagem do lobo

Mas não é só a protagonista que ganha uma nova roupagem: nessa reescritura tanto a personagem da Chapeuzinho quanto a do Lobo são ressignificadas e o lobo, que deveria ser fonte de medo, passa a não ser.
O lobo que primeiro se aparece na história é um lobo presente na memória coletiva, consagrado pela história da Chapeuzinho Vermelho.
E Chapeuzinho Amarelo, de tanto pensar no LOBO, de tanto sonhar com LOBO, de tanto esperar o LOBO, um dia topou com ele que era assim: carão de LOBO, olhão de LOBO, jeitão de LOBO e principalmente um bocão tão grande que era capaz de comer duas avós, um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz e um chapéu de sobremesa.
Toda a descrição do lobo que a menina tanto temia está ancorada no clássico que ouvimos durante a infância: um lobo mau, que espreita na floresta, a procura da melhor hora de atacar e devorar a avó e a neta.
No entanto, mais tarde, na releitura de Chico se sublinha que se tratava de um medo virtual, imaginário:
Um LOBO que nunca se via, que morava lá pra longe, do outro lado da montanha, num buraco da Alemanha, cheio de teia de aranha, numa terra tão estranha, que vai ver que o tal do LOBO nem existia.
Quando afinal se defronta com um lobo, a menina vai perdendo o medo aos poucos até conseguir deixar de ser refém das suas próprias caraminholas.
Chapeuzinho Amarelo passa de dominada (pelo medo) a dominadora, dona de si mesmo, das suas brincadeiras e aventuras.

Livro Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque


Rebeca Fuks
Rebeca Fuks
Doutora em Estudos da Cultura
Publicado pela primeira vez em 1979, Chapeuzinho Amarelo é uma história infantil escrita por Chico Buarque que, quase vinte anos mais tarde, ganhou as ilustrações de Ziraldo, e permanece no nosso imaginário coletivo.
A protagonista é uma jovem menina que tem medo de tudo e acaba se privando de uma série de aventuras até finalmente ganhar coragem para aproveitar o mundo.

Chapeuzinho amarelo

História da Chapeuzinho Amarelo

Quem é a personagem principal da história?

A protagonista concebida por Chico Buarque é uma menina conhecida como Chapeuzinho Amarelo.
A garota, que andava sempre com o seu acessório amarelo na cabeça, tinha medo de tudo:
Em festa, não aparecia.
Não subia escada, nem descia.
Não estava resfriada, mas tossia.
Ouvia conto de fada, e estremecia.
Não brincava mais de nada, nem de amarelinha.
Ela era marcada pelo signo do não: o medo a paralisava de tal maneira que a menina afinal não podia fazer nada - nem dormir, porque tinha medo de ter pesadelos durante o sono.
O medo ia a limitando aos poucos: não saia para não se sujar, não falava para não engasgar. Com uma vida triste e limitada, o maior medo da garota era o lobo mau, o vilão da história da chapeuzinho vermelho.

O aparecimento do lobo

Apesar de nunca ter visto o lobo, Chapeuzinho Amarelo morria de medo dele.
Um belo dia a menina encontrou o tal lobo que tanto temia, e para a surpresa de todos, foi perdendo o medo e, o mais importante, o medo de ter medo.
O lobo ficou ofendido de estar diante de uma menina que não tinha medo dele:
Ficou mesmo envergonhado, triste, murcho e branco-azedo, porque um lobo, tirando o medo, é um arremedo de lobo. É feito um lobo sem pelo. Lobo pelado.

A mudança

A mudança foi mesmo radical na vida da garota. A Chapeuzinho Amarelo, depois que perdeu o medo do lobo, foi perdendo aos poucos o medo de tudo:
Não tem mais medo de chuva, nem foge de carrapato. Cai, levanta, se machuca, vai à praia, entra no mato, trepa em árvore, rouba fruta, depois joga amarelinha com o primo da vizinha, com a filha do jornaleiro, com a sobrinha da madrinha e o neto do sapateiro.
Depois de ter perdido o medo, Chapeuzinho Amarelo passou a ter outra rotina: um cotidiano muito mais rico, cheio de pequenas aventuras e na companhia dos muitos amigos que foi fazendo.

Análise do livro Chapeuzinho Amarelo

Os medos da Chapeuzinho Amarelo

A obra infantil de Chico Buarque é uma releitura do clássico Chapeuzinho Vermelho, já antes contada por Charles Perrault e pelos Irmãos Grimm.
Chapeuzinho Amarelo é, na verdade, uma paródia do clássico. Se na versão original a chapeuzinho desconhece os perigos e por isso se aventura na floresta, na releitura de Chico Buarque a chapeuzinho é o avesso: está atenta a tudo e temerosa de antemão.
Chapeuzinho Amarelo tem um medo paralisador, que a impede de tudo - até de dormir:
Tinha medo de trovão. E minhoca, pra ela era cobra. E nunca apanhava sol porque tinha medo da sombra. Não ia pra fora pra não se sujar. (...) Não ficava em pé com medo de cair. Então vivia parada, deitada, mas sem dormir, com medo de pesadelo.
No início da obra, a Chapeuzinho Amarelo é marcada pela impotência, pela inocência, pela fragilidade e pela vulnerabilidade. Descrita dessa maneira, a personagem estimula a fácil e rápida identificação com os pequenos leitores mais assustados.
Se na chapeuzinho vermelho a ausência de medo é o que permite que a história aconteça, aqui o medo é o que impede a Chapeuzinho Amarelo de viver na plenitude.

O personagem do lobo

Mas não é só a protagonista que ganha uma nova roupagem: nessa reescritura tanto a personagem da Chapeuzinho quanto a do Lobo são ressignificadas e o lobo, que deveria ser fonte de medo, passa a não ser.
O lobo que primeiro se aparece na história é um lobo presente na memória coletiva, consagrado pela história da Chapeuzinho Vermelho.
E Chapeuzinho Amarelo, de tanto pensar no LOBO, de tanto sonhar com LOBO, de tanto esperar o LOBO, um dia topou com ele que era assim: carão de LOBO, olhão de LOBO, jeitão de LOBO e principalmente um bocão tão grande que era capaz de comer duas avós, um caçador, rei, princesa, sete panelas de arroz e um chapéu de sobremesa.
Toda a descrição do lobo que a menina tanto temia está ancorada no clássico que ouvimos durante a infância: um lobo mau, que espreita na floresta, a procura da melhor hora de atacar e devorar a avó e a neta.
No entanto, mais tarde, na releitura de Chico se sublinha que se tratava de um medo virtual, imaginário:
Um LOBO que nunca se via, que morava lá pra longe, do outro lado da montanha, num buraco da Alemanha, cheio de teia de aranha, numa terra tão estranha, que vai ver que o tal do LOBO nem existia.
Quando afinal se defronta com um lobo, a menina vai perdendo o medo aos poucos até conseguir deixar de ser refém das suas próprias caraminholas.
Chapeuzinho Amarelo passa de dominada (pelo medo) a dominadora, dona de si mesmo, das suas brincadeiras e aventuras.

Ouça a história Chapeuzinho Amarelo

segunda-feira, 27 de abril de 2020

MÚSICA - ANDRÁ TUTTO BENNE - CRISTÓVAM

As cidades estão vazias como nunca estiveramCities are vacant like they've never been

Todo mundo tem medo do que sopra ao ventoEveryone's scared of what blows in the wind

Os planos que todos nós tínhamos caíram pelo raloThe plans we all had, have all gone down the drain

Nossas vidas foram adiadas, mas eu sei que no final seremosOur lives were postponed, but I know in the end we'll be

BemAlright

Estamos juntos como umWe stand together as one
As pessoas estão alinhadas em supermercadosPeople are lining in grocery stores

O silêncio está gritando o medo em seus coraçõesSilence is screaming the fear in their hearts

Não desista de sua fé, não, não deixe sua luz desaparecerDon't give up your faith, no, don't let your light fade

Juntos, vamos atravessar a escuridão destes diasTogether we'll get through the dark of these days
Dois ou tres mesesTwo or three months

Eles estão dizendo na TVThey're saying on TV

Esteja seguro em seus abrigos e em breve estaremos livresBe safe in your shelters and soon we'll be free

Um dia nos lembraremos dos tempos mais difíceisOne day we'll remember the hardest of times

Quando a distância significava amor e nos mantinha vivosWhen distance meant love and it kept us alive
Andrà tutto beneAndrà tutto bene

Vai ficar tudo bemVai ficar tudo bem

Tudo ficará bemEverything will be alright

Andrà tutto beneAndrà tutto bene

Tout ira bienTout ira bien

Tudo ficará bemEverything will be alright
Para médicos e enfermeiros e todos aqueles que lutamTo doctors and nurses and all those who fight

Os heróis que nos salvam arriscando suas vidasThe heroes that save us by risking their lives

Vamos dar a eles nosso amor, sim, vamos gritar para o céuWe'll give them our love, yeah, we'll shout to the skies

Irmãos e irmãs, estamos aqui ao seu ladoBrothers and sisters, we're here by your side
Cuide de nossos entes queridos, seja forte e corajosoTake care of our loved ones, be strong and be brave

Sua bondade é algo que não pode ser pagoYour kindness is something that cannot be paid

E quando isso acabar, as memórias brilharãoAnd when this is over the memories will shine

Daqueles que faleceram e daqueles que ficaram na filaOf those who passed on and those who stood in line
Mais alguns mesesA few more months

O âncora disseThe anchorman said

Divididos lutamos, mas unidos estamosDivided we fight but united we stand

Um dia nos lembraremos dos tempos mais difíceisOne day we'll remember the hardest of times

Quando a distância significava amor e nos mantinha vivosWhen distance meant love and it kept us alive
Andrà tutto beneAndrà tutto bene

Vai ficar tudo bemVai ficar tudo bem

Tudo ficará bemEverything will be alright
Andrà tutto beneAndrà tutto bene

Tout ira bienTout ira bien

Tudo ficará bemEverything will be alright
Andrà tutto beneAndrà tutto bene

Alles wird gutAlles wird gut

Tudo ficará bemEverything will be alright
Andrà tutto beneAndrà tutto bene

Tout ira bienTout ira bien

Tudo ficará bemEverything will be alright

REFLEXÃO




“Não é incomum às vezes se sentir sozinho ou excluído em nossa sociedade, especialmente se você tem visões e crenças alternativas. Sinta-se feliz por você ter coragem de ser você mesmo em um mundo onde a individualidade é suprimida.” - Steven Bancarz. 
Arte: Tom Fonder (happyjar)

RARAS NUVENS COM COLORAÇÃO ARCO-ÍRIS FORAM FOTOGRAFADAS EM PICO DA SIBÉRIA

A fotógrafa local Svetlana Kazina foi a sortuda que capturou o raro fenômeno natural através das lentes de sua câmera.
“As nuvens nas minhas fotos são tão finas que parecem rendas”, diz Svetlana em matéria do Mystical Raven.
Svetlana, que vive nas montanhas de Altai, tirou essas fotografias de tirar o fôlego em um dia de céu brilhante sobre a montanha Belukha, o pico mais alto da Sibéria (4.506 metros / 14.783 pés).
As imagens mostram nuvens finas em um efeito que nos lembra bolhas de sabão.
A iridescência é um fenômeno óptico que faz certos tipos de superfícies refletirem as cores do arco-íris. As cores lembram as que são vistas em bolhas de sabão e no óleo na superfície da água.
Você pode ocasionalmente ver uma nuvem parecida com um arco-íris. Elas são bastante raras, mas, às vezes, alguém tem a sorte de presenciar. Elas são causados ​​pela presença de cristais de gelo muito pequenos ou gotas de água no ar, que fazem com que a luz seja difratada (espalhada).
“Presenciei essa beleza no pico mais alto da Sibéria, Belukha, de manhã cedo”, disse Svetlana.

POEMA: PROMESSAS DE UM MUNDO NOVO - THICH NHAT HANH

Prometa-me Prometa-me neste dia Prometa-me agora Enquanto o sol está sobre nossas cabeças Exatamente no zênite Prometa-me: Mesmo que eles Ac...