sábado, 30 de março de 2019

BIOGRAFIA : CÂNDIDO PORTINARI



      

              Candinho, como era apelidado, era filho dos imigrantes italianos Dominga Torquato e Giovan Baptista Portinari, que vieram de Vêneto com a promessa de trabalho oferecida pela política pública do Estado de São Paulo, que buscava novos braços estrangeiros para a lavoura após o fim da escravidão no fim do século XIX. Por isso, ele e seus onze irmãos nasceram em meio à lida, o que marcou muito a memória do “menino de Brodowski”, que começou a pintar aos nove anos de idade.

             Foi na lavoura que conheceu as personagens que viria a retratar com frequência e que quase nunca apareciam em obras de arte: negros fortes que continuaram a trabalhar no cafezal, os retirantes nordestinos que peregrinavam em busca de trabalho, as mães de cor escura com seus filhos que brincavam nos cafezais, entre outros. Como um detalhe importante, exagerava nas formas dos pés, que eram grandes e fincados na terra. Ao mesmo tempo em que exaltava a força única dos negros, denunciava que o trabalho exaustivo deformava as pessoas. Essa técnica é bem marcante na famosa tela “O Lavrador de Café” (1934). O trabalhador sequer encara o observador, pois está focado no trabalho.
“Eram obras de engajamento social, uma forma de criticar quem explora e exaltar quem trabalha”, explica Camila Bechelany, uma das suas curadoras.
              Portinari decidiu retratar o Brasil da cafeicultura, o pilar mais sólido da economia nacional da época, mas não pela riqueza e prosperidade econômica. A cultura era o pano de fundo da crítica social que fazia sobre o trabalho à exaustão. Contava ali a relação de devoção dos trabalhadores à terra da qual nunca seriam donos. Por isso, buscava não atrapalhar a lida.


             “Meu pai sempre foi um observador, pintava suas lembranças de quando era pequeno. Ou passava horas observando os trabalhadores para depois chegar em casa e pintar. Ele tinha vergonha de fixar o cavalete ao lado dos camponeses e atrapalhar o trabalho deles. Ele olhava, guardava de lembrança e pintava em casa. Sentia que ofendia aquelas pessoas que estavam ralando e ele ali pintando”, conta João.

Apesar de achar que seu trabalho pudesse “incomodar” quem estava dando duro no cafezal, era através da arte que Portinari defendia os tipos populares. “Na minha obra só há camponês. Mesmo quando faço outra coisa, sai camponês. Mesmo uma paisagem, a mais imaginária, é sempre camponês. Sou filho de camponês. Meus pais sempre foram camponeses pobres. [...] Assim, não posso nunca esquecer-me deles. São o meu objetivo. Quando fiz os afrescos do Ministério da Educação, queriam que eu fizesse a História do Brasil. Tentei. Mas foi impossível. Não saía nada. Depois de estudos e estudos, nada. Então tive de dizer: a minha pintura é pintura de camponês; se querem os meus camponeses, bem. Se não, chamem outro pintor…”, disse na década de 1950, quando pintou o afresco que decora o Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, na época a capital do país.

               Mas era nos retratos por encomenda de onde tirava o sustento e a verba para continuar pintando o que gostava: o povo. Eram cafeicultores que pagavam bem por uma tela. “Se pegarmos o cronograma das telas de Portinari, há sequências em que ele pinta café e outras culturas, depois uma sequência de retratos por encomenda, e depois retorna a pintar o que gostava. Era uma forma de se abastecer para pintar, comprar os materiais”, explica João Portinari.

             Portinari tentou entrar na vida pública brasileira, ao se candidatar ao Senado pelo PCB, em 1945. Perdeu por um número pequeno de votos, em uma eleição cheia de fraudes como era comum naqueles tempos. O governo do presidente Eurico Dutra passou a persegui-lo, tendo o artista que se exilar no Uruguai. Ao ser convidado, em 1949, para participar da Conferência Cultural e Científica para a Paz Mundial, em Nova York, EUA, teve o visto negado pela embaixada americana. Anos depois, foi impedido de entrar na França. Só poderia entrar no país por um período de 60 dias, desde que não fizesse nenhuma declaração política. Naquela época vivia-se o clímax da Guerra Fria.

             Quando os painéis Guerra e Paz foram inaugurados nos EUA, a embaixada daquele país impôs uma condição para que Candido Portinari estivesse presente e recebesse os prêmios que ganhara: que se declarasse desvinculado do PCB. Mas, embora não mais tivesse ligação com o partido, ele recusou tal imposição.

           No quadro apresentado , produzido no ano de 1944, Portinari expõe o sofrimento dos migrantes, representados por figuras magérrimas e com expressões que transmitem sentimentos como a fome e a miséria. Na tela é possível identificar nove personagens, todos apresentados de maneira cadavérica, sendo dois homens adultos, duas mulheres adultas e cinco crianças, das quais apenas uma tem o sexo identificado. A obra apresenta um embate entre o sagrado e o profano, sendo o primeiro representado pela família e o segundo pela situação precária e a morte iminente, que se mostra nesse cenário de sofrimento. É possível perceber também a representação do ciclo da vida, que se inicia com a criança na cena e se encerra na figura cadavérica do personagem mais idoso da composição.




         “Criança Morta”, uma obra dessa série é um exemplo desse vigor e da critica contundente que o pintor registrou nas suas telas.Os emigrantes da região Nordeste do Brasil que, assolados pela seca, abandonam suas terras em busca de melhores condições de vida, sem sucesso.Uma família constituída por seis pessoas – pais e irmãos – seguram uma criança morta nos braços.Eles choram. As lágrimas parecem pedrinhas de tão grande que são.Portinari pintou as lágrimas muito maior do são na realidade para mostrar o quanto é grande o sofrimento das pessoas, que estão com fome e cansadas.As mãos do pai que seguram a criança representam o ponto principal da obra.Ao olhar para ela, a primeira coisa que você verá é a criança morta. Isso porque as mãos são exageradamente grandes e desproporcionais, já o restante do corpo é normal. Pelo predomínio dos tons de terra que marcam a parte inferior da tela, pelas lágrimas da menina e, principalmente, pelo aspecto tenebroso das figuras humanas, que oscila do cadavérico ao fantasmagórico.Um quadro comovente de luta entre a vida e a morte.


Movimento Expressionista.

Portinari expressa os dramas do povo brasileiro, e retrata com a sua forma chocante de ver, o que ocasionou forte repercussão na época, visto que a sociedade (1944) não estava preparada para o realismo dos pincéis do pintor.

Um dia perguntaram a Portinari por que ele pintava gente tão feia e miserável e ele respondeu que fazia porque, olhando o mundo, era só o que via: miséria e desolação.Candido Portinari sofreu perseguições por parte do governo, justamente por pintar e chocar a miséria em seus quadros.

VIAGEM : PESQUEIRA



 

Este ano resolvi passar o Carnaval em Pesqueira (cidade que fica a 212 km de Recife). Queria conhecer um pouco a cultura deste local e observar de perto o que ela tem de diferente e atrativo. 

      O primeiro elemento que me chamou atenção foi a figura do Caipora. Em todos os cantos e encantos vemos esta imagem nas paredes. 

Reza a lenda que tochas sobrenaturais apareciam em cima de árvores, assustando os caçadores do município de Pesqueira. As assombrações ficaram conhecidas como caiporas, seres noturnos que pregam peças em caçadores e cães.        Para "acalmar" os caiporas, colocavam-se fumo e cachaça nos troncos das árvores.
Em 1962, João Justino criou o bloco carnavalesco Os Caiporas, que transformou o que era assustador numa grande diversão. Homens, mulheres e crianças saem às ruas vestidos de terno e gravata com enormes sacos de estopa na cabeça. O bloco, que desfila à noite, animando os três dias de Momo, se transformou na marca do carnaval pesqueirense, que hoje é conhecido no Brasil inteiro. Por coincidência, encontrei alguns em plena noite.

Pela manhã, ao caminhar pela cidade, nos deparamos com o grupo de Cangaceiros que iriam fazer uma apresentação no Cruzeiro, um hotel da cidade. Acompanhamos o grupo que levava os filhos de 3, 4 e 5 anos que   já faziam parte da apresentação. Uma lindezaaa... Aliás, nossa cultura é muito bela.

Ahhh... me encantei de ver algo que não é muito comum na minha cidade : O pé de mandacaru. E este estava  todo florido... Se você não conhece ainda os versos “Mandacaru quando fulora na seca/ É um sinal que a chuva chega no sertão…”, da composição de Zé Dantas e Luiz Gonzaga, saiba que se trata da música “O Xote das Meninas”. É uma  planta que tem  bastante resistência à seca nordestina e  fez dela um símbolo de força. Além disso, é um exemplo de versatilidade.

Encontramos muitos em várias partes da cidade.  É uma planta que  garante alimento e água nos grandes períodos de estiagem para os animais e os nordestinos.

Passeando pela cidade fomos visitar o castelo que virou um ponto turístico da cidade. O comerciante Edvonaldo Torres, construiu um castelo ao longo de 20 anos, na cidade de Pesqueira (PE). A construção passa dos dois mil metros quadrados e tem cerca de 40 metros de altura.

Ficamos sabendo pelo vizinho do comerciante que hoje dois dos seus filhos residem no local.
           O comerciante disse há algum tempo para imprensa que a rua onde está o castelo, que é residencial, perdeu um pouco em privacidade depois que começou a erguer a obra. "O principal motivo do meu arrependimento é o terreno que escolhi para fazer o castelo. Infelizmente não dá mais para recomeçar em outro lugar. Eu quis esse estilo para chamar a atenção, provocar impacto visual, criar um ponto turístico para a cidade de Pesqueira."

            Torres afirmou que chega a se arrepender do castelo que construiu. "Apesar de não ter sido uma ideia bem pensada, o objetivo era atrair pelas formas exóticas e talvez criar um cartão postal. Não sei o que ainda falta para terminar, nem quando vou terminar."

            Segundo informações, há anos, evita ceder entrevistas ou falar do próprio castelo. Aponta para abóbadas em estilo grego e vai mostrando os desenho a lápis, que viraram formas de isopor, antes da peça de concreto, espalhada pelos cantos de toda a construção, ser concebida. “É uma arquitetura espontânea. Desenhei e fiz. Às vezes, não conseguia dormir até colocar no papel. Não tem um padrão, um norte. Vejo coisas bonitas, ponho aqui. Em fotografias, filmes, o que for. É algo que não tem explicação. Comecei a fazer e fui sendo levado com isso”, resume o empresário do ramo de móveis, eletrônicos e eletrodomésticos.

             Junto ao castelo ele construiu um prédio que acabou com a suntuosidade do castelo. Mais

            Ficamos sabendo que ele está com novos projetos, não parando por aí.

O Mirante do Cruzeiro é  outra atração turística da cidade de Pesqueira, do alto é possível ver toda área urbana, as várias igrejas, a chaminé da antiga indústria e o castelo.


                               

O lugar é muito bonito, cercado por serras, Há uma Gruta com uma estátua de Nossa Senhora e também o Mirante. O Mirante nos proporciona uma vista privilegiada de Pesqueira, dá pra ver toda a beleza do lugar.

             É indicado ir de carro, pois é um pouco longe do centro, mas se quiser se aventurar dá pra ir andando, sim. Se for a pé não é bom ir sozinho. Fui com uma amiga de táxi e voltamos a pé.

Isto é um pouco da cidade de PESQUEIRA.





























sexta-feira, 29 de março de 2019

TED : A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO TER


            

 A insustentável leveza do ter: a história de alguém que viu suas necessidades humanas de afeto, reconhecimento, aceitação e amor se transformarem numa obcecada corrida pelo sucesso na carreira executiva até perceber que a sustentabilidade que buscava com o seu trabalho precisava ser, antes de tudo, vivenciada e aplicada na sua própria vida. Uma história de transformação pessoal que nos inspira a despertar para a verdadeira motivação por trás do consumo: o preenchimento das nossas reais necessidades.
               Após 20 anos de experiência em grandes empresas nas áreas de comunicação, investimento social e responsabilidade social, criou o Movimento Beija-Flor para atuar na aceleração da transição do paradigma mecanicista para o paradigma de sustentação da vida. Tem trabalhado com uma abordagem sistêmica da sustentabilidade, apropriada para compreendermos que a visão cartesiana que nos trouxe até aqui não é mais suficiente para seguirmos.


LIVRO INFANTO - JUVENIL : A FADA QUE TINHA IDEIAS





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Hoje, vendo alguns livros infanto-juvenil me deparei com : A FADA QUE TINHA IDEAIS

Só para lembrarmos, Fernanda Lopes escreveu esta obra durante o regime militar.

É um livro que discute  de forma lúdica como se  deveria dar a aquisição do conhecimento, pois a protagonista, uma fada de 10 anos  que vive na Via Láctea , e como o próprio título já diz é cheia de ideias , e das mais “subversivas”, para horror de sua mãe, professora e principalmente da Rainha das Fadas. Ela quer mostrar à Rainha as vantagens de modernizar o ensino e as milhares de possibilidades que temos para ser feliz através da liberdade de expressão. Além de abordar vários temas, como: preconceito, igualdade, desafios, resistência, empoderamento...  

Para a autora, Clara Luz acha normal inventar, criar, questionar, encontrar novos ângulos para ver o já visto"

Observe como é apresentada Clara Luz:

“Clara Luz era uma fada, de seus dez anos de idade, mais ou menos, que morava lá no céu, com a senhora fada sua mãe. Viveriam muito bem se não fosse uma coisa: Clara Luz não queria aprender a fazer mágicas pelo Livro das Fadas. Queria inventar suas próprias mágicas.

- Mas minha filha- dia a Fada- Mãe – todas as fadas sempre aprenderam por esse livro. Por que só você não quer aprender?

-Não é preguiça não , mamãe. É que não gosto de mundo parado.

-Mundo parado?

-É. Quando alguém inventa alguma coisa, o mundo anda. Quando ninguém inventa nada, o mundo fica parado. Nunca reparou?

- Não...”



É por isso que Clara Luz não para de ter ideias mirabolantes. Durante uma de suas invenções, a menina convence sua mãe de que seguir as mágicas do livro era muito monótono e que isso todas as fadas poderiam fazer. O interessante era inovar, ou seja, realizar mágicas novas.

            Entretanto, ao nascer do novo dia, a Fada-Mãe voltou atrás em sua decisão por imaginar que poderia estar sendo um mau-exemplo para a filha.

Após inúmeras peripécias, Clara Luz e todas as fadas do céu foram convocadas a comparecer ao palácio da Rainha das Fadas para justificar, entre outras coisas, a invasão dos animais à sua nobre residência e o conteúdo do bilhete enviado pela Bruxa Feiosa, que reclamava sobre o colorido da chuva que caíra na Terra.

As fadas tinham verdadeiro horror ao que a Rainha poderia fazer ao descobrir a verdade e acabaram, quase que em sua totalidade, desmaiando. Clara Luz, muito corajosa, explicou a causa de todos os “fenômenos” (suas próprias travessuras!) à majestade, que sentiu-se muito orgulhosa pela inteligência da garotinha e acabou nomeando-a Conselheira-Chefe do palácio das fadas.

Não é exagero afirmar que se trata de um livro maravilhoso não apenas para criança, mas para os adultos também . A obra causa alegria e prazer .

No enredo, uma fadinha, Clara Luz, não se cansa de exercer as habilidades de um ser de muita curiosidade benigna e criatividade incessante.

Ela torna alegre e surpreendente a sua e a vida de todos que a rodeiam.

Clara Luz é aliada da verdade, da insubmissão.  Sua inspiração resulta em tornar a vida mais bela, a cada toque de sua varinha de condão.

A fada inovadora faz chover colorido; prepara iguarias, como os bolinhos de luz; convence sua professora de Horizontologia a conhecer de perto os horizontes novos que anseia revelar. Mas Clara Luz faz mais, muito mais.

A protagonista de A fada que tinha ideias é também, simbolicamente, porta-voz do antiautoritarismo: seja por não se ater às obrigatórias receitas de mágica do Livro das Fadas, seja por nunca temer a rabugenta Rainha das Fadas, que tratava suas súditas com rédea curta.

Lembremos que, naquela época, o manto da ditadura militar encobria a realidade brasileira.

Imaginem , uma delicada fadinha como Clara Luz podia ser acusada de subversiva e até mesmo encarcerada.

            Estou sabendo de canais que estão criticando o atual governo estão sendo ameaçados. Será que teremos de  retroceder e trazer Clara Luz para iluminar a cabeça de alguns empoderados? Nossa realidade, hein?

quinta-feira, 28 de março de 2019

PENAMENTO DE ECKHART TOLLE





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“Sempre que você presta atenção em alguma coisa natural, em qualquer coisa que existe sem a intervenção humana, você sai da prisão do pensamento e de certa forma entra em conexão com o Ser no qual tudo o que é natural ainda existe”.
“Prestar atenção numa pedra, numa planta, num animal, não é pensar nele, mas simplesmente percebê-lo, tomar conhecimento dele. Então algo da essência desse elemento da natureza se transmite a você. Sentir a calma desse elemento faz com que o mesmo calmo desponte no seu interior. Você sente como ele repousa profundamente no Ser – unido ao que é e onde é. Ao se dar conta disso, você também é transportado de volta para um lugar de repouso no fundo do seu ser.
Veja como cada planta e cada animal é completo em si mesmos. Ao contrário dos seres humanos, eles não se dividem. Não precisam afirmar-se criando imagens de si mesmos, e por isso não precisam se preocupar em proteger e realçar essas imagens. O esquilo é ele mesmo. A rosa é ela mesma. Contemplar a natureza pode libertar você desse “eu” que é o grande causador de problemas.”












CURTA- METRAGEM : TROCA DE BATERIAS


“Changing Batteries” (troca de baterias) é um curta de animação produzido pela Universidade Multimedia de Cyberjaya, Malásia.

Uma senhora solitária ganha um presente, na caixa vem um bilhete que dá indícios do que contém naquele pacote: “Me desculpe Mamãe, este ano não poderei estar ai presente novamente mas mando um pequeno presente para lhe fazer companhia e lhe ajudar em seus afazeres diários.”

Uma história que reflete muito os tempos atuais. Percebo muitos pais que ao chegar a velhice os filhos os  abandonam. Isto independente de classe social.

Muitas vezes julgamos, achamos que os filhos são desumanos...e alimentamos vários pensamentos negativos em relação àquela relação.

Não sabemos como se  deu esta construção; este elo que deveria ser de amor e respeito.

Em todo convívio existem elementos que  são específicos de cada ser .

Acho que o curta faz com que a gente reflita algumas questões, como: passagem do tempo, relação entre pais e filhos, a substituição do humano pela tecnologia, medo, finitude...

Acredito que, bons relacionamentos ( em todos os níveis) requer sempre uma ampla sucessão de vivências interpessoais que podem ser aprendidos e praticados sempre com sentimentos sinceros, respeito,  emoções e autoconhecimento.

Acho que a imprevisibilidade e a incontrolabilidade nos deixam mais tranquilos, pois o importante é o AGORA. O que podemos fazer hoje para estarmos bem física, mental e espiritualmente amanhã?

Tudo tem sentido e significado. A descoberta de sentido leva-nos a entender os fatos negativos sem nos culparmos tanto.

Afinal, a vida é fluída...

MÚSICA: OPINIÃO


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Como as pessoas sofrem um pouco de amnésia, é bom saber o que ocorreu no golpe de 64, pelo menos através da música. Quem sabe possam refletir melhor sobre tudo o que estamos passando... 
Com todo respeito, fiquei muito feliz hoje pela manhã quando soube que o atual Ministro da Educação havia sido demitido...depois...mais uma fake news, infelizmente! Imagino como será a prova do ENEM de 2019 ! Menino usa azul e a menina usa.... Deus criou o mundo em....A mulher veio da costela de ... Qual a capital do Brasil? Esta todo mundo irá saber.... EUA!!!!!

Ricardo Vélez Rodrigues, o colombiano que foi escolhido por Jair Bolsonaro para comandar o Ministério da Educação, escreveu em seu blog um texto no qual diz que o dia 31 de março de 1964, que marca o golpe militar no Brasil, é “uma data para lembrar e comemorar”.Jesusssss...o que significa isto?

Segundo a Carta  Capital "A prática do golpe de Estado legal parece ser a nova estratégia das oligarquias latino-americanas. Testada nas Honduras e no Paraguai (países a que a imprensa costuma chamar de “República das Bananas”), ela mostrou-se eficaz e lucrativa para eliminar presidentes (muito moderadamente) de esquerda. Agora foi aplicada num país que tem o tamanho de um continente…"

Para relaxarmos um pouco, uma música sempre é  BOMMMMMM!!!!

Bem, vamos falar então da MÚSICA OPINIÃO:

“Opinião”(1964), de Zé Keti Canção-tema do espetáculo Opinião (Rio de Janeiro, 1964) para o qual foi composta, era uma crítica ao governo estadual do Rio de Janeiro que desejava retirar as favelas do morro.

Opinião seria o mote perfeito para que no final de 1964 os artistas pudessem dar o seu primeiro grito de liberdade silenciada. E foi também no ambiente do Zicartola, onde segundo Zé Kéti os compositores podiam cantar à vontade, que surgiu a ideia do musical. Escrito por Paulo Pontes, Ferreira Gullar, Armando Costa e Oduvaldo Viana Filho, e contando com a direção de Augusto Boal, “Opinião” tornou-se um dos espetáculos mais bem sucedidos do teatro brasileiro, e consagrou definitivamente o sambista e poeta do seu povo Zé Kéti, que interpretava mais uma vez o malandro dos morros cariocas, e atuava ainda ao lado de Nara Leão no papel da mocinha da zona sul e João do Vale, representado a força do nordeste. O espetáculo encenado no teatro  de Arena, em Copacabana, e que depois daria nome a um famoso grupo de teatro  de São Paulo, ficou mais de um ano em cartaz. Como já era comum na carreira de Zé Kéti, sua composição extrapolava as raízes da música que acabou se tornando a fala política do sambista do morro e seu protesto contra a ditadura militar., e tornava-se além de um emblemático espetáculo teatral, o nome de um jornal, de um teatro, um grupo de teatro e do segundo LP de Nara Leão. Era inclusive em uma de suas falas no Show Opinião que Zé Kéti explicava que adotara o K em seu nome por ser a inicial de estadistas da época, a exemplo de Kennedy e Kubitscheck, simbolizando mais uma vez o forte caráter político da Opinião. Apanhando ou não, Zé Kéti era um sambista livre, que dialogava com todas as formas de música que surgiam no país da censura.
                                   
OPINIÃO

Podem me prender / 

Podem me bater Podem até deixar-me sem comer /

 Que eu não mudo de opinião. Daqui do morro /

 Eu não saio, não Se não tem água / 

Eu furo um poço Se não tem carne / 

Eu compro um osso E ponho na sopa /

 E deixa andar (repete) Fale de mim quem quiser falar / 

Aqui eu não pago aluguel/ Se eu morrer amanhã, seu doutor / 

Estou pertinho do céu.


Zé Keti no show Opinião

ANTHONY HOVE E SUAS ESCULTURAS HIPNOTIZANTES


                Anthony Howe é um escultor norte-americano, natural de Salt Lake City, no estado de Utah. Com raiz na pintura, hoje cria um tipo muito peculiar de esculturas surreais em movimento. Começou a desenvolver suas peças em 1989. 
               Ao estar entediado com o mundo estático visual, começou a imaginar um novo processo em que esculturas não precisariam ser cruas e sem vida. O que o artista faz é conhecido como escultura cinética, arte que se move com a natureza.
            Surpreendentes, gigantes e inusitadas. Assim é que podem ser chamadas as imensas esculturas cinéticas do artista Anthony Howe. Tais obras são geradas pelo vento ou motores que as fazem se movimentar de forma contínua e promovendo efeitos capazes de hipnotizar. Com peso de 725 quilos, tais objetos possuem semelhança com tentáculos de um polvo e ainda uma nave alienígena. Antes de ganharem forma no mundo real, as obras de Anthony Howe passam por rigorosos processos digitais de elaboração, que milimetricamente testam como será a reação de cada objeto depois de construído em relação à força do vento.
              O trabalho de Anthony Howe é um tanto quanto hipnótico. Ok, você não vai perder a consciência, mas vai ficar observando o movimento de suas obras por um bom tempo antes de piscar. Acontece que esses objetos são simétricos e a forma como eles se mexem impressiona pela perfeição de sincronia. Parece que as peças, feitas de fibra de vidro e aço inoxidável, têm vida própria. Confira os vídeos e verá o que quero dizer.

Comecei a trabalhar com esculturas porque estava interessado numa bela modelo da agência Ford. Fiz um coração de metal para ela, mas ela provavelmente pensou que eu era um babaca e não funcionou.
 
É chocante pra mim que a minha arte tenha se tornado viral na internet. Nunca imaginei que a internet pudesse fazer isso. A revolução em vídeo que está acontecendo é uma dádiva divina ao meu trabalho. Ele se move.
É preciso 10 ou 15 anos pra que elas fiquem firmes e bonitas. Intuitivamente, tive que deduzir o que aconteceria se ventasse muito forte. Tento reforçar meu trabalho. A melhor maneira de testá-lo é acoplar uma das esculturas no meu Ford F-150 e dirigir na autoestrada. Você pode colocar um pedaço de metal numa mesa e o vento vai derrubá-lo. Mas se você quer que a obra gire a 1 km/h, daí é mais difícil.
Nessa altura, posso perfeitamente criar as coisas todas na minha cabeça. Nem preciso desenhá-las. Posso vê-las na minha cabeça. Faço caminhadas e imagino as formas. Se você fizer algo por 20 ou 30 anos, você pode escrever as coisas na sua cabeça. Você pode visualizar toda a trama.
Se eu pudesse colocar meu trabalho em qualquer lugar, seria no parque de esculturas Storm King. Outro lugar seria um novo parque em Seattle que tem um monte de artistas renomados. Quero estar próximo dos meus contemporâneos.
Minha parte favorita do processo é descobrir uma nova ideia, um novo momento. É normalmente no computador ou uma combinação entre perceber alguma coisa na minha cabeça e fazê-la no computador. Mas essa é, sem dúvidas, mais satisfatória e prazerosa sensação de frio na barriga.
Confira o vídeo e verá o que quero dizer:




POEMA: PROMESSAS DE UM MUNDO NOVO - THICH NHAT HANH

Prometa-me Prometa-me neste dia Prometa-me agora Enquanto o sol está sobre nossas cabeças Exatamente no zênite Prometa-me: Mesmo que eles Ac...