Gosto bastante de
ouvir Dra Ana Cláudia, pessoa sensível
e cheia de sabedoria e de boas histórias , que é possível ouvi-la durante horas
e horas. Seu desempenho é
sempre promover a saúde embora esteja
sempre falando da morte, afinal, isto é um fato que a qualquer momento e hora
pode nos surpreender.
Se a gente
tem essa noção clara de que a vida acaba e que pode ser a qualquer dia desses,
o preparo para este momento está em viver.
As
frases abaixo são do livro “A morte é um dia que vale a pena viver”.
“Desejar
ver a vida de outra forma, seguir outro caminho, pois a vida é breve e precisa
de valor, sentido e significado. E a morte é um excelente motivo para buscar um
novo olhar para a vida.”
“A pessoa
que morre não leva consigo a história de vida que compartilhou com aqueles que
conviveram com ela, e para quem se tornou importante ao longo de sua vida.”
“A dor do
luto é proporcional à intensidade do amor vivido na relação que foi rompida
pela morte, mas também é por meio desse amor que conseguiremos nos reconstruir”
“Quando
perdemos definitivamente a conexão com alguém importante, alguém que para nossa
vida representou um parâmetro de nós mesmos, é como se nos privássemos da
capacidade de reconhecer a nós mesmos”
“O que
mais fará falta na morte de alguém importante é o olhar dessa pessoa sobre nós,
pois precisamos do outro como referência de quem somos. Se a pessoa que eu amo
não existe mais, como posso ser quem sou?”
“Quando
morre uma pessoa amada e importante, é como se fôssemos levados até a entrada
de uma caverna. No dia da morte entramos na caverna e a saída não é pela mesma
abertura por onde entramos, pois não encontraremos a mesma vida que tínhamos
antes. A vida que será conhecida a partir da perda nunca será a mesma de quando
a pessoa amada estava viva. Para sair dessa caverna do luto é preciso cavar a
própria saída.”
“Essencialmente,
o luto é um processo de profunda transformação. Há pessoas que podem
transformar nossa temporada na caverna em um período menos doloroso, mas não
podem fazer o trabalho por nós. A tarefa mais sensível do luto é restabelecer a
conexão com a pessoa que morreu por meio da experiência compartilhada com ela.
A revoluta, o medo, a culpa e outros sentimentos que contaminam o tempo de
tristeza acabam prorrogando nossa estadia na caverna e podem nos conduzir a
espaços muito sombrios dentro de nós.”
“É mágico
como a dor passa quando aceitamos a sua presença. Olhemos para a dor de frente,
ela tem nome e sobrenome. Quando reconhecemos esse sofrimento, ele quase sempre
se encolhe. Quando negamos, ela se apodera da nossa vida inteira.”
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