domingo, 27 de outubro de 2019

CURTA - METRAGEM: HAPPINESS



Amoooo todos os curtas - metragem criado por Steve Cutts!!
Ao som de Habanera, do compositor francês Georges Bizet, somos apresentados aos ratinhos que disputam uma corrida infindável: nas calçadas, nas estações do metrô, corredores, ruas...sempre cercados pelas mais diversas peças publicitárias – cada uma prometendo “ Felicidade” com produtos diferentes, como : refrigerante, academia de ginástica, roupas, bebidas...
Cutts provoca a reflexão sobre o conceito de felicidade na atual sociedade de consumo baseada na competição e nos modelos de conquistas oferecidos pela Publicidade no qual  gera uma grande infelicidade.
Ver ratos antromorfizados lutando numa Black Friday, em uma disputa selvagem pelos produtos em promoção e perseguindo uma nota de dólar até cair na ratoeira do trabalho é a irônica estratégia do autor.
Nosso rato protagonista sobrevive à Black Friday todo machucado e cansado arrastando uma HD TV. Mas seu ânimo é renovado ao pular para dentro de uma Ferrari vermelha e sai dirigindo velozmente... até parar no próximo congestionamento interminável...achando que isto é estar e "ser feliz"!
Na filosofia grega da antiguidade, a felicidade era um conceito ligado à ética. Na sociedade de consumo, mascara-se os verdadeiros valores e virtudes.
São muitas as metáforas como : a falta de respeito ao próximo – que sem que se perceba literalmente no cotidiano gera a falta de amor-próprio e amor ao próximo. Quem se ama de verdade, procura possuir controle emocional, procura compreender as pessoas e estar sempre ou a maior parte do tempo de bem com a vida e esquecer a opinião alheia, Não guarda raiva, rancor, está sempre disposto a perdoar e ter coragem, confiança e segurança para recomeçar; já o amor ao próximo nos traz paz e nos transforma em pessoas melhores. Você pode pensar que oferecer seu tempo para conversar com alguém é um ato pequeno, mas com simples gestos de carinho como este, você pode mudar o dia e até mesmo a vida de alguém que há muito tempo não se sentia amado(a).
E principalmente como numa sociedade construída sobre a ideia de competição generalizada, os modelos de felicidade somente podem realizar-se como ideologia e não por afetos verdadeiros.
Será que ainda podemos ser felizes apesar do consumismo exagerado, falta de liberdade e da supervalorização do dinheiro e do status social?



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