Amoooo todos os curtas - metragem criado por Steve Cutts!!
Ao
som de Habanera, do compositor francês Georges Bizet, somos apresentados aos
ratinhos que disputam uma corrida infindável: nas calçadas, nas estações do
metrô, corredores, ruas...sempre cercados pelas mais diversas peças
publicitárias – cada uma prometendo “ Felicidade” com produtos diferentes, como
: refrigerante, academia de ginástica, roupas, bebidas...
Cutts provoca a reflexão sobre o
conceito de felicidade na atual sociedade de consumo
baseada na competição e nos modelos de conquistas oferecidos pela Publicidade no
qual gera uma grande infelicidade.
Ver
ratos antromorfizados lutando numa Black Friday, em uma disputa selvagem pelos
produtos em promoção e perseguindo uma nota de dólar até cair na ratoeira do
trabalho é a irônica estratégia do autor.
Nosso rato protagonista sobrevive à Black Friday
todo machucado e cansado arrastando uma HD TV. Mas seu ânimo é renovado ao
pular para dentro de uma Ferrari vermelha e sai dirigindo velozmente... até
parar no próximo congestionamento interminável...achando que isto é estar e "ser feliz"!
Na
filosofia grega da antiguidade, a felicidade era um conceito ligado à ética. Na
sociedade de consumo, mascara-se os verdadeiros valores e virtudes.
São muitas as metáforas como : a falta de respeito ao próximo –
que sem que se perceba literalmente no cotidiano gera a falta de
amor-próprio e amor ao próximo. Quem se ama de
verdade, procura possuir controle emocional, procura compreender as pessoas e estar sempre ou a maior parte do tempo de bem com a vida e esquecer a opinião
alheia, Não guarda raiva, rancor, está sempre disposto a perdoar e ter coragem,
confiança e segurança para recomeçar; já o amor ao próximo nos traz paz e nos transforma em
pessoas melhores. Você pode pensar que oferecer seu tempo para conversar com
alguém é um ato pequeno, mas com simples gestos de carinho como este, você pode
mudar o dia e até mesmo a vida de alguém que há muito tempo não se sentia
amado(a).
E
principalmente como numa sociedade construída sobre a ideia de competição
generalizada, os modelos de felicidade somente podem realizar-se como ideologia e não por afetos verdadeiros.
Será que ainda podemos ser felizes apesar do
consumismo exagerado, falta de liberdade e da supervalorização do dinheiro e do
status social?
Nenhum comentário:
Postar um comentário