Ganhei este livro de uma grande amiga, Fatinha. Como sabem, adoro ter amigos bons e verdadeiros. Carpinejar tem uma literatura leve, humorada e para aqueles que gostam de leitura, "Amizade é Também Amor" nos faz sorrir e entristecer, nos emociona e nos conquista. São 122 crônicas. O livro não retrata apenas a amizade, mas vários outros temas, como:
Cuidar das relações também é autocuidado, pois as relações afetam e muito as nossas vivências.
A primeira crônica nos faz perceber que ser feliz é pura simplicidade. " No meu primeiro apartamento, formei as minhas estantes de tijolos e tábuas colhidas na rua, e eu era feliz.
Tinha dois bancos feitos de engradados jogados fora por um bar, de corados com almofadas coloridas, e era feliz.(...)Sobreviver me transbordava de humor. Sempre dava um jeito, não perdia tempo reclamando, ia me adaptando. Ria de meus problemaspara não os fazer importantes. A verdade é que a pobreza nunca me roubou a fellicidade." Pág 11
Já a crônica "estranho equilíbrio" ele dá sua definição sobre amizade : "Amigo não cobra coerência, não fica em cima cutucando feridas. É saber de tudo e agir como se não soubesse de nada. É não ficar apontando o que é certo ou errado. Amizade é difícil. Amizade é um estranho equilíbrio. Mas amizade não é cegueira. É a arte de enxergar com os ouvdos." pág 16
Ainda falando sobre amigos, "a paz dos defeitos" ele conclui: " Amigo é o que fica depois da ressaca. É glicose no sangue. A serenidade. A paz de não esconder os defeitos". pág 20. E isto é fundamental!!
"Meus amigos estudam a si mesmos, para as provas dos relacionamentos. Reservam um momento para examinar seus atos. Não somente põem a mão na consciência, lavam as mãos na consciência.
Essencialmente sadios porque conservam este sentimento reflexivo guardado. Já perderam alguém importante, já enterraram um familiar, já sobreviveram a romances errados. Não foram sempre felizes, descobriram que a felicidade acaba e se transforma em esperança.
Persevera neles uma honestidade da imperfeição que resulta nos conselhos mais ajuizados.
Meus amigos não experimentaram uma infância idealizada, cresceram entre encrencas familiares e não se fizeram de vítima. Não namoraram o menino e a menina mais famosos da escola, não há glórias unânimes no passado, sofreram bullying e não se diminuíram.
Doces porque deram espaço para amargura. Cumprimentam com ternura, abraçam com cuidado, mantêm um pouco da fragilidade de vidro na pele. São meus soldados com cicatrizes das batalhas no corpo. Não aplacaram essa sensação miúda de desencanto e humildade. É como assobiar sem querer, ou suspirar fundo sem motivo. Não acreditam no sucesso e no fracasso, ambos sinônimos da farsa."
Coloquei apenas uma pequena amostra para que instiguem outros a ler Carpinejar.
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