Anthony Howe é um escultor norte-americano, natural de Salt Lake City, no estado de Utah. Com raiz na pintura, hoje cria um tipo muito peculiar de esculturas surreais em movimento. Começou a desenvolver suas peças em 1989.
Ao estar entediado com o mundo estático visual, começou a imaginar um novo processo em que esculturas não precisariam ser cruas e sem vida. O que o artista faz é conhecido como escultura cinética, arte que se move com a natureza.
Surpreendentes, gigantes e inusitadas. Assim é que podem ser chamadas as imensas esculturas cinéticas do artista Anthony Howe. Tais obras são geradas pelo vento ou motores que as fazem se movimentar de forma contínua e promovendo efeitos capazes de hipnotizar. Com peso de 725 quilos, tais objetos possuem semelhança com tentáculos de um polvo e ainda uma nave alienígena. Antes de ganharem forma no mundo real, as obras de Anthony Howe passam por rigorosos processos digitais de elaboração, que milimetricamente testam como será a reação de cada objeto depois de construído em relação à força do vento.
O trabalho de Anthony Howe é um tanto quanto hipnótico. Ok, você não vai perder a consciência, mas vai ficar observando o movimento de suas obras por um bom tempo antes de piscar. Acontece que esses objetos são simétricos e a forma como eles se mexem impressiona pela perfeição de sincronia. Parece que as peças, feitas de fibra de vidro e aço inoxidável, têm vida própria. Confira os vídeos e verá o que quero dizer.
Comecei a trabalhar com esculturas porque estava interessado numa bela modelo da agência Ford. Fiz um coração de metal para ela, mas ela provavelmente pensou que eu era um babaca e não funcionou.
É chocante pra mim que a minha arte tenha se tornado viral na internet. Nunca imaginei que a internet pudesse fazer isso. A revolução em vídeo que está acontecendo é uma dádiva divina ao meu trabalho. Ele se move.
É preciso 10 ou 15 anos pra que elas fiquem firmes e bonitas. Intuitivamente, tive que deduzir o que aconteceria se ventasse muito forte. Tento reforçar meu trabalho. A melhor maneira de testá-lo é acoplar uma das esculturas no meu Ford F-150 e dirigir na autoestrada. Você pode colocar um pedaço de metal numa mesa e o vento vai derrubá-lo. Mas se você quer que a obra gire a 1 km/h, daí é mais difícil.
Nessa altura, posso perfeitamente criar as coisas todas na minha cabeça. Nem preciso desenhá-las. Posso vê-las na minha cabeça. Faço caminhadas e imagino as formas. Se você fizer algo por 20 ou 30 anos, você pode escrever as coisas na sua cabeça. Você pode visualizar toda a trama.
Se eu pudesse colocar meu trabalho em qualquer lugar, seria no parque de esculturas Storm King. Outro lugar seria um novo parque em Seattle que tem um monte de artistas renomados. Quero estar próximo dos meus contemporâneos.
Minha parte favorita do processo é descobrir uma nova ideia, um novo momento. É normalmente no computador ou uma combinação entre perceber alguma coisa na minha cabeça e fazê-la no computador. Mas essa é, sem dúvidas, mais satisfatória e prazerosa sensação de frio na barriga.
Confira o vídeo e verá o que quero dizer:
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