Quando nós pensamos no " Comer e no Beber", imaginamos o alimento para o corpo físico, porém Gibran jamais pensaria apenas neste plano. Nós temos muitas fomes e muitas sedes e a nossa falta de autoconhecimento nos faz correr atrás de coisas periféricas que não atendem a nossa real fome e real sede.
Então um velho estalajadeiro disse:
Fala-nos do comer e do beber.
Quem fala agora é um ancião que passou toda vida alimentando a fome e a sede física das pessoas.
E nas entrelinhas reflete: "Será que, o que eu fiz foi bom? Será que eu poderia ter dado mais para as pessoas do que comida e bebida física? " Ele quer saber do Profeta o que realmente alimenta o homem.
Pudésseis viver do perfume da terra e,
Então um velho estalajadeiro disse:
Fala-nos do comer e do beber.
Quem fala agora é um ancião que passou toda vida alimentando a fome e a sede física das pessoas.
E nas entrelinhas reflete: "Será que, o que eu fiz foi bom? Será que eu poderia ter dado mais para as pessoas do que comida e bebida física? " Ele quer saber do Profeta o que realmente alimenta o homem.
Pudésseis viver do perfume da terra e,
como uma planta, nutrir-vos da luz...
Existia uma tradição na história dos alquimistas medievais, que Jung gostava muito, ele tinha por hábito relacionar o nosso corpo físico com os 4 elementos: Terra, Água, Fogo e Ar.
Fala-nos que temos um corpo energético, ou seja, quem dera precisássemos apenas de comidas mais sutis.
O perfume é captado pelo olfato, o (AR); a luz pela visão, o (FOGO).
Logo, o corpo físico é a TERRA;
o corpo mental é o FOGO;
o corpo emocional , o AR;
o corpo energético, a ÁGUA.
O Profeta nos diz que devemos nos alimentar de sentimentos elevados , luminosos.
Você jamais pode dizer que o corpo físico é igual ao corpo mental ou emocional, mas é similar. Todos são matérias, mas sutis ou mais densas, mas são MATÉRIA.
Suponhamos que nós comêssemos tudo o que viesse a nossa frente; não fizéssemos uma seleção, como estaria o teu corpo físico? A mesma coisa é em relação às emoções. Nós assimilamos qualquer emoção que despejam sobre nós: na mídia, nas nossas convivências ou através de pensamentos sugeridos. Nós a tomamos como nossas.
Será que não existe indigestão mental ou emocional?
Não devemos esquecer que estes planos também se alimentam e nós deveríamos dar prioridades a eles.
Hoje a medicina fala muito das doenças psicossomáticas. Uma pessoa que absorve emoções muito negativas, ideias obsessivas, isto irá se concretizar numa doença física.
A medicina chinesa fala que nunca tivemos tanta doença do coração.
O egoísmo vai gerar que tipo de impacto para o corpo físico? O que é um egoísta? Um ser que se comporta de maneira anômala, desconsiderando a humanidade. Imagine uma célula fazendo isto?
Existia uma tradição na história dos alquimistas medievais, que Jung gostava muito, ele tinha por hábito relacionar o nosso corpo físico com os 4 elementos: Terra, Água, Fogo e Ar.
Fala-nos que temos um corpo energético, ou seja, quem dera precisássemos apenas de comidas mais sutis.
O perfume é captado pelo olfato, o (AR); a luz pela visão, o (FOGO).
Logo, o corpo físico é a TERRA;
o corpo mental é o FOGO;
o corpo emocional , o AR;
o corpo energético, a ÁGUA.
O Profeta nos diz que devemos nos alimentar de sentimentos elevados , luminosos.
Você jamais pode dizer que o corpo físico é igual ao corpo mental ou emocional, mas é similar. Todos são matérias, mas sutis ou mais densas, mas são MATÉRIA.
Suponhamos que nós comêssemos tudo o que viesse a nossa frente; não fizéssemos uma seleção, como estaria o teu corpo físico? A mesma coisa é em relação às emoções. Nós assimilamos qualquer emoção que despejam sobre nós: na mídia, nas nossas convivências ou através de pensamentos sugeridos. Nós a tomamos como nossas.
Será que não existe indigestão mental ou emocional?
Não devemos esquecer que estes planos também se alimentam e nós deveríamos dar prioridades a eles.
Hoje a medicina fala muito das doenças psicossomáticas. Uma pessoa que absorve emoções muito negativas, ideias obsessivas, isto irá se concretizar numa doença física.
A medicina chinesa fala que nunca tivemos tanta doença do coração.
O egoísmo vai gerar que tipo de impacto para o corpo físico? O que é um egoísta? Um ser que se comporta de maneira anômala, desconsiderando a humanidade. Imagine uma célula fazendo isto?
Mas, já que deveis matar para
comer e roubar do recém-nascido o leite de sua mãe para saciar vossa sede, fazei
disso um ato de adoração.
A vida irá se alimentar de vida. É um processo natural, porém esta vida que se sacrificou por mim, não deve morrer em vão. Que a minha vida porte mais para Terra, para a humanidade do que a vida que matei, pois se não for assim, era preferível que a vida que eu matei ficasse viva e eu perecesse.
Lembremos: Não manejemos os seres como se fossem coisas ou nada, como se eles existissem única e exclusivamente em função do nosso alimento. Consideremos que, se alguém se sacrificou por mim, a minha vida tem de valer à pena para que tudo isto seja válido. Façamos tudo com dignidade e respeito.
A vida irá se alimentar de vida. É um processo natural, porém esta vida que se sacrificou por mim, não deve morrer em vão. Que a minha vida porte mais para Terra, para a humanidade do que a vida que matei, pois se não for assim, era preferível que a vida que eu matei ficasse viva e eu perecesse.
Lembremos: Não manejemos os seres como se fossem coisas ou nada, como se eles existissem única e exclusivamente em função do nosso alimento. Consideremos que, se alguém se sacrificou por mim, a minha vida tem de valer à pena para que tudo isto seja válido. Façamos tudo com dignidade e respeito.
E que vossa mesa seja um altar onde os puros e os
inocentes da floresta e da planície são sacrificados àquilo que é ainda mais
puro e mais inocente no homem.
Quando matardes um animal, dizei-lhe de todo vosso coração:
“- Pelo mesmo poder que te imola, sobre o comer e o beber eu
também serei imolado,e eu também servirei de alimento para outros.
Você está me dando vida? Eu também irei te dar vida; ou seja, eu não irei viver em vão. Eu também serei imolado um dia, porém a minha vida vai somar para gerar mais vida. É quando chegamos naquele momento em que olhamos para trás e, temos a certeza de que fizemos diferente, somamos. A minha vida me fez crescer e eu pude ajudar as pessoas que estão em minha volta a crescer com exemplos e transformação de seres humanos. A minha vida gerou vida e eu serei molado um dia como você está sendo, mas pode ter certeza de que, tua energia não foi em vão, que vai se converter na minha e vai se transformar em algo maior que vai continuar gerando vida. Uma pessoa que tem este espírito deve confrontar a morte com muita tranquilidade.
Pois a lei que te entregou às
minhas mãos me entregará a mãos mais
poderosas.
Teu sangue e meu sangue nada serão senão seiva que nutre a árvore do céu.”
A árvore da vida tem as suas raízes no Céu e se ramifica no mundo. Porque se vocês pararem para imaginar, de onde vem a seiva que alimenta a vida?Vem do Céu. É do Céu que vem a essência de todas as coisas que têm forma no mundo; tanto que, quando os seres morrem, os corpos perdem a forma. Se você tira este elemento espiritual, esta seiva, essas raízes, os corpos perdem a forma. Quando cortamos o vínculo com o espiritual, as coisas se decompõem.
Esta Terra Celeste que nós iremos alimentar com o nosso sangue para que ela dê mais frutos no mundo: o meu sangue e o teu sangue irão servir para irrigá-la. Esta irá trazer mais frutos ao Mundo: sabedoria, virtudes, valores. Nossa vida será geradora de vida.
Que a nossa vida seja um sacro ofício, ou seja, ofício sagrado de usar a vida para qualificar o mundo. Usar a vida como interesse da Natureza e não apenas aos teus interesses egoístas para não viver em vão.
E quando morderdes uma maçã dizei-lhe no vosso coração:
Nas civilizações antigas se tinha o cuidado, um respeito, um requinte com a Natureza. Houve um momento em que os pater família em Roma, para construir uma casa, eles faziam um cerimonial para pedir licença à Natureza para alterá-la, pois sabiam que aquilo ali tinha dono. A Natureza não é aleatória, não é de quem chegar primeiro: ela já chegou primeiro.
Imaginemos a Natureza como um ser consciente. Ela deveria achar muito engraçado quando nós, seres que vivem 70, 80 anos, cerca um pedacinho de terra e diz: "isto é meu!".Ela está ali desde o início dos tempos e estaria até o final. O homem acha que é dono dela? Breve ela irá engoli-lo, pois este estará debaixo dela.
Isto tem muito a ver com o princípio platônico: o limiar do amor humano - quando você olha para as coisas e pergunta: "para que elas me servem?" ou " como eu posso servi-las?"
Existe uma lei da Natureza, um cânone sagrado, como diziam os cultos de Apolo na Grécia: "vida gera vida cada vez em maior qualidade"
“Tuas sementes viverão no
meu corpo e os brotos de teus amanhãs florescerão no meu coração, e teu perfume
será meu hálito.
Juntos regozijar-nos-emos em todas as estações.”
Eu engulo tuas sementes, eu te privo de dar frutos, mas podes ficar tranquila porque os meus frutos também serão teus. Embutidos nos meus frutos, estarão as tuas sementes; embutido na minha vida, estará a tua. Você somou na minha vida, agora é a minha vez de somar para outras que talvez eu não conheça, que talvez ainda venham, como você gerou esses frutos para alguém que você não conhecia e gerou generosamente para que este ser tivesse vida.
Aquilo que eu conquistar, será também teu. Todo sacrifício que me trouxe a este ponto, não é só meu, mas de todos aqueles que se sacrificaram para me dar vida. Assim, estarei no futuro com todas as vidas que nascerão das sementes que deixarei. E nós estamos aqui com as sementes de Gibran, Platão e tantos outros. Vida gera vida...
E, no outono, quando colherdes a uva
de vossos vinhedos para o lagar, dizei-lhe, no vosso coração:
No outono da vida, porque daremos frutos, vai chegar um determinado momento de extrair a essência deles. É o que Al Mustafá está fazendo: como se ele estivesse apertando as uvas da sua vida para extrair a sua essência, o aprendizado, o sumo da vida que ele viveu.
No outono da vida, porque daremos frutos, vai chegar um determinado momento de extrair a essência deles. É o que Al Mustafá está fazendo: como se ele estivesse apertando as uvas da sua vida para extrair a sua essência, o aprendizado, o sumo da vida que ele viveu.
“-Eu também sou um vinhedo, e minha fruta será recolhida no lagar e,
como um vinho novo,serei guardado em vasos eternos.”
"O que fazemos em vida, ecoa na eternidade." Se a minha essência vai alimentar vidas futuras, em todas essas vidas que virão, haverá algo de mim. Dentro deste ciclo da vida, estarei presente. Eu sou capaz de considerar o futuro como meu filho e me sentir responsável por ele; coisa que, quando somos muito egoísta, muito imediatista, não conseguimos pensar. Uma das coisas mais complicadas do nosso momento histórico. Quando você diz a uma pessoa: " a maneira como você interage com a Natureza, daqui a 10, 30 anos, inviabiliza a vida no Planeta Terra" e esta pessoa diz: " problema de quem vem depois. Eu não estarei aqui daqui a 30 anos." ou seja, esta pessoa vai deixando terra arrasada; o egoísmo, essa mediocridade de pensar apenas em si próprio, isto faz com que consideremos muito pouco além de nós mesmos e temos um rastro no mundo que é terra-arrasada. Ao invés de gerarmos vida, geramos morte. Isto é a quebra fundamental do protocolo da vida: é o desajuste que os orientais chamavam de " quebra do darma". "Pelas vossas obras, vos conhecereis.", ou seja, "pelos vossos rastros, vos conhecereis."
E, no inverno, quando beberdes o vinho, que haja , no vosso
coração,
uma canção para cada taça...
E que haja, na canção,um pensamento para os dias de outono para o
vinhedo, e para o lagar. “
Aquele que não planta e não colhe generosamente, não extrai nenhum sumo, logo, sai da vida tão sedento quanto chegou: alimenta o seu corpo e não sua alma. Se isto acontece, morrem de inanição.
Aquele que não planta e não colhe generosamente, não extrai nenhum sumo, logo, sai da vida tão sedento quanto chegou: alimenta o seu corpo e não sua alma. Se isto acontece, morrem de inanição.
"Todos os homens morrem, mas nem todos vivem."; alguns só sobrevivem porque não souberam gerar os frutos que alimentassem suas almas nem muito menos deixar uma herança que alimentassem as almas do futuro, também não se sentem obrigados a isto.
Na verdade, o que Al Mustafá diz não é uma crítica sobre a alimentação física, mas ele quer nos dizer que o homem se preocupa demais em alimentar apenas parte de si mesmo, como se o homem fosse um estranho para si próprio.
É interessante que percebemos o fenômeno da solidão exatamente como demonstração disto: do homem que tem medo de se virar para dentro e encontrar uma alma faminta e sedenta, que ele não sabe como alimentar, logo foge de si mesmo e faz da vida um grande entretenimento onde ele vive fugindo de si mesmo.
A solidão não é estar desacompanhado do outro; é estar desacompanhado de si mesmo.
Os filósofos dizem que chegamos a um certo ponto em que, o peso dos apelos da alma se torna mais ruidoso do que o peso dos apelos do corpo, então não dá para ignorar. Temos de parar para ouvir e buscar alimento. É o momento em que o homem tem como necessidade de sobrevivência, a busca da sabedoria.
Necessariamente, a caminhada humana é sair da ignorância e buscar a sabedoria. Caminhar e ajudar os demais a caminhar através do próprio exemplo, pois o verdadeiro ensinamento se dá através do exemplo. . Quando caminhamos e deixamos este rastro, começamos a viver uma vida verdadeiramente humana. Começamos a fazer diferença e começamos a atender aos apelos da nossa alma. O nascimento desta busca, é o nascimento da consciência humana.
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