Este livro é uma fábula que nos
remete à reflexão, ao autoconhecimento. Nos provoca para respondermos uma
pergunta: “QUEM EU SOU”
Eu não sei quem sou !!! Graças a Deus!!! Só sei que sou múltipla...inconclusa e tenho todas as estações.
Acredito que trabalhar no CVV me
faz perceber sobre o verdadeiro sentido da condição humana; sem julgar e
ao perceber que todos somos um, isto
enriquece a minha VIDA!!! No início foi difícil. Nós nos determinamos pelas relações – e esta relação
cura – por haver um diálogo verdadeiro/ transparente (qdo literalmente acontece). É um trabalho contínuo não interpretar falas e
purificar nossos julgamentos. Ter consciência na PRESENÇA!!!
Logo, depois de muita compaixão,
aceitar quem eu sou, me transforma. Digo sempre ao EGO: “Olhe, observe como
você é; veja como você agiu...Você é isto.... Myriam!!”
Vejo claramente quantas vezes eu
ignorei minha intuição, depositei poder num pensamento, numa crença, num vício
que não me levaram a lugar algum. Em relação às relações humanas, sempre só
tenho a agradecer, pois todas as pessoas que passaram e passam pelo meu caminho
são MESTRES. Sempre me ensinam algo...
Sei que se não tivesse passado
por tudo isto não seria a pessoa que busco ser! Enxergar minhas sombras me
transforma!
Bem, retomemos ao livro: O
CAVALEIRO PRESO NA ARMADURA
O livro conta a história de um cavaleiro - o mais corajoso do reino; ele não temia nenhuma batalha, muito pelo contrário! Uma das coisas que ele mais amava na vida era estar no campo de batalha combatendo dragões furiosos; resgatando donzelas em apuros. Ele pensava ser bondoso, gentil e amoroso. As pessoas diziam que a sua armadura era como o SOL de tão reluzente.
O livro conta a história de um cavaleiro - o mais corajoso do reino; ele não temia nenhuma batalha, muito pelo contrário! Uma das coisas que ele mais amava na vida era estar no campo de batalha combatendo dragões furiosos; resgatando donzelas em apuros. Ele pensava ser bondoso, gentil e amoroso. As pessoas diziam que a sua armadura era como o SOL de tão reluzente.
Ele tinha tanto amor a esta
armadura, à imagem que ela passava ,que já não mais a tirava para jantar,
dormir...
Um dia, Juliet desafiou o marido:
Penso que você ama essa armadura mais do que a mim.
Isso não é verdade — respondeu o
cavaleiro. — Será que não a amo o bastante? Eu a resgatei daquele dragão e a
coloquei neste elegante castelo com pedras de parede a parede!
Na realidade, ele estava se esquecendo da família. De forma relutante, ele tentou remover o
elmo, mas este não se moveu. Por último foi até o ferreiro para ver se o mesmo
resolveria esta questão. O ferreiro não conseguiu.
No caminho de saída da província,
o cavaleiro parou para se despedir do rei, que era muito bom para ele. O rei
vivia num imenso castelo situado no topo de uma colina, numa região afortunada.
Ao atravessar a ponte levadiça e entrar no pátio, viu o bobo da corte sentado
de pernas cruzadas, tocando uma flauta de bambu. O bobo era chamado de
Bolsalegre, porque trazia nos ombros uma linda bolsa com as cores do arco-íris,
repleta com toda espécie de objetos que faziam as pessoas sorrir ou sentir alegria.
Bolsalegre em seu diálogo com o
cavaleiro tem várias falas emblemáticas,
como:
·
Bem, se
não é você uma triste visão? Nem todo seu poder pode mudar a sua condição.
·
Estamos
todos presos em algum tipo de armadura. Apenas mais fácil de encontrar é a sua.
·
Dias,
semanas ou anos, nunca se sabe ao certo. Quando o discípulo estiver pronto, o
mestre estará por perto.
·
Quando da
armadura você se livrar, a dor dos outros também sentirá.
Por último, Bolsalegre sugere que ele procure
o Mago Merlim.
Então, começa a jornada deste herói, deste cavaleiro.
Porque o Mago Merlim que é o grande
sábio; a grande intuição; o mestre de grandes conhecimentos.
Não era uma tarefa fácil
encontrar o esperto feiticeiro. Havia muitas florestas onde procurar, mas apenas
um Merlin. Então, o pobre cavaleiro cavalgou e cavalgou, dia após dia, noite
após noite, tornando-se cada vez mais fraco. Enquanto cavalgava através das
florestas sozinho, percebeu que desconhecia tantas coisas... Ele sempre se
imaginara muito sabido, mas não se sentia nem um pouco sabido tentando
sobreviver na floresta. Relutante, admitiu para si mesmo que sequer sabia
diferenciar os frutos venenosos dos comestíveis. Por isso, comer era um jogo de
roleta-russa. Beber não era menos arriscado. O cavaleiro tentou enfiar a cabeça
dentro de um córrego, mas seu elmo se encheu de água. Por duas vezes, quase se
afogou.
Certa manhã, acordou sentindo-se
mais fraco do que de costume e com uma sensação estranha. Foi nessa manhã que
encontrou Merlin. Ao encontrá-lo , comenta:
Estive procurando por você — ele disse ao mago. — Há meses que estou perdido.
Toda a sua vida — corrigiu o mago, arrancando com os dentes um
pedaço de cenoura e repartindo-o com o coelho que estava mais próximo.
O cavaleiro enrijeceu: Não vim de tão longe para ser insultado.
Quem sabe você sempre tenha considerado a verdade um insulto —
disse Merlin, compartilhando a cenoura com alguns dos outros animais.
Durante a conversa, Marlim pediu para que ele
bebesse um líquido. Os primeiros goles pareciam amargos, os seguintes mais
agradáveis e os últimos absolutamente deliciosos. Agradecido, o cavaleiro
devolveu o cálice a Merlin.
O que é essa bebida? — perguntou o Cavaleiro.
Vida — respondeu Merlin.
Vida?
Sim — disse o sábio mago. — Não
parecia amargo no início, e depois, enquanto você provava mais, não ia se
tornando agradável?
O cavaleiro concordou: Sim, e os últimos goles eram absolutamente
deliciosos.
Foi quando você começou a aceitar o que estava bebendo.
Você quer dizer que a vida é boa quando a aceitamos? — perguntou o
cavaleiro.
E não é?
— replicou Merlin, levantando uma sobrancelha em sinal de divertimento. Você
espera que eu aceite toda esta pesada armadura?
"Quando vou sair desta armadura?" Todos os dias, Merlin
respondia:
"Paciência! Faz muito tempo que você a usa. Não dá para se livrar dela
da noite para o dia."
Para o cavaleiro retirar a
armadura, Marlon fala que ele terá de fazer
a trilha da Verdade e irá enfrentar três Castelos: O Castelo do Silêncio, o Castelo
do Conhecimento e o Castelo da Vontade e da Ousadia.
Cada um desses Castelos têm um
Conhecimento, tem algo para ser refletido. Trabalha temas densos como
autoconhecimento, auto-aceitação, medo, sombras, crenças limitantes, arrogância...enfim,
ele aborda sobre luz e sombras, estes dois elementos que fará sempre parte de nossas vidas. A linguagem é deliciosa, cheia de metáforas. As reflexões às vezes são indigestas, porém
necessárias. Vale à pena conferir!!!
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