segunda-feira, 29 de junho de 2020

CURTA - METRAGEM : O EMPREGO


   Existem filmes que em poucos minutos dizem coisas que podemos refletir elevar para nossa eternidade.  .É o caso do curta-metragem  argentino de animação O Emprego (El Empleo), Mesmo sendo um curta  de 2008, mas sua mensagem é para.que pensemos na frase de Benjamin Franklin que se tornou emblemática : " o trabalho dignifica o homem"
   “El empleo” possibilita tantas reflexões, que é capaz de atingir, de forma angustiante, a nossa percepção mais profunda sobre o trabalho. O curta é um exemplo doloroso e, nem por isso, longe da realidade do cenário social, que abriga milhões de pessoas em busca de emprego, de salários melhores, de valorização e satisfação profissional. Hoje, em  meio à pandemia observamos isto com bastante tristeza. Índice de desemprego aumenta; logo, aumenta também todas as desvalorizações  trabalhistas.A pandemia do coronavírus fez com que cerca de 1 milhão de brasileiros perdessem o emprego ao longo de maio. É o que aponta o levantamento inédito divulgado nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este  impacto é retratado no curta;  quando percebemos que é justamente nas ações mais banais que mora a complexidade das relações políticas, sociais e econômicas do ser humano. Com sutileza – que acaba nem sendo tão sutil assim -, a mensagem  do  filme insere em sua ambientação corpos humanos substituindo coisas (mesas, cadeiras, carros), imagens que podemos considerar como a coisificação humana levada ao extremo para tocar, objetivamente, em assuntos como alienação e exploração do trabalho.
Além do pouco tempo de duração, O Emprego também não contém nenhum diálogo. Mesmo assim, não deixa de ser um filme chocante. da falta de expressividade do protagonista e dos coadjuvantes, muita coisa é dita. Fica claro, por exemplo, que o outro não faz parte da nossa perspectiva cotidiana. Por ironia – muito bem aplicada, por sinal -, a cena final não nos deixa esquecer de que também somos o outro de alguém e formamos parte da mesma engrenagem que agride o coletivo.

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