O fime "O Outro Par" é uma
curta-metragem egípcia da cineasta Sara Rozik, com 20 anos, que ganhou um
prémio no Festival de Luxor, em 2014.
Sara
Rozik ganhou a Coluna Djed de Prata com O Outro Par, pela “expressão poética e grande sentimento de ritmo“, como destacou o júri. Rozik tem apenas 20
anos e formou-se no Instituto Superior de Cinema, no Egipto, em 2013. Ela
também possui um diploma em Música do Conservatório do Cairo.
O curta-metragem conta a história de um menino como muitos que temos aqui no Brasil, que encontra-se com o seu chinelo bastante gasto pelo uso, logo, quebra-se e não tem meios de comprar outro.
Nisto, aparece um garoto com um lindo par de sapatos acompanhado dos pais, o menino se encanta ao ver os belos calçados que ele usava e no íntimo, deseja que os mesmos estivessem nos seus pés. Percorre com o olhar os passos do garoto que aguarda a chegada do trem para partir.
Na hora da partida, quando o garoto vai subindo no trem, um dos sapatos cai do seu pé. Já dentro do trem, observa o menino que não tirava os olhos do seu sapato. Mas..de que adiantaria ter apenas um sapato? Mesmo assim, ele corre atrás do trem para devolver ao dono, o seu sapato. A velocidade do trem é mais rápida do que a do menino. Ainda arremessa o sapato para que o garoto pegue, mas o sapato cai na calçada.
Diante deste contexto, o garoto que estava no trem, percebe que de nada adiantaria ficar apenas com um sapato e joga o outro sapato que se encontrava em seus pés para o menino. Com certeza aquele para de sapatos iria ser muito mais útil para o menino que a tinha apenas um chinelo do que para o garoto que parecia ter uma condição mais privilegiada.
A obra de Sara Rozik foi inspirada numa história de Mahatma Gandhi.
Ghandi, nas suas
memórias, lembra que certo dia, ao entrar num comboio na Índia, escorregou e
perdeu um sapato . Para espanto dos seus companheiros, ele calmamente tirou o
outro sapato e lançou-o para o cais de forma a cair perto do primeiro, enquanto
o comboio se afastava da estação.
Um passageiro perguntou-lhe por que ele havia feito aquilo.
Gandhi sorriu e disse: – Se um homem pobre encontrar apenas um sapato de nada
lhe servirá. Agora ele terá um par, que eu tive a honra de doar.
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