quarta-feira, 13 de junho de 2018

CURTA METRAGEM : O OUTRO PAR


        
         O  fime  "O Outro Par" é uma curta-metragem egípcia da cineasta Sara Rozik, com 20 anos, que ganhou um prémio no Festival de Luxor, em 2014.
         Sara Rozik ganhou a Coluna Djed de  Prata com O Outro Par, pela “expressão poética e grande sentimento de ritmo“, como destacou o júri. Rozik tem apenas 20 anos e formou-se no Instituto Superior de Cinema, no Egipto, em 2013. Ela também possui um diploma em Música do Conservatório do Cairo.
         O curta-metragem conta a história de  um menino como muitos que temos aqui no Brasil, que encontra-se com o seu chinelo bastante gasto pelo uso, logo, quebra-se e  não tem meios de comprar outro. 
        Nisto, aparece um garoto com um lindo par de sapatos acompanhado dos pais,   o menino se encanta ao ver os belos calçados que ele usava e  no íntimo, deseja que os mesmos estivessem nos seus pés.   Percorre com o olhar os passos do garoto que aguarda a chegada do trem para partir. 
        Na hora da partida, quando o garoto vai subindo no trem, um dos sapatos cai do seu pé. Já dentro do trem, observa o menino que não tirava os olhos do seu sapato. Mas..de que adiantaria ter apenas um sapato? Mesmo assim, ele corre atrás do trem para devolver ao dono, o seu  sapato. A velocidade do trem é mais rápida do que a do menino. Ainda arremessa o sapato para que o garoto pegue, mas o sapato cai na calçada. 
        Diante deste contexto, o garoto que estava no trem, percebe que de nada adiantaria ficar apenas com um sapato e joga o outro sapato que se encontrava em seus pés para o menino. Com certeza aquele para de sapatos iria ser muito mais útil para  o menino que a tinha apenas um chinelo do que para o garoto que parecia ter uma condição mais privilegiada.
        A obra de Sara Rozik foi inspirada numa história de  Mahatma Gandhi. 
        Ghandi, nas suas memórias, lembra que certo dia, ao entrar num comboio na Índia, escorregou e perdeu um sapato . Para espanto dos seus companheiros, ele calmamente tirou o outro sapato e lançou-o para o cais de forma a cair perto do primeiro, enquanto o comboio se afastava da estação. 

      Um passageiro perguntou-lhe por que ele havia feito aquilo. Gandhi sorriu e disse: – Se um homem pobre encontrar apenas um sapato de nada lhe servirá. Agora ele terá um par, que eu tive a honra de doar.

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