Destaco
dois elementos que me chamaram atenção na história de Stephanie Ribeiro.
Primeiro, o poder da escrita como uma ferramenta
libertária para seus medos, dores e angústias. Essa escrita-testemunha que traz
a história de grandes mulheres como: sua mãe, que ao lidar com a dor da
separação escreveu uma carta para a mesma, quando esta tinha apenas três anos ;
logo após, vem a história de sua avó, com a morte do seu companheiro, compartilha todos os dias através de um diário tudo o que acontece com
ela. Por último, ela descobriu o livro “Quarto de despejo” de Carolina Maria de
Jesus. Carolina era uma mulher negra,
favelada e mãe solteira. Começou a escrever nos papelões que encontrava no
lixo.
Em seguida, ela se questiona: ” Se todas as mulheres
que são importantes na minha vida escrevem, por que eu não posso escrever?”
A partir daquele momento, começa a compreender que a
escrita é um meio de extravasar todos os seus sentimentos..
Em uma matéria à Marie Claire, agora como colunista, comenta: ” Escrever
me ajudou a colocar para fora tudo o que me magoava e que há anos eu acumulei
aqui dentro de mim, achando que superaria sozinha, que o tempo me curaria, que
o silêncio me faria esquecer. Nos dizem que o silêncio cura, pois nos querem
silenciadas. Se expor é reviver os traumas, reencontrar as dores e desafiar os
obstáculos da vida uma segunda vez, é fazer uma profunda revisão das próprias
atitudes e mais importante que tudo isso, se perdoar por ser o que somos. A paz
advém do perdão dado a si mesmo, do entendimento que fizemos o que podíamos e
que o tempo não volta. Escrever me libertou das amarras do sexismo e racismo,
pois me possibilitou expor o que não é um problema meu, só meu: é nosso! O
racismo e o sexismo é um problema dessa sociedade, então ela que lide com o que
eu e tantas mulheres negras dizem e acham.”
Segundo, a fraqueza como um sentimento que te faz crescer, te faz humano. Por que temos
o tempo todo de sermos fortes? Quantas vezes gostaríamos apenas de um colo? A verdadeira
força é saber que você é um seu humano cheio de incompletude e tentar ser feliz
apesar de...
Parabéns, Sthephenie pelo seu trabalho!!!
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