Este é mais um
filme que me impactou. Primeiro por ser uma história verídica de superação e
segundo por tratar de um tema que até hoje nos inquieta: a questão da
desigualdade social, especificamente, por causa da cor.
A
história passa-se na cidade de Nashville nos EUA em 1930 do século XX.
O protagonista,
um jovem carpinteiro, chamado Vivien Thomas, tem um grande sonho: ser médico.
Nesta época os
EUA estavam passando por uma Grande Depressão. Vivían foi atingido de duas
maneiras:
1-
Fica desempregado, pois priorizavam quem tivesse
família para sustentar.
2-
Toda economia que ele havia guardado no Banco
para o seu ingresso numa Unversidade , sumiu. O Banco faliu.
A partir de
agora, Vivian começa uma nova jornada, consegue um emprego de zelador no Laboratório de Cirurgia Experimentais Vanterbilt e tem
contado com um dos maiores médicos na época ( Dr. Alfred Blalock- cirurgião
cardíaco e pesquisador). O médico utilizava
pesquisas neste laboratório tendo como cobaias, filhotes de cachorro.
Para Vívian, aquele local era tudo o que
ele mais desejou, pois encontrou ali, uma verdadeira escola para todos os seus
anseios e expectativas.
No início,
o Dr. Alfred foi bastante rígido e arrogante, mas aos poucos começou a mudar o
comportamento, quando percebeu que Vivían era muito inteligente, estava disponível
para aprender e ajudá-lo.
Neste ínterim,
o Dr. Alfred está tentando encontrar uma solução para uma doença conhecida como
o caso do Bebê Azul, manifestada por um problema cardíaco.
Ambos se debruçam às pesquisas e terminam encontrando a solução
para o caso do Bebê Azul. O procedimento cirúrgico foi um grande sucesso!!! Mas,
na época, quem recebeu todo mérito foi o Dr. Alfred, que saiu na capa da
revista “Life” e em vários jornais. Vivian neste momento fica muito triste,
pois o próprio Dr. Alfred não destacou em nenhum momento a sua importância
nesta descoberta.
Após este
fato, Vívian deixa o Laboratório, passa por algumas dificuldades, mas não
consegue esquecer o local no qual entregou toda sua vida em prol de outras vidas e que
fora sua escola de Medicina; então, pede para retornar.
Apenas no
final do filme é que Alfred assume não ter sido apenas ele o responsável pelo trabalho desenvolvido com
o bebê azul,logo, Vivían recebe o título de Dr. Honoris Causa, assim também
como colocam o seu retrato junto ao do Dr. Alfred, consagrando-o como mais um
médico talentoso e inovador. O reconhecimento superou todos os preconceitos....
Vale ressaltar
que o filme abrange vários temas políticos, sociais e raciais. Percebemos uma
sociedade racista e preconceituosa, onde os negros ao andar nas ruas tinham de
abrir caminhos para os brancos passarem; os negros só podiam sentar na parte
detrás dos ônibus. Vívian não tinha livre acesso no hospital onde trabalhava,
pois tem uma cena em que ele está indo de encontro ao Dr. Alfred e o guarda o
repreende, pedindo para que ele bata o ponto no terceiro setor ( setor em que todos
os negros batiam ponto).
É um filme que
supera todas as nossas expectativas. O diretor Joseph Sargent conseguiu juntar
realidade, ficção e emoção. Muitooo bommmm!!!
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