sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

DIA DO FREVO

Como autêntica Pernambucana, não poderia deixar de homenagear o dia do FREVO : 09 de fevereiro. Esta data  é contada  a partir  do aparecimento na imprensa da primeira vez em que foi utilizada o nome  FREVO, num jornal vespertino de Recife, Jornal Pequeno, na edição de 09 de fevereiro de 1907
Este ritmo faz parte da minha história, da minha identidade, pois não tem quem não se inquiete com o som dos instrumentos que nos faz balançar o corpo, numa sensação de leveza e liberdade.  Algumas pessoas dizem que não sabem dançar o frevo, porém quando ouvem a música, todos dançam do seu jeito, com muita improvisação e malabarismo: livre, leve e solto.
Os mais ousados bailam e flutuam no ar. Muitos regem com maestria uma sombrinha que tem as cores da bandeira de Pernambuco para ajudar em suas acrobacias, pois dá mais equilíbrio.
Existem três tipos de frevo: frevo- canção, frevo de bloco e frevo de rua.
Frevo Canção,  instrumentalmente muito parecido com o Frevo de Rua, a grande diferença é que o Frevo Canção tem letra, dá pra cair no passo e cantar. As letras possuem temas variados não ficam presas apenas ao carnaval, são canções de amor, exaltação à cidade e por aí vai, um dos principais compositores desse gênero de Frevo foi Lourenço da Fonseca Barbosa, o popular Capiba.
 O Frevo Bloco, popularizado nos anos 50 quando o compositor e arranjador Nelson Ferreira reuniu várias composições antigas, resolveu fazer novos arranjos e gravá-las com orquestra de pau e corda e coral feminino. A orquestra de pau e corda junto com o coral feminino é o que diferencia o Frevo de Bloco dos outros tipos de frevo As letras falam de amor, falam dos blocos líricos, dos antigos carnavais.
O Frevo de Rua, é aquele totalmente instrumental com metais e percussão, onde é possível cair no passo apenas sentindo a melodia, porque não tem letra. O mais conhecido é o Vassourinhas.
Desde 2012 o FREVO passou a ser considerado um Patrimônio Imaterial da Humanidade.
Segundo Jota Michiles, um dos expoentes da Cultura Pernambucana, descreve o que significa para os  Pernambucanos, o FREVO,  através destes versos:

“ O frevo é o ritmo mais eletrizante da MPB.Que faz do corpo da gente parafuso,dobradiça no passo que atiça e bota pra mexer. Nasceu e cresceu nas ruas do Recife, no dobrado do pife, no passo da capoeira. Moleque assanhado, filho da metaleira. Trompete e trombone, pandeiro e saxofone. Ganhou o seu nome no fervor da chaleira. “

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