domingo, 17 de maio de 2020

SE PUDER ENVELHEÇA - OSWALDO MONTENEGRO





Assim que vi o texto de Oswaldo, deu-me vontade de enviar para todos àqueles que ainda acreditam na vida, independente de idade. Sei que vivemos num país cheio de preconceitos, principalmente em relação aos idosos, como se todos não fôssemos passar por esta fase linda de nossa história. Felizes os que conseguem chegar neste patamar sem se sentir pesado, sem se sentir inútil.
Não é o tempo em si, mas o medo que dele temos que produz um efeito nocivo sobre a nossa mente e corpo.
Sei que não sou e não posso ser mais uma jovem de 20 anos!!!! Que lindo perceber e sentir isto!!!!
A velhice não é a soma de anos, mas o começo da sabedoria.
Quantas coisas percebo em mim, e hoje sei que por conta de percebê-las me sinto mais leve. São as minhas sombras se reintegrando a todos os aspectos do meu ser. Percebo que elas não são minhas inimigas, e sim, minhas aliadas. Isto é um trabalho de  empoderamento pessoal.
Velhice não é tragédia. O que denominamos de processo de envelhecimento constitui, na verdade, uma mudança, e deve ser recebida com alegria e prazer. Temos poderes imensos que transcendem as limitações de nosso corpo.
Não quero deixar a minha mente se aposentar; quero que ela seja como um paraquedas que para nada serve, a não ser quando aberto. Que do mesmo modo que eu acolhi a minha criança, minha juventude e o meu ser adulto, que eu possa mais do que nunca acolher a minha velhice quando ela chegar.    
Os poetas tem o dom de saber colocar em palavras coisas que sentimos e não sabemos explicar, quando se trata de velhice as opiniões divergem muito, e como poeta, talvez Oswaldo Montenegro nos  convença a olhar para o envelhecimento com outro sentido, mais gentil com sua história, mais feliz com seu presente.
No fim das contas, talvez viver bem seja um pouco dessas duas coisas mesmo: ter os pés na realidade e também sonhar e se encantar. É o equilíbrio entre esses dois mundos que nos torna lúcidos e ao mesmo tempo felizes.
Bem, mas vamos ao vídeo onde Oswaldo Montenegro narra um texto de sua própria composição enquanto imagens suas brincando com o seu neto são mostradas.


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