quinta-feira, 28 de maio de 2020

DOCUMENTÁRIO : MINIMALISMO



“Minimalism:  (“Minimalismo: um documentário sobre as coisas importantes”) é documentário bem interessante e esclarecedor para quem está nesta jornada de viver uma vida mais simples. 
Basicamente o documentário gira em torno de uma turnê literária sobre o livro da dupla Joshua Fields Millburn & Ryan Nicodemus, criadores do site The Minimalists. Em resumo, estes dois rapazes eram caras que tinham dinheiro e “sucesso”, mas não eram felizes em suas vidas, consigo mesmos e em seus relacionamentos. Foi então que eles encontraram no minimalismo uma nova forma de viver.
O documentário mostra, além da turnê literária, as experiências de outras pessoas com projetos diferentes, mas todas engajadas nesta forma de viver e pensar a vida. Fala-se sobre economia, moda, designer, família, saúde, sustentabilidade, etc.

Pense na qualidade em vez da quantidade

Gosto muito da definição que eles mesmo usam para definir minimalismo: um resgate àquilo que realmente importa. Não se trata de ter menos coisas, de levar uma vida nômade, viajando pelo mundo, ou de ser egoísta e deixar pessoas e coisas importantes para trás. Não. Trata-se de saber identificar o que realmente importa e tentar manter sua vida (um eterno movimento) em torno delas. Podem ser coisas, sentimentos, relações.
Antes de você assistir o documentário, vale a pena entender o contexto em que esses rapazes surgiram. Ambos são norte-americanos, e os Estados Unidos é um país templo do consumismo. O minimalismo surge então como um grito de socorro e de protesto: parem de comprar, olhem o que estão fazendo, voltem ao que realmente importa.
Para nós, que vivemos em um país de terceiro mundo, em que vemos pessoas sofrerem com a falta, e não com o excesso, o conceito de minimalismo pode muitas vezes virar até motivo de deboche. Muitas vezes li, pela Internet, ou ouvi pessoas falando sobre “já sou minimalista kkk minha casa não tem nada” ou “meu armário já é cápsula, pois tenho menos de 30 peças de roupa”. Então existe uma visão (me atrevo dizer) distorcida do que realmente seja minimalismo, que é diferente de frugalidade ou até mesmo pobreza material.

 O minimalismo não se trata do pouco, mas do essencial.

Infelizmente, a maioria das pessoas em nosso país realmente não tem o essencial. Por isso, para entender o contexto dos produtores do filme, é importante entender onde e em que meio eles vivem. E então tentar fazer paralelos com a nossa vida e realidade aqui.
O minimalismo cai muito no assunto do consumo porque, como falei, o berço dele são os Estados Unidos. Mas, no geral, estamos falando de um planeta que não aguenta mais tanto lixo sendo gerado. Essa frase, falada pelo Joshua no documentário, resume o conceito: “Tudo o que eu tenho, eu tenho que justificar apenas para mim. Eu preciso disso? Tem algum propósito? Ou me traz alegria?” Trata-se de ter coisas com propósito.

Viva com menos

Uma das coisas legais do documentário é que ele mostra vários lados de se viver o minimalismo e várias realidades, tanto de “famílias minimalistas” como de solteiros, por exemplo. Também chama atenção como o documentário aborda o fato de que o minimalismo não significa desfazer-se de tudo o que você tem e permanecer apenas com o necessário, apesar de essa ser uma premissa básica, mas sim de desfazer-se daquilo que não lhe traz sentido. Eles falam sobre como não há uma obrigatoriedade, por exemplo, de livrar-se de itens de coleção, mas incentivam a refletir sobre isso, sobre o quanto as coisas que possuímos realmente dão e têm algum sentido para a nossa vida.

Viva com mais

Quando você estabelece sua missão de vida, estabelece um trabalho que dá propósito, aquilo vai te deixar muito mais contente, aquilo vai fazer com que você contribua muito mais com as pessoas.
O minimalismo é também mais do que um “estilo visual”, é uma filosofia de vida e deve transformar as realidades das pessoas, indo para além de uma questão materialista (ter mais ou ter menos) e chegando até aos nossos relacionamentos.

Para finalizar, a lição final é de que devemos amar as pessoas e usar as coisas. E digo mais: devemos amar as pessoas e usar bem as coisas importantes.

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