Como ficar inerte
diante de tudo o que está acontecendo?
Hoje
gostaria de falar de ALEGRIA, PAZ, AMOR E BEM, porém quando vejo algumas
noticias me dão uma dor no coração. E olhe que muito antes deste homem assumir
a presidência eu já pressentia algo e isto me deixava já um pouco angustiada.
As
notícias que vi hoje ( e olhem que não estou assistindo TV faz muitooooo tempooo)!
Ancine
libera meio milhão de reais
para o filme do ...., porém por outro lado, estamos vendo uma censura absurda
na cultura, arte ( especificamente o cinema).
Hoje
se vive na MOREILÂNDIA onde o Rei é
absoluto! Ninguém mais manda, o Rei prende, julga, condena e cuida da porta da
cela.
Infelizmente o
caos parece que está institucionalizado. O Brasil foi sequestrado. A operação Lava-Jato
foi montada nos EUA depois da descoberta do Pré -Sal com o objetivo de se apoderar das riquezas
nacionais e influenciar no processo político.
Vendo
que nós éramos a 5ª potência do mundo,
maior potência petroleira, etc...os Americanos disseram: “ Está demais para o Brasil:
Petróleo, alimentos, energia...!” Então a força tarefa começa a atuar: derruba a
Presidente Dilma; prendem sem provas o ex-presidente Lula e influencia no
processo eleitoral ( não deixando Lula participar das eleições e desconstruindo
com fake news o Haddad e toda trajetória do PT. Sei que o PT errou... e não sou
petista. Mas, não sou tão ignorante assim para não perceber as coisas...
Agora,
chega o Glenn e desorganiza o jogo! Se Glenn for deportado, temos de ter
cuidado com a nossa liberdade e garantias individuais .
Não
gostaria de fazer parte das polaridades.. mas também não posso deixar de fazer
as leituras do que está acontecendo. Vamos pensar positivo!!!
Bem, mais eu gostaria de falar de beleza, de gente
feliz e esta semana me lembrei da história de Renato Sorriso, o gari do RJ. Escalado
para trabalhar pela primeira vez na limpeza da Marquês de Sapucaí durante o
Carnaval de 1997, mal sabia ele que esse dia mudaria toda a sua vida. Na
hora do desfile, ao invés de varrer a pista por onde passavam as escolas,
embalado no calor do momento, ele começou a sambar com a sua vassoura na mão. O
inusitado passista caiu nas graças do público, que ficou cativado com tamanha
alegria e entusiasmo. Essas mesmas características hoje se tornaram sua marca
registrada e explicam o nome pelo qual o gari ficou conhecido.
Renato se formou em
Turismo, tem planos para estudar Gestão Ambiental e aprofundar seus
conhecimentos sobre limpeza urbana. Apaixonado pela
profissão, o gari continua a exercê-la até hoje e diz que não abre mão dela –
nem da sua vassoura – por nada!
Renato hoje dá palestras motivacionais e percebemos
nele o real estado de realização. A
nossa felicidade e o nosso bem-estar estão diretamente ligados ao prazer que
temos ao fazermos nosso trabalho. Fazer o que gosta, é libertador.
Gostar do que faz é felicidade.
Mesmo com a fama,
até hoje, ele varre a mesma praça e sabe reconhecer de onde veio: “ É da
vassoura que eu varro meu chão, é da vassoura que eu sustento o meu pão”,
revelou.
Diz Renato Sorriso
“Virei gari. Para mim, lixeiro é quem joga lixo nas ruas, vive na sujeira e não
dá valor ao nosso trabalho".
Gostaria que todos os brasileiros hoje, pudessem ter no rosto um sorriso e a esperança de que o nosso país pode mudar.
De vez em quando um leitor me faz uma pergunta via e-mail. Sobre os assuntos mais variados: religião, psicanálise, casos amorosos... Podendo eu respondo. Um leitor me fez a pergunta "O que é uma pessoa feliz?" Pensei: "Essa é fácil". Ele já me havia enviado duas cabeludas, cujas respostas inevitavelmente iriam fazer algumas pessoas franzir a testa em desaprovação. Mas esta, "o que considero uma pessoa feliz?", é fácil. Afinal de contas sou um psicanalista; devo ter conhecimento especializado sobre o assunto. Mas bastou que eu parasse para pensar, e descobri que ela é, talvez, a pergunta mais difícil que pode ser feita.Posso responder à pergunta de maneira geral e abstrata: uma pessoa é feliz quando faz o que lhe dá prazer e quando vive uma relação de amor-amizade com alguém. Essa definição, que considero verdadeira, nunca se realiza. A gente não está nunca fazendo só o que gosta. A vida nos obriga a fazer muitas coisas desagradáveis, a engolir sapos. Eu mesmo tenho, em meu estômago, vários sapos vivos, não digeridos, que continuam a mexer e a coaxar. Além disso, essa relação de amor-amizade só acontece em momentos ou períodos curtos. Ela é logo interrompida por uma série de fatores indesejáveis que nos tornam intolerantes, irritadiços, rabugentos, distantes. Essa transformação se revela na mudança da música da fala.
"Felicidade mesmo, ser feliz como estado permanente, não
existe. Acontece em raros momentos de distração" (Guimarães Rosa).Mas eu
sei de duas condições sem as quais esses raros "momentos de
distração" - são eles que dão sentido à vida - não podem
acontecer.Primeiro, é preciso que a gente tenha alegria no que está fazendo.
Quando a gente tem alegria no que está fazendo, a gente faria a coisa mesmo que
não ganhasse nada. O fazer dá prazer. Rubinstein, pianista maravilhoso, tinha
20 anos de idade quando sua certidão de nascimento indicava 85... Entrevistado,
disse brincando ao seu entrevistador: "Não conte ao meu empresário. Eu
seria capaz de pagar para tocar piano..." Para ele o seu trabalho era um
brinquedo. Babette cozinhava não pelo salário. Cozinhava porque isso lhe dava alegria.
Até gastou um prêmio de loteria para dar um banquete...
Mas há uns trabalhos que a gente faz não pela alegria que o
trabalho dá, mas por causa do produto final. Uma pessoa que trabalhe por causa
do dinheiro que vai ganhar é o exemplo típico. Para tal pessoa, o que importa
não é o que ela está fazendo, se é marcenaria, construção, ensinar,
psicanalisar, vender drogas, advogar, fabricar colchões ou chicletes. Ela
trocaria prazerosamente o que está fazendo por outra atividade totalmente
diferente, desde que a outra lhe desse mais dinheiro. Melhor seria se ela
ganhasse na loto - R$40.000.000,00 - para não precisar mais trabalhar pelo
resto da vida. para tais pessoas o trabalho não é brinquedo; é trabalho
forçado. Elas não sabem que o preço dessa inatividade rica é o tédio. Estão
condenadas à infelicidade. Sobre isso leia os Manuscritos filosóficos de Marx,
de 1844. Segundo, é preciso que a gente ame e seja amado. Amar e ser amado é
isso: pensar numa pessoa ausente e sorrir. Ficar feliz sabendo que ela vai
voltar. Ter alguém que escute e dê colo, sem dar conselhos. Andar de mãos dadas
conversando abobrinhas. Olhar nos olhos da pessoa e sentir que eles estão
dizendo: "Como é bom que você existe!". Jogar frescobol com ela. Ser,
simplesmente, sem pensar que há um par de olhos nos vigiando para nos cobrar
algo. Conversar madrugada afora, sem pensar em sexo. Guimarães Rosa disse mais
ou menos o seguinte: "A coisa não está nem na partida e nem na chegada.
Está na travessia". A felicidade não acontece no final, depois da transa,
depois do casamento, depois do filho, depois da formatura, depois de construída
a casa, depois da riqueza, depois da viagem. A felicidade acontece no
dia-a-dia. Felicidade é fruto na beira do abismo. É preciso colhê-lo e
degustá-lo agora. Amanhã, ou ela já caiu, ou você já caiu...
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