O Profeta é um livro todo simbólico e o ciclo de 12 anos
em que Al Mustafá permanece na cidade de Orphalese é um ciclo de uma existência
completa. O número 12 está associado ao zodíaco. É como se equivalesse a um
ciclo de experiências humana completa, como se fosse uma vida. E o processo
dele sair dessa ilha é como se ele desencarnasse.
É como se ele tivesse entrado nessa ilha, vivesse
toda sua vida e depois voltasse á sua terra espiritual.
Isto se torna claro no trecho final da obra quando
ele fala esta frase –
“ Fica sabendo, portanto , que hei de voltar do
silêncio maior...não esqueças que voltarei para ti...um pouco de tempo, um
momento de repouso sobre o vento, e uma
outra mulher me dará à luz”.
Ele conclui desta forma dizendo – “Esperem, eu vou voltar! É uma questão de tempo. Eu vou
me renovar sobre a Terra”. Ou seja, simbolicamente, ele fala de toda sabedoria
que um homem pode recolher sobre a Terra.
E um jovem disse:
-
Fala-nos da amizade!
E
ele respondeu dizendo:
-
O vosso amigo é a resposta às vossas
necessidades.
O vosso
amigo é a resposta às vossas necessidades e não aos vossos desejos.
Existe uma
coisa curiosa que existe hoje – é o estabelecer relações por carências, por
desejos, por querer usar o outro para preencher coisas que eu necessito.
O filósofo
Emmanuel Kant falou que, uma das coisas mais imorais que existe no mundo é você
usar o ser humano como meio. O ser humano sempre é um fim.
Você
imagina o que é usar o ser humano como meio?
Exemplo: Eu
estou sozinha, então você me serve para fazer companhia. Eu não estou nem aí
pra você, mas eu necessito de companhia, então eu uso alguém; o outro não
interessa como ser humano, é apenas um meio para descarregar carências e atender
as necessidades. Essa necessidade de usar o seu humano como MEIO, como se eles
fossem seres periféricos que giram à volta das necessidades imprescindíveis,
como se fossem hierarquicamente os seres mais importantes do mundo e as pessoas
tivessem a obrigação de atender. Isto tem um nome técnico bastante claro:
MANIPULAÇÃO ( uso do outro). Isto é típico dos egoístas! Em geral não é muito
difícil a gente perceber que numa sociedade como a nossa, cada vez mais o
egoísmo cresce e é cultivado.
As pessoas
são educadas desde o berço para pensarem em si próprias, nos seus interesses,
nos seus gostos, no que é bom para elas...
Um homem
egoísta é um terrível solitário. Ele não consegue perceber o outro, estabelecer
relações profundas. Não consegue despertar sentimentos verdadeiros e não se
comunica com o outro, ele vive isolado. Ele vive numa bolha, pois ele usa os
outros. A diferença entre um ser humano , uma cadeira ou qualquer objeto que ele manipula, é muito
pequena, na verdade.
O egoísmo
gera esta desumanização, pois só existe você e as coisas gravitam à sua volta.
Quando
Gibran fala no texto de necessidades, , são necessidades humanas e não os
nossos desejos.
A principal
necessidade do homem (se formos comparar classicamente o que todas as escolas
de filosofia diziam) é a
fraternidade. É pensar menos em si e pensar mais no outro. O amigo responde a
esta necessidade de se humanizar.
Ele permite
através da presença dele que você descubra outro ser humano e estabeleça uma
relação.
Imagine
você fazer da sua vida uma vitrine de si própria onde tudo gira à sua volta e
não ser capaz de perceber outro ser humano:? Isto não é uma ficção. Isto é uma
possibilidade.
A grande
necessidade humana é a necessidade de fraternidade. Nós nos encontramos uns com
os outros. Nós crescemos através uns dos outros. A convivência é um dos maiores
núcleos de aprendizado que existe. Nós crescemos na convivência. O outro nos
ajuda a crescer.
Para se
humanizar, você precisa da humanidade.
Quanto mais
o humano pensa em si, mais se brutaliza e isto desperta instintos, caprichos,
vaidade.
Quanto mais
pensa no outro, mais cresce.
Ele é campo que cultivais com amor e
colheis com
gratidão.
E
é vosso apoio e o vosso abrigo.
Ele não é
uma relação de troca onde você cultiva esperando a colheita. Você cultiva
esperando simplesmente doar, porque isso é próprio teu.
Você não
espera quando você se dedica a cultivar uma amizade que ela te dê frutos
porque isso não é uma amizade,
isso é uma comércio.
Exemplo: Eu vou cultivar uma amizade com essa pessoa
porque ela é influente; ela tem dinheiro e ela pode me beneficiar. Isto não é
um amigo. Isto é um plano de previdência privada. Isto é um investimento.
Quando você
cultiva com amor, você dá pelo prazer de dar; por querer o bem do outro e não
espera nada. Quando frutifica, você tem gratidão, porque também, saber receber é uma virtude.
Quando o
outro por gratidão quer te entregar algo belo também, você recebe por gratidão
e não com aquela sensação de que não faz mais do que obrigação, porque eu te
dei tanto, nada mais justo do que você me dá alguma coisa. Isso não tem nenhum
valor! Isso é destituído totalmente de valor.
Platão
falava disso em relação à todos os relacionamentos. Ele dizia que a
horizontalidade acaba com os relacionamentos humanos. É a lógica do ” toma lá dá cá” e isto
empobrece as relações humanas. O ideal seria que as relações fossem verticais,
ou seja, eu dou e não espero nada de volta. Quando vem algo de volta, eu recebo
com alegria, com gratidão porque isso estreita vínculos. É uma alegria para o
outro me presentear com algo que para mim é precioso, então saber receber é uma
virtude. Não que eu esperasse disso como
se espera um pagamento, logo, cultivar com amor e receber com gratidão, isso
constitui uma verdadeira amizade.
Ele é vosso
apoio e vosso abrigo. O que é um apoio? Imagine que eu quero passar para o degrau
seguinte de uma escada, eu apoio nesse degrau para subir o próximo. Se eu quero saltar, eu me apoio no chão para
poder me elevar. O apoio é essa base de propulsão para que você cresça. O amigo
é um apoio para que você o arremeta para cima, para que você cresça como ser
humano.
Várias
vezes Gibran fala sobre isto, que as nossas relações têm de nos dar asas.
O fato de
você estar com alguém e faz com que você se torne um ser humano melhor, isso é
uma relação verdadeiramente humana; se não, é uma relação animalizante, de
exploração e uso um do outro.
Imagine ao
final de nossas vidas olharmos para as pessoas com as quais convivemos e
imaginar se demos asas para elas ou se cortamos as asas delas...
Abrigo é
aquilo que nos protege da solidão, angústia...mas tem um elemento que o amigo
nos protege: ele nos protege de nós mesmos.
Ele nos
protege de nós mesmos: da alienação, do delírio da vaidade, da perda de
referencial, do egoísmo...o verdadeiro amigo é aquele que tem obrigação de
chegar para você e dizer: “Você está passando dos limites”; “desse jeito você
vai pro buraco”; “olha, não estou com você nisso!”. O verdadeiro amigo é aquele
que tem obrigação de dizer: “ Se você quer subir, estou contigo”, “ se você
quiser descer, desça sozinho, pois eu não te apoio nisso!”.
Ele te
protege de você mesmo, das alienações que você sozinho(a) não perceberia , nem
teria força moral para reagir. Ele é como se fosse um elemento de consciência
externa que te ajuda a pensar quando você não tem lucidez suficiente, então
esse é o principal abrigo que ele te dá: ele te protege das tuas próprias
alienações, das tuas próprias debilidades...e aí ele te dá oportunidade de ser
muito maior do que você seria sozinho. Isto são as verdadeiras relações
humanas. Isso é um convívio humano.
Estas
questões são para refletirmos quantos verdadeiros amigos temos.
A
constatação é a base da filosofia. Quando você constata, você constrói. Se você
percebe que não tem nenhum, isto já é uma constatação. Agora, tem de construir.
Pois ide até ele com fome e procurai-o para
terdes paz.
Que tipo de
fome?
Existe um
pensador chamado Cícero, que dizia que é muito difícil, senão impossível, amizade
de fato, verdadeira, senão entre os homens de BEM. Ele diz que Amizade é quase
uma atração magnética entre homens que têm valores. O que são homens que têm
valores? São homens que têm sede de bondade, tem sede de verdade, tem sede de
justiça. É essa sede e essa fome que você vai saciar junto do seu amigo.
Você já
teve a experiência de estar sentado com um amigo de fato, compartilhando o
sentido da tua vida e ele a dele contigo? Pensando...será que, o que eu fiz até
agora estava correto? Será que realmente tomei
um destino correto? Será que eu não poderia construir algo maior? E ele
argumentando e complementando... fazendo reflexões profundas, ou seja, o homem
de BEM é aquele que tem fome e sede de BEM. Quando se une e gera verdadeiras
amizades é para poder gerar mais BEM do que geraria sozinho.
Fazer com
que o outro seja mais lúcido, reflita mais...a mesma coisa o outro faz comigo.
Então, erros que eu cometeria se estivesse sozinho, como eu tenho um amigo, ele
atende a minha fome de reflexão. Ele traz à tona tudo o que eu tenho de melhor.
Esse magnetismo que faz com que os
homens construam relações profundas, é próprio dos homens de bem, aqueles que
amam o bem e é através disso que se unem. E não, de interesses superficiais.
A paz de todos os seres, o equilíbrio de todos os seres
está em serem aquilo para o qual foram criados. Então, o animal quando exerce
os seus instintos, está em paz em fazer o que é próprio do animal. A plantinha
quando pega o seu solzinho e faz fotossíntese, já se realiza naquilo que é
próprio de uma planta. O ser humano quando faz aquilo que é próprio do ser
humano (compartilha aquilo que ele tem de melhor ; está certo de que é um fator
de soma na vida das pessoas e traz à tona aquilo que ele tem de mais nobre. Ele
está em paz).
Uma amizade gera equilíbrio, harmonia porque ela atende a
fome da alma do ser humano.
Não
existe nada mais angustiante do que sermos estranhos para nós mesmos.
Muitas
pessoas não suportam está consigo mesmas
porque elas não têm nada para falar consigo mesmas. Esse vazio interior
faz com que ela também não tenha nada para falar como outro.
Uma
pessoa que não suporta está consigo mesma, pode estar em profundidade com
alguém?
Quando o vosso amigo fala livremente,
vós
não temais o “não”, nem limiteis o sim.
E
quando ele está calado, o vosso coração
não
deixa de ouvir o coração dele...
Não tenha
medo que seu amigo fale o que for justo e digno de ser ouvido. Porque se você quer
ouvir apenas aquilo que te agrada, você não quer um amigo, você quer um
adulador. Hoje a maior parte das nossas relações são construídas por circunstâncias.
Quem são “os
meus amigos”? É o que trabalha comigo, mora perto de mim, é aquela que por
alguma circunstância, eu estou em contato. Se percebermos, o verdadeiro amigo
não há nenhuma circunstância que ele se
une a nós; nós nos aproximamos deles por afinidade, por ideias comuns e esse
tipo de relação é mais profunda. É construída em torno do caráter e as
circunstâncias são secundárias.
Aqueles que
se unem pelas circunstâncias, quando as circunstâncias cessam, essa união
também cessam.
Plutarco tem
um texto sobre os aduladores. Ele diz o seguinte: Um homem que não está
disposto a se unir ao seu amigo através do
caráter e não ouvir do seu amigo aquilo que é justo que seja dito, ele não quer
ter um amigo, ele quer ter um adulador.
O adulador
é aquele que diz o que você quer ouvir, sempre te agrada, sempre está fazendo
as coisas que você gosta...só tem um detalhe: quando você tem uma dificuldade,
ele nunca pode te ajudar. Quando você tem um fracasso, ele é o primeiro que
some. Para resumir tem esta frase: “ O
adulador é um parasita grudado à orelha daqueles que amam a glória”. Aqueles
que querem glorificar a si próprios têm estes parasitas grudados nas orelhas.
Não são verdadeiros amigos.
O
verdadeiro amigo nem sempre é agradável, mas sempre é construtivo.
Plutarco
diz que o verdadeiro amigo é como um cirurgião que, se você tem um mal, ele vai
e extirpa, mas ele não te abandona. Ele fica junto de você e espera teu
restabelecimento. Não é assim que um cirurgião faz? Tira o mal, mas não vai
embora. Fica junto com você enquanto você está convalescente. Até que você se
recupere, ele te acompanha, te ajuda.
Um amigo
aponta o teu erro, ajuda a extirpar o teu mal, mas ajuda também você recuperar.
Não te abandona porque você está mal.
Ele não está com você só quando você está bem. Então existe uma relação de
confiança e segurança. Há uma união de
corações. Há uma confiança mútua que dá muita segurança.
Já
imaginaram dizer para uma pessoa: “Venha o que vier, conte comigo”. Que nível
de maturidade e segurança essa pessoa tem para garantir uma coisa dessas para
alguém. É capaz de sustentar o amor por
toda vida, pois os sentimentos permanecem a cada estação.
Pois na amizade, todos os pensamentos,
todos
os desejos, todas as esperanças
nascem
e são partilhadas
sem
palavras, com alegria.
Lembra de
quando éramos criança, quando ganhávamos ou comprávamos um chiclete ping pong,
ou ploc, nós dividíamos com o amigo. Queríamos compartilhar mesmo que fosse
algo pequeno. Porque as coisas boas são construídas em momentos muito pequenos,
de coisas muito pequenas.
Então, todo
bem que eu tenho, eu quero compartilhar.
Cada vez
que vejo uma coisa boa, que vivo uma coisa boa, lembro do amigo(a).
Quero
compartilhar tudo o que é bom porque ele(a) vai gostar. O bem lembra ele(a).
As coisas
justas, as coisas belas, as coisas que elevam, me lembram ele(a). Sei que isto
o ajuda a crescer e o alimenta e sei que, tudo de bom que ele vir, ele também
vai trazer para mim.
Portanto,
iremos ter uma via de compartilhamento constante de coisas belas, nobres,
humanas pela vida afora.
Quando vos separais de um amigo, não
fiqueis
em dor, pois aquilo que mais
amais nele se tornará mais claro
com a sua ausência, tal como a
montanha para o alpinista, é
mais
nítida vista da planície.
A consciência se
dá no contraste. Às vezes você olhando as coisas em distância, em perspectiva,
vê melhor.
Portanto, o verdadeiro amigo, pode estar do outro
lado do mundo, não deixa de ser um verdadeiro amigo.
Às vezes um vizinho que mora ao seu lado, não
constitui nenhuma relação com você, porque não é uma questão de proximidade de
corpos e sim, uma questão de proximidade de alma.
Nós podemos ter uma relação profunda com alguém que
não esteja ao nosso lado fisicamente, parece que, de longe temos em perspectiva
e vemos até melhor o valor que tem a nossa amizade.
E não deixeis que haja outro propósito
na amizade que não o
aprofundamento do espírito.
Pois o amor que busca mais que a
revelação do seu
próprio mistério não é amor, e
apenas o inútil é pescado.
Ou seja, se
há outro propósito, você já não terá amizade. Eu não quero outra coisa, senão
aprofundar o meu espírito e o seu, que possamos subir juntos até o ápice da
pirâmide. Quanto mais subimos, mais juntos estamos, pois a pirâmide afunila a
medida que sobe. Eu não quero outra coisa, a não ser, crescer como ser humano e
permitir que você faça o mesmo. Qualquer
outro interesse desse sistema, você descaracteriza a relação, empobrece.
A relação
tem de ser de doação e não de exploração.
Platão diz
que tem um fio divisório do amor humano que é quando você deixa de olhar para
as coisas e pergunta: “Para que isto me serve?” . Quando você atravessa essa
divisão e pergunta: “ Como posso servir a isto?” Ou seja, eu estou a serviço da
vida e a vida nesse momento é esse meu amigo. A minha vida se justifica quando
eu faço a dele se tornar melhor. Eu não o (a) uso.
Temos de
esgotar este vício terrível de sermos usuários de tudo a nossa volta, até dos
seres humanos, como se nós fôssemos o eixo do Universo.
Quando não
há uma intenção profunda de encontrar a essência do ser humano, quando não se
unem em torno de valores, não sobra muita coisa. È uma rede que não pega nada,
onde só se apanha futilidades, vacuidades total.
E deixai que o que de melhor há em vós
Seja
para o vosso amigo.
Já
que ele tem de conhecer a vazante da vossa maré,
Que
conheça também a vossa enchente.
É como uma
fonte. Eu vou buscar coisas belas porque meu amigo(a)gosta de coisas belas. Mas
quando as coisas belas passam por mim, elas me enriquecem.
Sri Ram diz
que não deveríamos reter as coisas da vida e ser um posto de enriquecimento dos
bens da vida. As coisas passam por mim, eu valorizo e passo adiante. Um posto
de enriquecimento das coisas belas da vida, ou seja, que tudo de belo que
recebo, não seja pra reter, e sim, pra transmitir, para deixar fluir e com
isto, elas passam por mim e vão permanentemente enriquecendo,
revitalizando...mas não retenho nada apenas para mim. Ou seja, os meus amigos
são motivações para que eu busque coisas belas, nobres e boas; para que eu não
chegue diante deles de mãos vazias nem de coração vazio. Então estou sempre
procurando alimentos para as pessoas que amo! Coisas belas, nobres e boas.
Quem mais
se enriquece com isto? Eu mesma.
Existem pessoas
que só lembram de você quando está em dificuldade, só na vazante. Na enchente,
nunca. Não há uma união de corações, mas uma união de carência.
Temos de
saber compartilhar, nos momentos em que ela flui e nos momentos que não flui.
Amizade é bela sim, quando temos fracassos e somos capazes de nos apoiar em
alguém que nos ajuda a levantar; mas é bela também quando temos sucessos e não
retemos só para nós. Procuramos coisas boas para aqueles que amamos e sabemos
compartilhar. Amizade é entre outras coisas saber compartilhar o que temos de
melhor.
Pois para que serve o vosso amigo
se
só o procurais para matar o tempo?
Procurai-o
também para viver.
Pois
ele preencherá vossas necessidades,
mas
não vosso vazio.
E
na doçura da amizade
que
haja alegria e partilha de prazeres.
Na Amizade
vamos crescendo juntos e cada vez mais sendo capazes de gerar para o outro,
prazeres mais nobres.
Pois é nas pequenas coisas que
o
coração encontra a frescura da sua manhã.
O sentido da
nossa vida, um dia, será: grandes coisas belas. Será um dia, sermos seres belos
e evidentemente isso se constrói numa vida que coleciona momentos belos. Coleciona
relações belas. Saber estabelecer laços é fundamental para que um dia cheguemos
a estabelecer um laço muito profundo com a nossa própria alma; com a nossa
própria consciência e com o nosso ser. Costurar essas relações profundas,
humanas, nos permite cada vez mais estarmos atados a nós mesmos. Sermos
profundos, sermos amigos da nossa própria alma.
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