domingo, 31 de março de 2019
O CORACÃO PENSA E IRRADIA
Uma explicação da ciência para a Lei do Amor!!!
sábado, 30 de março de 2019
BIOGRAFIA : CÂNDIDO PORTINARI
Candinho, como era apelidado, era filho dos imigrantes italianos
Dominga Torquato e Giovan Baptista Portinari, que vieram de Vêneto com a
promessa de trabalho oferecida pela política pública do Estado de São Paulo,
que buscava novos braços estrangeiros para a lavoura após o fim da escravidão
no fim do século XIX. Por isso, ele e seus onze irmãos nasceram em meio à lida,
o que marcou muito a memória do “menino de Brodowski”, que começou a pintar aos
nove anos de idade.
Foi na lavoura que conheceu as personagens que viria a retratar com
frequência e que quase nunca apareciam em obras de arte: negros fortes que
continuaram a trabalhar no cafezal, os retirantes nordestinos que peregrinavam
em busca de trabalho, as mães de cor escura com seus filhos que brincavam nos
cafezais, entre outros. Como um detalhe importante, exagerava nas formas dos
pés, que eram grandes e fincados na terra. Ao mesmo tempo em que exaltava a
força única dos negros, denunciava que o trabalho exaustivo deformava as
pessoas. Essa técnica é bem marcante na famosa tela “O Lavrador de Café”
(1934). O trabalhador sequer encara o observador, pois está focado no trabalho.
“Eram obras de
engajamento social, uma forma de criticar quem explora e exaltar quem
trabalha”, explica Camila Bechelany, uma das suas curadoras.
Portinari decidiu retratar o Brasil da cafeicultura, o pilar mais
sólido da economia nacional da época, mas não pela riqueza e prosperidade
econômica. A cultura era o pano de fundo da crítica social que fazia sobre o
trabalho à exaustão. Contava ali a relação de devoção dos trabalhadores à terra
da qual nunca seriam donos. Por isso, buscava não atrapalhar a lida.
“Meu pai sempre foi
um observador, pintava suas lembranças de quando era pequeno. Ou passava horas
observando os trabalhadores para depois chegar em casa e pintar. Ele tinha
vergonha de fixar o cavalete ao lado dos camponeses e atrapalhar o trabalho
deles. Ele olhava, guardava de lembrança e pintava em casa. Sentia que ofendia
aquelas pessoas que estavam ralando e ele ali pintando”, conta João.
Apesar de achar que seu trabalho pudesse “incomodar” quem estava
dando duro no cafezal, era através da arte que Portinari defendia os tipos
populares. “Na minha obra só há camponês. Mesmo quando faço outra coisa, sai
camponês. Mesmo uma paisagem, a mais imaginária, é sempre camponês. Sou filho
de camponês. Meus pais sempre foram camponeses pobres. [...] Assim, não posso
nunca esquecer-me deles. São o meu objetivo. Quando fiz os afrescos do
Ministério da Educação, queriam que eu fizesse a História do Brasil. Tentei.
Mas foi impossível. Não saía nada. Depois de estudos e estudos, nada. Então
tive de dizer: a minha pintura é pintura de camponês; se querem os meus
camponeses, bem. Se não, chamem outro pintor…”, disse na década de 1950, quando
pintou o afresco que decora o Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro, na
época a capital do país.
Mas era nos retratos
por encomenda de onde tirava o sustento e a verba para continuar pintando o que
gostava: o povo. Eram cafeicultores que pagavam bem por uma tela. “Se pegarmos o
cronograma das telas de Portinari, há sequências em que ele pinta café e outras
culturas, depois uma sequência de retratos por encomenda, e depois retorna a
pintar o que gostava. Era uma forma de se abastecer para pintar, comprar os
materiais”, explica João Portinari.
Portinari tentou entrar na vida pública brasileira, ao se
candidatar ao Senado pelo PCB, em 1945. Perdeu por um número pequeno de votos,
em uma eleição cheia de fraudes como era comum naqueles tempos. O governo do
presidente Eurico Dutra passou a persegui-lo, tendo o artista que se exilar no
Uruguai. Ao ser convidado, em 1949, para participar da Conferência Cultural e
Científica para a Paz Mundial, em Nova York, EUA, teve o visto negado pela
embaixada americana. Anos depois, foi impedido de entrar na França. Só poderia
entrar no país por um período de 60 dias, desde que não fizesse nenhuma
declaração política. Naquela época vivia-se o clímax da Guerra Fria.
Quando os painéis Guerra e Paz foram inaugurados nos
EUA, a embaixada daquele país impôs uma condição para que Candido Portinari
estivesse presente e recebesse os prêmios que ganhara: que se declarasse
desvinculado do PCB. Mas, embora não mais tivesse ligação com o partido, ele
recusou tal imposição.
No quadro apresentado , produzido no ano de 1944, Portinari expõe o
sofrimento dos migrantes, representados por figuras magérrimas e com expressões
que transmitem sentimentos como a fome e a miséria. Na tela é possível
identificar nove personagens, todos apresentados de maneira cadavérica, sendo
dois homens adultos, duas mulheres adultas e cinco crianças, das quais apenas
uma tem o sexo identificado. A obra apresenta um embate entre o sagrado e o
profano, sendo o primeiro representado pela família e o segundo pela situação
precária e a morte iminente, que se mostra nesse cenário de sofrimento. É
possível perceber também a representação do ciclo da vida, que se inicia com a
criança na cena e se encerra na figura cadavérica do personagem mais idoso da
composição.
“Criança Morta”, uma
obra dessa série é um exemplo desse vigor e da critica contundente que o pintor
registrou nas suas telas.Os emigrantes da
região Nordeste do Brasil que, assolados pela seca, abandonam suas terras em
busca de melhores condições de vida, sem sucesso.Uma família
constituída por seis pessoas – pais e irmãos – seguram uma criança morta nos
braços.Eles choram. As
lágrimas parecem pedrinhas de tão grande que são.Portinari pintou as
lágrimas muito maior do são na realidade para mostrar o quanto é grande o
sofrimento das pessoas, que estão com fome e cansadas.As mãos do pai que
seguram a criança representam o ponto principal da obra.Ao olhar para ela, a
primeira coisa que você verá é a criança morta. Isso porque as mãos
são exageradamente grandes e desproporcionais, já o restante do corpo é normal. Pelo predomínio dos
tons de terra que marcam a parte inferior da tela, pelas lágrimas da menina e,
principalmente, pelo aspecto tenebroso das figuras humanas, que oscila do
cadavérico ao fantasmagórico.Um quadro comovente
de luta entre a vida e a morte.
Movimento
Expressionista.
Portinari expressa
os dramas do povo brasileiro, e retrata com a sua forma chocante de ver, o que
ocasionou forte repercussão na época, visto que a sociedade (1944) não estava
preparada para o realismo dos pincéis do pintor.
Um dia perguntaram a
Portinari por que ele pintava gente tão feia e miserável e ele respondeu que
fazia porque, olhando o mundo, era só o que via: miséria e desolação.Candido Portinari
sofreu perseguições por parte do governo, justamente por pintar e chocar a
miséria em seus quadros.
VIAGEM : PESQUEIRA
Este ano resolvi
passar o Carnaval em Pesqueira (cidade que fica a 212 km de Recife). Queria
conhecer um pouco a cultura deste local e observar de perto o que ela tem de
diferente e atrativo.
O primeiro elemento que me chamou atenção foi a
figura do Caipora. Em todos os cantos e encantos vemos esta imagem nas paredes.
Reza a lenda que tochas sobrenaturais apareciam em cima de árvores, assustando os caçadores do município de Pesqueira. As assombrações ficaram conhecidas como caiporas, seres noturnos que pregam peças em caçadores e cães. Para "acalmar" os caiporas, colocavam-se fumo e cachaça nos troncos das árvores.
Reza a lenda que tochas sobrenaturais apareciam em cima de árvores, assustando os caçadores do município de Pesqueira. As assombrações ficaram conhecidas como caiporas, seres noturnos que pregam peças em caçadores e cães. Para "acalmar" os caiporas, colocavam-se fumo e cachaça nos troncos das árvores.
Em 1962, João Justino criou o bloco carnavalesco Os Caiporas,
que transformou o que era assustador numa grande diversão. Homens, mulheres e
crianças saem às ruas vestidos de terno e gravata com enormes sacos de estopa
na cabeça. O bloco, que desfila à noite, animando os três dias de Momo, se
transformou na marca do carnaval pesqueirense, que hoje é conhecido no Brasil
inteiro. Por coincidência, encontrei alguns em plena noite.
Pela manhã, ao caminhar pela cidade, nos deparamos com o grupo de
Cangaceiros que iriam fazer uma apresentação no Cruzeiro, um hotel da cidade.
Acompanhamos o grupo que levava os filhos de 3, 4 e 5 anos que já faziam parte da apresentação. Uma
lindezaaa... Aliás, nossa cultura é muito bela.
Ahhh... me encantei de ver algo que não é muito comum na minha
cidade : O pé de mandacaru. E este estava todo florido... Se você não conhece ainda os
versos “Mandacaru quando fulora na seca/ É um sinal que a chuva chega no
sertão…”, da composição de Zé Dantas e Luiz Gonzaga, saiba que se trata da
música “O Xote das Meninas”. É uma planta que tem
bastante resistência à seca nordestina e fez dela um símbolo de força. Além disso, é um
exemplo de versatilidade.
Encontramos muitos em várias partes da cidade. É uma planta que garante alimento e água nos grandes períodos
de estiagem para os animais e os nordestinos.
Passeando pela cidade fomos visitar o castelo que virou um ponto
turístico da cidade. O comerciante
Edvonaldo Torres, construiu um castelo ao longo de 20 anos, na cidade de
Pesqueira (PE). A construção passa dos dois mil metros quadrados e
tem cerca de 40 metros de altura.
Ficamos sabendo pelo vizinho do comerciante que hoje dois dos seus
filhos residem no local.
O comerciante disse há
algum tempo para imprensa que a rua onde está o castelo, que é residencial,
perdeu um pouco em privacidade depois que começou a erguer a obra. "O
principal motivo do meu arrependimento é o terreno que escolhi para fazer o
castelo. Infelizmente não dá mais para recomeçar em outro lugar. Eu quis esse
estilo para chamar a atenção, provocar impacto visual, criar um ponto turístico
para a cidade de Pesqueira."
Torres afirmou que chega a
se arrepender do castelo que construiu. "Apesar de não ter sido uma ideia
bem pensada, o objetivo era atrair pelas formas exóticas e talvez criar um
cartão postal. Não sei o que ainda falta para terminar, nem quando vou
terminar."
Segundo informações, há
anos, evita ceder entrevistas ou falar do próprio castelo. Aponta para abóbadas
em estilo grego e vai mostrando os desenho a lápis, que viraram formas de
isopor, antes da peça de concreto, espalhada pelos cantos de toda a construção,
ser concebida. “É uma arquitetura espontânea. Desenhei e fiz. Às vezes, não
conseguia dormir até colocar no papel. Não tem um padrão, um norte. Vejo coisas
bonitas, ponho aqui. Em fotografias, filmes, o que for. É algo que não tem
explicação. Comecei a fazer e fui sendo levado com isso”, resume o empresário
do ramo de móveis, eletrônicos e eletrodomésticos.
Junto ao castelo
ele construiu um prédio que acabou com a suntuosidade do castelo. Mais
Ficamos sabendo que ele está com
novos projetos, não parando por aí.
O Mirante do Cruzeiro é outra atração turística da cidade de
Pesqueira, do alto é possível ver toda área urbana, as várias igrejas, a
chaminé da antiga indústria e o castelo.
O lugar é muito bonito,
cercado por serras, Há uma Gruta com uma estátua de Nossa Senhora e também o Mirante.
O Mirante nos proporciona uma vista privilegiada de Pesqueira, dá pra ver toda
a beleza do lugar.
É indicado ir de carro, pois é um pouco longe do centro, mas se quiser se aventurar dá pra ir andando, sim. Se for a pé não é bom ir sozinho. Fui com uma amiga de táxi e voltamos a pé.
É indicado ir de carro, pois é um pouco longe do centro, mas se quiser se aventurar dá pra ir andando, sim. Se for a pé não é bom ir sozinho. Fui com uma amiga de táxi e voltamos a pé.
Isto é um pouco da cidade
de PESQUEIRA.
sexta-feira, 29 de março de 2019
TED : A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO TER
A insustentável leveza do ter: a história de alguém que viu suas necessidades humanas de afeto, reconhecimento, aceitação e amor se transformarem numa obcecada corrida pelo sucesso na carreira executiva até perceber que a sustentabilidade que buscava com o seu trabalho precisava ser, antes de tudo, vivenciada e aplicada na sua própria vida. Uma história de transformação pessoal que nos inspira a despertar para a verdadeira motivação por trás do consumo: o preenchimento das nossas reais necessidades.
Após 20 anos de experiência em grandes empresas nas áreas de comunicação, investimento social e responsabilidade social, criou o Movimento Beija-Flor para atuar na aceleração da transição do paradigma mecanicista para o paradigma de sustentação da vida. Tem trabalhado com uma abordagem sistêmica da sustentabilidade, apropriada para compreendermos que a visão cartesiana que nos trouxe até aqui não é mais suficiente para seguirmos.
LIVRO INFANTO - JUVENIL : A FADA QUE TINHA IDEIAS
Hoje, vendo alguns livros infanto-juvenil me deparei com : A FADA
QUE TINHA IDEAIS
Só para lembrarmos, Fernanda Lopes escreveu esta obra durante o
regime militar.
É um livro que discute de forma lúdica como se deveria dar a aquisição
do conhecimento, pois a protagonista, uma fada de 10 anos que vive na Via Láctea , e como o próprio
título já diz é cheia de ideias , e das mais “subversivas”, para horror de sua
mãe, professora e principalmente da Rainha das Fadas. Ela quer mostrar à Rainha
as vantagens de modernizar o ensino e as milhares de possibilidades que temos
para ser feliz através da liberdade de expressão. Além de abordar vários temas,
como: preconceito, igualdade, desafios, resistência, empoderamento...
Para a autora, Clara Luz acha normal inventar, criar, questionar,
encontrar novos ângulos para ver o já visto"
Observe como é apresentada
Clara Luz:
“Clara Luz era uma fada, de seus dez anos de idade, mais ou menos,
que morava lá no céu, com a senhora fada sua mãe. Viveriam muito bem se não
fosse uma coisa: Clara Luz não queria aprender a fazer mágicas pelo Livro das
Fadas. Queria inventar suas próprias mágicas.
- Mas minha filha- dia a Fada- Mãe – todas as fadas sempre
aprenderam por esse livro. Por que só você não quer aprender?
-Não é preguiça não , mamãe. É que não gosto de mundo parado.
-Mundo parado?
-É. Quando alguém inventa alguma coisa, o mundo anda. Quando
ninguém inventa nada, o mundo fica parado. Nunca reparou?
- Não...”
É por isso que Clara Luz não para de ter ideias mirabolantes. Durante
uma de suas invenções, a menina convence sua mãe de que seguir as mágicas do
livro era muito monótono e que isso todas as fadas poderiam fazer. O
interessante era inovar, ou seja, realizar mágicas novas.
Entretanto, ao nascer do novo dia, a
Fada-Mãe voltou atrás em sua decisão por imaginar que poderia estar sendo um
mau-exemplo para a filha.
Após inúmeras peripécias, Clara Luz e todas as fadas do céu foram
convocadas a comparecer ao palácio da Rainha das Fadas para justificar, entre
outras coisas, a invasão dos animais à sua nobre residência e o conteúdo do
bilhete enviado pela Bruxa Feiosa, que reclamava sobre o colorido da chuva que
caíra na Terra.
As fadas tinham verdadeiro horror ao que a Rainha poderia fazer ao
descobrir a verdade e acabaram, quase que em sua totalidade, desmaiando. Clara
Luz, muito corajosa, explicou a causa de todos os “fenômenos” (suas próprias travessuras!)
à majestade, que sentiu-se muito orgulhosa pela inteligência da garotinha e
acabou nomeando-a Conselheira-Chefe do palácio das fadas.
Não é exagero afirmar que se trata de um livro maravilhoso não apenas
para criança, mas para os adultos também . A obra causa alegria e prazer .
No enredo, uma fadinha, Clara Luz, não se cansa de exercer as
habilidades de um ser de muita curiosidade benigna e criatividade incessante.
Ela torna alegre e surpreendente a sua e a vida de todos que a rodeiam.
Clara Luz é aliada
da verdade, da insubmissão. Sua inspiração
resulta em tornar a vida mais bela, a cada toque de sua varinha de condão.
A fada inovadora faz chover colorido; prepara iguarias, como os
bolinhos de luz; convence sua professora de Horizontologia a conhecer de perto
os horizontes novos que anseia revelar. Mas Clara Luz faz mais, muito mais.
A protagonista de A fada que tinha ideias
é também, simbolicamente, porta-voz do antiautoritarismo: seja por não se ater
às obrigatórias receitas de mágica do Livro das Fadas, seja por nunca temer a
rabugenta Rainha das Fadas, que tratava suas súditas com rédea curta.
Lembremos que, naquela época, o manto da
ditadura militar encobria a realidade brasileira.
Imaginem , uma delicada fadinha como Clara Luz podia ser acusada de
subversiva e até mesmo encarcerada.
Estou
sabendo de canais que estão criticando o atual governo estão sendo ameaçados.
Será que teremos de retroceder e trazer
Clara Luz para iluminar a cabeça de alguns empoderados? Nossa realidade, hein?
quinta-feira, 28 de março de 2019
PENAMENTO DE ECKHART TOLLE
“Sempre que você presta atenção em
alguma coisa natural, em qualquer coisa que existe sem a intervenção
humana, você sai da prisão do pensamento e de certa forma entra em
conexão com o Ser no qual tudo o que é natural ainda existe”.
“Prestar atenção numa pedra, numa planta, num animal, não é pensar nele,
mas simplesmente percebê-lo, tomar conhecimento dele. Então algo da
essência desse elemento da natureza se transmite a você. Sentir a calma
desse elemento faz com que o mesmo calmo
desponte no seu interior. Você sente como ele repousa profundamente no
Ser – unido ao que é e onde é. Ao se dar conta disso, você também é
transportado de volta para um lugar de repouso no fundo do seu ser.
Veja como cada planta e cada animal é completo em si mesmos. Ao contrário dos seres humanos, eles não se dividem. Não precisam afirmar-se criando imagens de si mesmos, e por isso não precisam se preocupar em proteger e realçar essas imagens. O esquilo é ele mesmo. A rosa é ela mesma. Contemplar a natureza pode libertar você desse “eu” que é o grande causador de problemas.”
Veja como cada planta e cada animal é completo em si mesmos. Ao contrário dos seres humanos, eles não se dividem. Não precisam afirmar-se criando imagens de si mesmos, e por isso não precisam se preocupar em proteger e realçar essas imagens. O esquilo é ele mesmo. A rosa é ela mesma. Contemplar a natureza pode libertar você desse “eu” que é o grande causador de problemas.”
CURTA- METRAGEM : TROCA DE BATERIAS
“Changing
Batteries” (troca de baterias) é um curta de animação produzido pela
Universidade Multimedia de Cyberjaya, Malásia.
Uma senhora solitária ganha um
presente, na caixa vem um bilhete que dá indícios do que contém naquele pacote:
“Me desculpe
Mamãe, este ano não poderei estar ai presente novamente mas mando um pequeno
presente para lhe fazer companhia e lhe ajudar em seus afazeres diários.”
Uma história que reflete
muito os tempos atuais. Percebo muitos pais que ao chegar a velhice os filhos
os abandonam. Isto independente de
classe social.
Muitas vezes julgamos,
achamos que os filhos são desumanos...e alimentamos vários pensamentos
negativos em relação àquela relação.
Não sabemos como se deu esta construção; este elo que deveria ser de
amor e respeito.
Em todo convívio existem elementos
que são específicos de cada ser .
Acho que o curta faz com
que a gente reflita algumas questões, como: passagem do tempo, relação entre pais
e filhos, a substituição do humano pela tecnologia, medo, finitude...
Acredito que, bons
relacionamentos ( em todos os níveis) requer sempre uma ampla sucessão de
vivências interpessoais que podem ser aprendidos e praticados sempre com
sentimentos sinceros, respeito, emoções
e autoconhecimento.
Acho que a imprevisibilidade
e a incontrolabilidade nos deixam mais tranquilos, pois o importante é o AGORA.
O que podemos fazer hoje para estarmos bem física, mental e espiritualmente
amanhã?
Tudo tem sentido e
significado. A descoberta de sentido leva-nos a entender os fatos negativos sem nos culparmos tanto.
Afinal, a vida é fluída...
MÚSICA: OPINIÃO
Como as pessoas sofrem um pouco de amnésia, é bom saber o que
ocorreu no golpe de 64, pelo menos através da música. Quem sabe possam refletir
melhor sobre tudo o que estamos passando...
Com todo respeito, fiquei muito feliz hoje pela manhã quando soube que o atual
Ministro da Educação havia sido demitido...depois...mais uma fake news,
infelizmente! Imagino como será a prova do ENEM de 2019 ! Menino usa azul e a
menina usa.... Deus criou o mundo em....A mulher veio da costela de ... Qual a
capital do Brasil? Esta todo mundo irá saber.... EUA!!!!!
Ricardo Vélez
Rodrigues, o colombiano que foi escolhido por Jair
Bolsonaro para comandar o Ministério da Educação, escreveu em seu blog um texto
no qual diz que o dia 31 de março de 1964, que marca o golpe militar no Brasil,
é “uma data para lembrar e comemorar”.Jesusssss...o que significa isto?
Segundo a Carta Capital "A
prática do golpe de Estado legal parece ser a nova estratégia das oligarquias
latino-americanas. Testada nas Honduras e no Paraguai (países a que a imprensa
costuma chamar de “República das Bananas”), ela mostrou-se eficaz e lucrativa
para eliminar presidentes (muito moderadamente) de esquerda. Agora foi aplicada
num país que tem o tamanho de um continente…"
Para relaxarmos um pouco, uma música sempre é BOMMMMMM!!!!
Bem, vamos falar então da MÚSICA OPINIÃO:
“Opinião”(1964), de Zé Keti Canção-tema do espetáculo Opinião (Rio
de Janeiro, 1964) para o qual foi composta, era uma crítica ao governo estadual
do Rio de Janeiro que desejava
retirar as favelas do morro.
Opinião seria o mote perfeito para que no final de 1964
os artistas pudessem dar o seu primeiro grito de liberdade silenciada. E foi
também no ambiente do Zicartola, onde segundo Zé Kéti os compositores podiam
cantar à vontade, que surgiu a ideia do musical. Escrito por Paulo Pontes,
Ferreira Gullar, Armando Costa e Oduvaldo Viana Filho, e contando com a direção
de Augusto Boal, “Opinião” tornou-se um dos espetáculos mais bem sucedidos do
teatro brasileiro, e consagrou definitivamente o
sambista e poeta do seu povo Zé Kéti, que interpretava mais uma vez o malandro
dos morros cariocas, e atuava ainda ao lado de Nara Leão no papel da mocinha da
zona sul e João do Vale, representado a força do nordeste. O espetáculo
encenado no teatro de
Arena, em Copacabana, e que depois daria nome a um famoso grupo de teatro de São Paulo, ficou mais de um ano em cartaz.
Como já era comum na carreira de Zé Kéti, sua composição extrapolava as raízes
da música que acabou se tornando a fala política do sambista
do morro e seu protesto contra a ditadura militar., e tornava-se além de
um emblemático espetáculo teatral, o nome de um jornal, de um teatro, um grupo de teatro e do segundo LP de Nara Leão.
Era inclusive em uma de suas falas no Show Opinião que Zé Kéti explicava que
adotara o K em seu nome por ser a inicial de estadistas da época, a exemplo de
Kennedy e Kubitscheck, simbolizando mais uma vez o forte caráter político da
Opinião. Apanhando ou não, Zé Kéti era um sambista livre, que dialogava com
todas as formas de música que surgiam no país da censura.
OPINIÃO
Podem me prender /
Podem me bater Podem
até deixar-me sem comer /
Que eu não
mudo de opinião. Daqui do morro /
Eu não saio,
não Se não tem água /
Eu furo um poço Se
não tem carne /
Eu compro um osso E
ponho na sopa /
E deixa andar
(repete) Fale de mim quem quiser falar /
Aqui eu não pago
aluguel/ Se eu morrer amanhã, seu doutor /
Estou pertinho do
céu.
ANTHONY HOVE E SUAS ESCULTURAS HIPNOTIZANTES
Anthony Howe é um escultor norte-americano, natural de Salt Lake City, no estado de Utah. Com raiz na pintura, hoje cria um tipo muito peculiar de esculturas surreais em movimento. Começou a desenvolver suas peças em 1989.
Ao estar entediado com o mundo estático visual, começou a imaginar um novo processo em que esculturas não precisariam ser cruas e sem vida. O que o artista faz é conhecido como escultura cinética, arte que se move com a natureza.
Surpreendentes, gigantes e inusitadas. Assim é que podem ser chamadas as imensas esculturas cinéticas do artista Anthony Howe. Tais obras são geradas pelo vento ou motores que as fazem se movimentar de forma contínua e promovendo efeitos capazes de hipnotizar. Com peso de 725 quilos, tais objetos possuem semelhança com tentáculos de um polvo e ainda uma nave alienígena. Antes de ganharem forma no mundo real, as obras de Anthony Howe passam por rigorosos processos digitais de elaboração, que milimetricamente testam como será a reação de cada objeto depois de construído em relação à força do vento.
O trabalho de Anthony Howe é um tanto quanto hipnótico. Ok, você não vai perder a consciência, mas vai ficar observando o movimento de suas obras por um bom tempo antes de piscar. Acontece que esses objetos são simétricos e a forma como eles se mexem impressiona pela perfeição de sincronia. Parece que as peças, feitas de fibra de vidro e aço inoxidável, têm vida própria. Confira os vídeos e verá o que quero dizer.
Comecei a trabalhar com esculturas porque estava interessado numa bela modelo da agência Ford. Fiz um coração de metal para ela, mas ela provavelmente pensou que eu era um babaca e não funcionou.
É chocante pra mim que a minha arte tenha se tornado viral na internet. Nunca imaginei que a internet pudesse fazer isso. A revolução em vídeo que está acontecendo é uma dádiva divina ao meu trabalho. Ele se move.
É preciso 10 ou 15 anos pra que elas fiquem firmes e bonitas. Intuitivamente, tive que deduzir o que aconteceria se ventasse muito forte. Tento reforçar meu trabalho. A melhor maneira de testá-lo é acoplar uma das esculturas no meu Ford F-150 e dirigir na autoestrada. Você pode colocar um pedaço de metal numa mesa e o vento vai derrubá-lo. Mas se você quer que a obra gire a 1 km/h, daí é mais difícil.
Nessa altura, posso perfeitamente criar as coisas todas na minha cabeça. Nem preciso desenhá-las. Posso vê-las na minha cabeça. Faço caminhadas e imagino as formas. Se você fizer algo por 20 ou 30 anos, você pode escrever as coisas na sua cabeça. Você pode visualizar toda a trama.
Se eu pudesse colocar meu trabalho em qualquer lugar, seria no parque de esculturas Storm King. Outro lugar seria um novo parque em Seattle que tem um monte de artistas renomados. Quero estar próximo dos meus contemporâneos.
Minha parte favorita do processo é descobrir uma nova ideia, um novo momento. É normalmente no computador ou uma combinação entre perceber alguma coisa na minha cabeça e fazê-la no computador. Mas essa é, sem dúvidas, mais satisfatória e prazerosa sensação de frio na barriga.
Confira o vídeo e verá o que quero dizer:
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