Segundo o mestre em psicologia clínica e palestrante do TEX São Paulo, Antônio Veiga, assim como no começo do universo, quando os átomos estavam unidos, mas não unificados, as pessoas por vezes também estão juntas, apesar disso não significar que existe uma relação entre elas. “É o amor entre as pessoas que fazem elas se relacionarem”, diz.
Veiga defende que o sentido da vida é evoluir e que isso significa transformar e transformar-se. “As ciências nos ensinaram muita bobagem. Mas não importa, ninguém é infeliz pelos erros e mentiras da história. Nós somos infelizes porque nos ensinaram a amar errado”, defende.
Para o palestrante a culpa desse mau ensinamento é das religiões, dos pais e dos livros que distorceram os ensinamentos místicos. "Não tem um manual, nem uma bíblia, nem um código sagrado, nem um evangelho, nem nada em que não houvesse distorção do próprio mestre", polemiza.
Veiga defende ainda que as religiões representam hoje mais um jogo de poder do que de amor e que esse sentimento acabou sendo negligenciado. "Nos ensinaram que nós temos que amar ao outro. Não tem como amar ao outro, ninguém ama ao outro. Nós só podemos amar a nós mesmos, não há outro amor", afirma.
Ele explica que, apesar disso, amar sozinho é narcisismo, uma patologia. Por isso a necessidade de repassar o amor para outra pessoa para que ele volte para você, enriquecido com o sentimento que aquela pessoa tem por ela própria.
"O amor é circunferencial", diz. “Nunca o amor de uma pessoa fica na mão do outro. Nunca alguém pode nos trair, nos abandonar, nos rejeitar, só nós mesmos”. Por isso, é preciso fazer do ato de amar uma via de mão dupla. "Toda e qualquer disputa, briga, ofensa, sempre machuca o outro, sempre os dois saem perdendo", diz.
Com isso, todo sentimento retorna a quem o enviou em um efeito bumerangue. "A antropologia filosófica tem um axioma que diz exatamente isso: quanto mais eu saio de mim em direção ao outro mais eu retorno a mim, me encontro e me realizo".
Para cumprir com sua missão na Terra, Veiga defende o amor e o respeito absoluto aos outros seres humanos, bem como à natureza, águas, animais e tudo que existe. "Tudo é importante, mas o sentido da vida é mais importante, o motivo da existência é aprender a amar e ser amado cada vez mais", conclui.
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