quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

GIBRAN : A EDUCAÇÃO E O ENSINO



Então, um dos juízes da cidade acercou-se e disse:
“Fala-nos do Crime e do Castigo.”
É quando vosso espírito vagueia sobre o vento que vós,
sozinhos e desprevenidos, cometeis delitos contra os outros e,
portanto contra vós mesmos.

Nós vivemos falando do sentimento de unidade, de fraternidade, a partir do momento que àquilo que fazemos aos demais , parece que fere mais a nós mesmos do que aos demais. Isto já significa  um pequeno sentimento de fraternidade e de unidade.
Que sentido tem eu ferir alguém e isto doer mais em mim do que  nesta pessoa?
Existem 4 elementos segundo as tradições filosóficas que constitui àquilo que nós chamamos de personalidade: nosso veículo denso no mundo que é: o veículo físico, energético, emocional e mental. Há uma relação muito comum desses 4 elementos com os quatro elementos da Natureza.
Físico= Terra; energético=água; emocional=ar; mental=fogo.
Então quando você diz que venta demais e este vento te distancia do espírito, significa que o teu descontrole emocional faz com que você perca o contato com a tua verdadeira essência. O espírito vagueia em cima desta tormenta do vento. Percebam como é inteligente a relação com esses 4 elementos porque o nosso emocional parece muito com o ar. Suave é uma brisa que beija teu rosto e enfurecido parece um tornado que sai arrancando tudo com pensamentos circulares e as emoções girando e atirando tudo para cima, ou seja, o elemento ar lembra muito as nossas emoções e essas emoções desordenadas fazem com que o espírito se distancie.
Normalmente nos nossos momentos de decisões mais difíceis da vida, perdemos o controle emocional. Platão dizia que isto é coragem: “ manter a lucidez no momento  de limite.”
Segurar as rédeas de si mesmo e não de coisas externas; isto é consequência.
Quando perdemos o controle emocional, ficamos à mercê do medo, do desejo, das paixões...às vezes, do pior, o pânico.
Percebam que, quando existem desastres em espetáculos públicos, as pessoas morrem mais pelo pânico do que propriamente do efeito do desastre. Morrem mais pisoteadas do que queimadas. Nosso descontrole emocional, afasta a lucidez  do espírito, perdemos o contato com o mínimo da nossa identidade.
Uma das questões mais inquietantes para Platão era exatamente a questão da identidade: “quem sou eu”. Só existe  uma maneira da gente saber quem somos nós. A tua identidade consiste no teu ideal, aquilo que você quer ser como ser humano, por isto Platão dizia: “ o teu nome interno, está lá no horizonte” . Por exemplo: quero ser justa, fraterna, íntegra...isto é o meu nome interno, está lá no horizonte.
Suponhamos que hoje eu tive uma ação que não me tornou mais fraterna, logo eu me traí a mim mesma. O que foi tão atraente que te  roubou a ti mesma? Esse descontrole, esse torvelinho emocional faz com que percamos a lucidez. Quando você se distancia de si mesmo, têm ações que são incoerentes com a sua Natureza humana, logo, comete delitos, ainda que eles não se concretizem fisicamente no prejuízo. Só de haver uma intenção concreta disso, você já cometeu um delito, sobretudo contra si mesmo.
Se duas pessoas atiram e só uma acerta e você só pune a que acerta, ou seja, a que gerou efeitos externos, você está punindo a pontaria, e não o crime. Às vezes, as circunstâncias internas te impedem de atirar, mas a intenção dentro está feita, já é um delito no sentido de transgredir as leis de tua própria Natureza humana. Já provoca em você uma violência, que vem de violar, transgredir. Algo em você já foi ferido.

E, para redimir-vos do mal cometido,
devereis bater à  porta dos eleitos
e esperar algum tempo antes de serdes atendidos.

Platão fala constantemente dos laços verdadeiros entre os homens, e Cícero  também tem um livro interessante sobre a amizade que diz: ” os eleitos, ou seja, àqueles que são teus mestres, àqueles que são teus verdadeiros amigos, necessariamente são àqueles que te puxam pra cima, que te ajudam, denunciam a você quando você está se traindo. Ele não quer te agradar. O livro “Plutarco” fala que os aduladores é como carrapato preso à orelha daqueles que amam a glória, ou seja, ele diz aquilo que você quer ouvir e não aquilo que você necessita. Aqueles que você elegeu cuidadosamente para serem teus verdadeiros amigos, teus mestres, teus orientadores. Bate à porta deles porque alguém precisa te ver fora de tuas paixões, alguém precisa te ver fora de tuas alienações e te dizer: “Olha, porque eu te amo, eu digo: você está totalmente errado.” E se você não tem essa pessoa, não desenvolveu um laço profundo, logo é muito difícil você ter aonde se segurar numa situação de insensatez, quando a lucidez se vai. O verdadeiro sentimento consiste naqueles que te dão asas. Há um poema de Adélia Prado que diz:
“Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.
Arrumou pão e café , deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.”
Sentimento é uma das coisas mais raras que a gente tem. Esses eleitos com quem o teu coração se uniu lá em cima, para ser um fator de soma na vida do outro, nessa hora são fundamentais. Se você não tem um laço desse tipo, você está à mercê do tronado das tuas próprias emoções. Então bata à porta dos eleitos antes de fazer alguma insensatez. Aqueles que amam àquilo que você tem de melhor, vão te denunciar para você, antes que você se perca.

Similar ao oceano é vosso Eu divino:
permanece sempre imaculado.
E, como éter, ele sustenta somente os alados.

Só quando a consciência cria asas, ela acessa aquilo que você tem de melhor. Você tem de fazer de tudo o que você aprende na vida,  um estímulo pras asas da tua consciência. Eu vou extrair dessa situação dolorosa, um aprendizado que me torne alguém melhor. Se algo não serve para que minha consciência crie asas e chegue ao seu destino, não serve pra nada. É vida perdida. É um desperdício jogarmos vida fora. Todos os fatos têm de nos dar uma mensagem, um recado. Temos de extrair daí a gota sagrada que nos permita alimentar as nossas asas e voarmos cada vez mais alto. Só chega neste local, que é a tua essência, quando a consciência levanta voo. Quantas vezes a nossa consciência tem levantado voo? Quanto temos treinado esse voo livre na nossa consciência, através das coisas? Pois estas coisas todas vão passar, são perecíveis. O sentido real delas é nos ensinarem a voar. E se nós não extrairmos isto dela, ela não nos serve para nada.

E similar também ao Sol
é vosso Eu divino:
desconhece os caminhos das tocas
e evita o covil das serpentes.

O nosso Eu divino tem vocação solar, luminosa, vertical, transmutadora.  Se a nossa consciência desce pras sombras, não vai nos encontrar aí. Ali irá encontrar todo tipo de alienação, de manipulação e de mutilação, inclusive. Quando a nossa consciência desce aos buracos escuros das paixões, dos desejos, dos rancores..nós não vamos nos encontrar ali. Podemos encontrar de tudo, menos a nós mesmos. Nosso Eu divino tem vocação solar. Nossa consciência tem de criar asas através das experiências, pra isto viemos. Nisto consiste em última instância, a vida.

Mas vosso Eu divino não habita sozinho o vosso Ser.
Em vós, muito é ainda do homem,
 e muito não é ainda do homem,
mas apenas de um pigmeu disforme que vagueia,
sonâmbulo, nas brumas,
à procura do seu próprio despertar.
É do homem em vós
que quero agora falar.
Porque é ele, e não vosso Eu divino
Ou o pigmeu que vagueia nas brumas
Que conhece o crime e o castigo do crime.

O Ensino é como uma escada, ascensão da consciência humana. Do ponto de vista clássico, ninguém passa por um processo de educação sem sair maior como ser humana, se isto não acontecer,  você foi adestrado e informado. O verdadeiro ensino faz com que a consciência se eleve para outros degraus. A educação tem de estar associada à  formação para termos maior consciência de quem somos e maior domínio sobre nós mesmos. Conhece-te a ti mesmo, porque se não, podemos estar colocando armas num inimigo interno que vai se fortalecer às custas desta informação e depois fica mais difícil de virar o jogo.

Então um professor disse:
Fala-nos do ensino.
E ele respondeu:
Ninguém vos poderá revelar nada
que já não esteja meio adormecido
na aurora de vosso conhecimento

A palavra professor de acordo com a etimologia vem de “professar”, profissão de fé; não é simplesmente uma pessoa informada. Alguém que acredita nitidamente naquilo que está se propondo a ensinar, no valor daquilo.  “Profatere” vem de declarar algo no qual você se empenha e confia. É alguém que pratica, vive e acredita naquilo que diz. Quem se propõe a ensinar algo, está vendo neste alguém um elemento adormecido e que este busca trazer à tona. Um mestre vê em você àquilo que você pode chegar a ser, mas do que aquilo que você é agora. Ele irá trabalhar para que você também se veja assim. É uma visão. Agora, para que ele veja isto, ele tem de ter trazido isto à tona em si. Ele só pode ver em você àquilo que ele tem em si, se ele não tivesse, não veria.

Platão vai dizer através do seu personagem Sócrates que “ a educação educa mais pelo que tira do que pelo que dá”. Todo ser humano, por ser humano,  tem dentro de si a capacidade de a desenvolver: valores, virtudes e sabedoria. Quando isto começa a tencionar para aflorar, uma pessoa que tem a alma mais madura,  observará esta inquietude em nós, pois vai tirando as alienações, as inércias, os vícios de visão,  costumes e vai começando a trazer à tona aquilo que você tem. Mas você tem de fazer um trabalho de trazer isto próximo da superfície. Não podemos trazer à luz algo que não está gestando dentro de nós. Sócrates dizia: “Minha mãe era parteira de corpos, eu sou parteiro de almas” . Isto é um educador: um parteiro de almas. Ajuda a trazer à luz àquilo que está ali querendo aflorar.
A condição humana presume que você tem dentro de si certos germes; tem dentro de si características para considerar que o ser é humano. Quando um antropólogo acha uma ossada, ou um fragmento de osso e quando faz um exame de DNA, percebe-se que aquele fragmento pertenceu a um ser humano, porque existe uma assinatura biológica que diz” esta célula foi feita por um corpo humano”. Mas existe uma assinatura psicológica e espiritual também. Da mesma maneira que uma planta tem dentro dela clorofila esperando para aflorar, o potencial de fazer a fotossíntese, o ser humano tem o potencial de ter: valores, virtudes e sabedoria por definição dentro de si. Esperando o momento certo para aflorar. O que um educador faz é justamente ser um parteiro de almas que puxa isto à tona. É neste momento que a gente começa a ter identidade, individualidade.
Quando o instinto domina, massifica. Quando começa a aflorar o mistério que está dentro de você, começa a ser diferenciado.

O mestre que caminha à sombra do templo,
entre os seus discípulos,
não dá de sua sabedoria,
mas sim de sua fé e de seu amor.

Sabedoria significa o que ele sofreu. O socro-ofício que fez. O preço que foi capaz de pagar. A capacidade de enxergar as provas como ferramentas de crescimento...Não tem como ser dado de graça. Quem disser que vai fazer você evoluir passivamente, está mentindo, te enganando..Não há sabedoria sem mérito. O máximo que um mestre pode fazer é mostrar um caminho, mas ele acrescenta dois componentes muito importante que é um amor profundo de considerar todos os seus aprendizes como seus filhos e a fé, exatamente esta confiança de olhar para você e dizer: “ Você acha que não pode, mas eu sei que pode”.

Se ele for realmente sábio
não vos convidará
a entrar na mansão de sua sabedoria,
mas antes, vos conduzirá
ao limiar do vosso próprio Espírito.

Quem tem de atravessar esse limear é você. O mestre não vai abrir as portas da sabedoria dele e dizer: desfrutem...não dá!!! Imagine que você tenha uma experiência profunda onde perceba que amadureceu, aprendeu algo. Então chega uma pessoa imatura e você pede para que ela veja o mundo  do jeito que você está vendo, sem ter vivido nada do que você viveu e sem estar preparada para viver esta experiência.. Ela vai tomar como uma experiência qualquer.. bizarra e particular sua. Vai relativizar e não vai valorizar. Se existe um vínculo de confiança, você pode conduzir essa pessoa com segurança para que ela viva o que você viveu, com menos dor e com menos risco. E apropria através da sua própria experiência com menor risco àquilo que você mesmo já viveu. Mas você não tem como poupar as pessoas da experiência. Ninguém evolui rebocado. Como diz a tradição chinesa : ” o jantar não é grátis” , ou seja, a que caminhar. A gente conduz até o limiar e diz: VAI!  Ninguém evolui por mérito de terceiro.

O astrônomo poderá falar-vos
do seu entendimento do espaço
mas não vos pode dar o seu entendimento.

Segundo Platão, para qualquer profissão, a pessoa para ser um bom profissional, deve antes de tudo ser um filósofo. Saber retirar de cada elemento do seu trabalho, uma lição.
Um astrônomo, um verdadeiro astrônomo (que é também um filósofo). Quando ele olha para o Cosmos, ele vai ver que tudo aquilo que existe no Universo, existe dentro de você .  Você é um microcosmo.  Através da apreciação de uma estrela, ele vai aprender detectar sonhos; através da grandeza do Cosmos, ele vai aprender a detectar a grandeza do espirito. Através da inteligência e organização do Universo, ele vai aprender a inteligência e organização  do Universo que existe dentro do Universo do próprio homem, da psique humana. Ou seja, em todos os elementos que estão fora, ele vai fazer uma relação e vai sair conhecendo melhor a si próprio, pois também somos um Universo. Esse olhar para fora e ver a si próprio; relacionar esses dois universos, você vai ter de encontrar essas relações e vivê-las e saber como funciona.

O músico pode cantar para vós
o ritmo que existe em todo Universo,
mas não vos poderá dar o ouvido
que capta a melodia,
ou a voz que dela faz eco.

Um músico ele percebe a harmonia na música e reconhece essa harmonia no mundo. Assim como percebe a dissonância, desafinação quando as coisas foram desarmonizadas por algum elemento que está fora do lugar. Ele usa a música como ferramenta de assimilação  e percepção da harmonia e desarmonia; esta é uma ferramenta a serviço da justiça: que consiste em exatamente colocar cada coisa no seu lugar. Se você através da música vê isto, ela te faz ser muito maior.



E aquele que é versado na ciência dos números,
pode falar-vos do mundo dos pesos e das medidas,

mas não poderá levar-vos até lá,
pois a visão de um homem
não empresta as suas asas a outro homem.

Na Academia de Platão tinha escrito: “ Aqui não entra quem não souber geometria.” Pitágoras dizia: “Através da geometria eu toco o rosto de Deus.” São formas eternas que estão manifestadas no Tempo. Algum dia deixará de existir o triângulo? A circunferência? Quando você toca essas formas, você está tocando uma face da eternidade. Elas sempre estarão aqui. Elas são ideias da mente divina. Dizem que Tales de Mileto encontrou matemáticos discutindo na rua. Então ele chegou para eles e falou:
“ O que vocês estão discutindo?” Então eles responderam: “ “Nós estamos discutindo como definir a linha reta. “ Então ele comentou: “ vocês acham que vocês irão entender o que é a a linha reta , sem compreenderem o que é retidão? Se você não compreende o que é retidão, que é a linha reta manifestada no teu caráter. Não entende o mistério que está dentro dela. Então o que você vai fazer? Vai ser um medidor, um contador, mas não um verdadeiro matemático.” Vê através dos números a essência do Universo.

E assim como cada um de nós
se mantém isolado na Consciência de Deus,
assim cada um de vós deve ter sua própria compreensão de Deus
e sua própria interpretação das coisas da Terra.

Imagine o Universo como se fosse um grande quebra-cabeça. É o que todos os filósofos clássicos diziam: “ quando você junta todas as peças, você tem a unidade, que é o próprio divino; é o mistério do Universo”.
A tua visão do Universo de Deus é um pedaço do quebra-cabeça e se não for conquistado, a humanidade vai ficar sem o pedaço. Vai ter algo que ela não vai ver. Marco Aurélio dizia: “ a morte de um único ser humano me empobrece. É um universo ímpar e irrepetível com o qual eu deixei de travar contato.”
A identidade mais profunda de cada um de nós, é um pedaço do Universo  que a gente veio pra ver.  Um pedaço de Deus. Um pedaço do corpo de Osíris, como dizia os egípcios, que a gente veio encontrar.
Se a gente não chega a conquistar isso; um pedaço do corpo de Osíris vai ficar faltando. E nós vamos ter que num determinado  momento, cumprir o nosso papel, dizer para que viemos.  A nossa identidade mais profunda consiste naquele ângulo que só nós podemos acrescentar e que não se opõe aos demais; se complementa.  Eu enriqueço a humanidade quando eu aporto com o meu pedaço. Quando eu realizo o meu mistério, quando eu trago à tona aquela palavra sagrada que só eu posso pronunciar.
Frase budista : ”Mais do que mil palavras sem sentido, vale uma palavra que trás consolo a quem a ouve.”
Um pouco do mistério da vida, um pouco da essência da humanidade está conosco. Nós viemos ao mundo para revelar isto e se não fazemos,; sobrevivemos. Não vivemos. Não cumprimos nossa missão. Viemos ao mundo pra isto. Lembrem da história do guerreiro grego Fidípides, da batalha de Maratona. Ele tinha de correr vários quilômetros para contar a cidade de Atenas que havia vencido os Persas, porque senão, a cidade de Atenas seria queimada e destruída para que os Persas não a profanassem. Ele tinha muito pouco tempo para chegar em Atenas. Então ele vai correndo...correndo...quando chega lá exausto, disse uma só palavra: “VENCEMOS” e morreu. Mas ele disse a sua palavra. Se nós sairmos do mundo sem pronunciarmos a nossa palavra, muitas Atenas serão destruídas. Muitas coisas irão se perder, se nós tombarmos sem comunicarmos a nossa palavra.
E o que é um professor? Um educador? É aquele que vê dentro de cada um a possibilidade dessa palavra. \que ajuda como um parteiro, para que essa palavra flore em você. Um professor nem sempre é brando, nem sempre é suave... Ele sempre trabalha à favor do que você é, em detrimento das tuas debilidades. Platão falava que às vezes, um mestre é alguém que está olhando dentro de um cárcere. Ele tem de bater no carcereiro para libertar o prisioneiro.
Às vezes um mestre, um verdadeiro educador pode ser duro, pois naquele momento ele vê que não está falando com você. Está falando com uma casca massificada que tende para sua zona de conforto. Ele quer trazer à tona o prisioneiro. O que de mais belo, mais profundo e mais humano que você tem. Ele sempre acredita no ser humano. O verdadeiro instrutor acredita  no ministério que cada ser humano trás ao mundo e ajuda  para que este mistério se revele; para que a vida tenha sentido, para que não vivamos em vão.

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