É um livro para ser debatido e refletido em todas as instâncias.
A obra, lançada no início de outubro de 2017 , trata de questões políticas e econômicas e tenta mostrar que a corrupção não é o principal problema do país. "A nossa elite é a do saque da rapina. Vendem nosso petróleo, nossa água. O problema do Brasil é a elite econômica dele", disse.
"Na sociedade moderna, a fonte do poder real está no mercado. O mercado tem a ver com o controle sobre preços, juros e etc. Conversei com os melhores especialistas sobre divida pública. A dívida pública é onde está a corrupção. As pessoas acham que a dívida pública do Brasil é muito grande e quem fica com dinheiro da dívida são os bancos. Ninguém fala disso", acrescentou.
O escritor classificou o funcionamento da sociedade como "complexo" e disse ainda que a Operação Lava Jato "vai dar em nada". "Os ricos não pagam impostos. O mercado brasileiro comprou a imprensa, comprou a política. Aposto com quem quiser que a Lava Jato não vai dar em nada. Ela nasceu para derrubar o PT, para derrubar um governo legitimamente eleito. O sistema político entre nós foi montado para ser corrupto. Todos os partidos são comprados em alguma medida", concluiu.
Em uma entrevista, perguntaram se ele via saída para essa tendência autoritária da sociedade brasileira. Eis abaixo a resposta do professor Jessé:
"Não tem nenhum outro modo, os seres humanos precisam ter ideias, sem ideias não dá para ir a lugar algum. É claro que isso tudo pode ficar ainda pior, a gente pode chegar a formas fascistas, mas o que a elite quer é dinheiro, se for por uma ditadura militar, se for matando gente, não tem nenhuma importância. Fato é que nesse instante de crise estamos com as vísceras à mostra e isso é uma oportunidade de vermos a podridão desse esquema que foi montado por essa elite usando e imbecilizando não só a classe média, e retirando a possibilidade de levarmos a vida de modo reflexivo. O que esse pessoal nos tirou foi a possibilidade de aprendizado da sociedade brasileira baseado na reflexão. E isso é impagável."
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