Como estamos vivendo
momentos muito delicados, resolvi postar a cinebiografia de Zuzu Angel dirigida
por Sérgio Rezende que conta um pouco a época da ditadura militar no Brasil
Para quem não tem memória, ou para quem não estudou história, pois muitos fatos
da nossa História do Brasil não constam nos livros didáticos, só para relembrar,
o Brasil passou por dois regimes ditatoriais, o
primeiro na Era Vargas (
1930 -1945),
tendo como período mais autoritário o Estado Novo. Em 1964 um golpe de Estado acaba por impelir uma nova
ditadura no Brasil, essa de caráter militar, que perduraria por
longos 21 anos, marcada pela censura, inexistência de direitos
democrático, repressão e perseguição.
Voltando ao filme, Zuzu Angel é um filme forte e, ao mesmo tempo, delicado, pois fala do direito à liberdade e, principalmente, dos bastidores da ditadura militar. A cinebiografia não retrata o momento de sucesso da vida da estilista, e sim a luta desta pelo corpo de seu filho - sendo, posteriormente, declarado como desaparecido político.
Voltando ao filme, Zuzu Angel é um filme forte e, ao mesmo tempo, delicado, pois fala do direito à liberdade e, principalmente, dos bastidores da ditadura militar. A cinebiografia não retrata o momento de sucesso da vida da estilista, e sim a luta desta pelo corpo de seu filho - sendo, posteriormente, declarado como desaparecido político.
Há uma parte do
filme em que ela se apresenta; “ Me chamo Zuzu Angel, nasci em Corvelo, MG. Fui
casada com um americano Norman Angel Jones, com quem tive 3 filhos. Quando eu
me separei, já morando no RJ, sustentei minha família costurando para fora.”
Nesta época, uma
mulher separada era considerada uma “vagabunda”, a sociedade acusava-a por não
conseguir manter o casamento; por outro lado, foi a primeira estilista
brasileira a exportar a nossa moda, usando elementos tipicamente nosso, como a
chita, concha...
Seu filho mais velho, Stuart Jones, então estudante de economia, passou
a se integrar as organizações
clandestinas que combatiam a ditadura militar.
Depois que o filho ficou um tempo distante da mãe, ela, por um
telefonema, ficou sabendo que ele estava preso em um dos quartéis do Rio de
Janeiro. A partir deste telefonema começou uma batalha, para encontrar seu
filho. Enfrentou várias situações com muita coragem, inclusive enfrentando
altos comandantes do exército.
Por meio de uma
carta anônima, Zuzu foi informada que seu filho havia sido sequestrado,
torturado e morto pelos órgãos de repressão.
Zuzu morreu em 1976, no que a
ditadura classificou como um acidente automobilístico na saída do túnel Dois
Irmãos, em São Conrado (RJ); mas, em 1998, a Comissão Especial Sobre Mortos e
Desaparecidos Políticos julgou o caso e reconheceu o regime militar como
responsável pela morte da estilista. Segundo depoimentos, ela teria sido jogada
para fora da pista por um carro pilotado por agentes da repressão. Hoje, o
túnel é chamado Zuzu Angel
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