No Oriente não teve
poeta que exprimisse melhor a delicadeza mística de sua alma. Gibran é um
desses mestres da sabedoria que ensinam a arte de viver pela conquista da paz
interior nutrida na contemplação da beleza.
O seu convívio
intelectual apazigua as dúvidas do coração, alimenta a fé na superioridade
espiritual do homem, num estilo ao mesmo tempo cheio de vida e simplicidade,
cuja fonte é a natureza em suas inspirações mais límpidas e amáveis.
UM LIVRO QUE INSPIRA E
RECONFORTA NUMA ÉPOCA DE PERPLEXIDADE.
Poucos livros têm
alcançado o sucesso de “ O PROFETA”.
Em 1923, ano de seu
lançamento em Nova Iorque, venderam-se dele 1.100 exemplares. E o editor,
Alfred A Knopf, considerou esgotadas as possibilidades de um livro estranhamente
místico no ambiente pragmático e mecanizado dos EUA.
Mas, para surpresa sua,
as vendas começaram a aumentar. Alcançaram 8.500 exemplares em 1926; 12.000 em
1936; 13.000 em 1937; 60.000 em 1944. Em 1957, já haviam sido vendidos um
milhão de exemplares; em 1965, dois milhões; em 1972, quatro milhões. E o
gráfico continua a subir. Atualmente, dele se vendem somente nos EUA, meio
milhão de exemplares por ano, ou quase 2.000 exemplares por dia. No Brasil é um
best-seller permanente, como a Bíblia, tendo edições sucessivas de 50 a 100.000
exemplares. Quem o descobre sente alegria em revelá-lo aos amigos. Milhares de
celebridades no mundo todo, como a ex-rainha da Grécia e a mulher de Gerald
Ford, adotaram-no como livro de cabeceira.
Como explicar tal fenômeno?
A primeira prende-se aos
próprios temas nele tratados e à moldura na qual são tratados. Os temas
são básicos da vida humana: o amor, o casamento, a liberdade, a religião, o
comer e o beber, a amizade, os filhos, o trabalho, a morte e outros assuntos
análogos. A moldura é o vasto e livre espaço da natureza. As parábolas de Al-
Mustafa fazem surgir diante de nós os campos, as flores, a abelha, o córrego, o
trovão e também o lenhador, o semeador, o pastor e os trabalhos primitivos pelos
quais o homem tirava sua substância da natureza sem a intervenção da máquina.
E esse retorno simultâneo à natureza e aos temas mais singelos
da existência, seduziu o leitor moderno, prisioneiro de mil artifícios e cheio
de nostalgia por outros tempos e uma outra vida.
O segundo segredo está
no encontro da originalidade e beleza do pensamento com a originalidade e
beleza do estilo.
Gibran descobre, mesmo nesses assuntos eternos, aparentemente
esgotados, aspectos novos e sugestivos e descreve-os num estilo quase único nas
literaturas contemporâneas.
Iremos a cada mês
dialogar com os temas através das palestras da professora Lúcia Helena. Este
mês iremos falar sobre o AMOR!!!! Destacarei algumas reflexões feitas da
professora Lúcia, pois esta destaca cada frase e contextualiza.
" Gibran vai falar
de AMOR que, primeiro se eleva no plano espiritual( o homem tem de elevar a sua
capacidade de amar) e depois desce para o plano material (depois cria vínculos
mais profundos com os demais). Se ele cria relações horizontais com as pessoas,
essas relações são superficiais."
Então, Almitra disse: “ fala-nos do Amor”.
E ele ergueu a cabeça e olhou para o povo, e o silêncio caiu sobre eles. E em voz poderosa, , ele disse:
E ele ergueu a cabeça e olhou para o povo, e o silêncio caiu sobre eles. E em voz poderosa, , ele disse:
"Imagina todas as
vozes dentro de você se colocarem para ouvir esse momento de consciência
profunda. Isto no geral acontece?
Nós temos uma estrutura
mais densa, mais concreta que as tradições chamam de personalidade e que ela
tem uma característica:" nada no mundo cala sua boca", a menos que
seja muito bem educada. O corpo físico sempre está gerando apelos. Se não
estiver com calor, está com frio; em alguns momentos com fome...está
constantemente gerando ruídos.
Imagine que você quer
ter reflexões mais profundas sobre o sentido da vida; será que essas vozes
calam a boca para você poder ouvi-las? Não calam. Quando essa gota de reflexão
cai no meio desse monte de ruído, você não identifica, então passamos a vida
inteira na superficialidade. Não nos ensinaram a ter auto-controle; a vida nos
ensinou mais ou menos, a controlar o corpo físico; o resto, nada mais."
“Quando o amor vos
chamar, segui-o,
Embora os seus caminhos sejam árduos e íngremes.
Embora os seus caminhos sejam árduos e íngremes.
"Amar significa ser
cada vez mais humano. Platão tem uma frase muito famosa que diz: " a
melhor coisa que você pode fazer pelas pessoas que ama, é crescer como ser
humano, porque só assim você pode garantir alguma coisa a elas. "
Crescer é vertical, é
íngreme, exige esforço, é árduo; algumas coisas têm de ser deixadas para trás.
O amor é resultado da derrota de certas temeridades, de certos defeitos e uma
conquista de territórios novos; de capacidade de fraternidade, de compreensão,
de profundidade. Amor e guerra andam juntos. Temos de ser vitoriosos para nos
elevarmos a um novo patamar de fraternidade, de entrega que te permita amar
cada vez mais verdadeiramente; então algumas coisas vão ficando para trás. O
verdadeiro amor te constrói.
E quando as suas asas
vos envolverem, abraçai-o,
Embora a espada oculta sob as suas asas vos possa ferir.
Embora a espada oculta sob as suas asas vos possa ferir.
O amor vai lapidar você;
vai deixar você cada vez mais leve. Quando ele te convidar para este voo
ascensional, você tem de estar mais leve para poder voar com ele.É como se você
imaginasse que está subindo uma montanha e tem uma mochila bem pesada nas
costas, então eu digo para você: " deixa esse travesseiro, essa roupa...e
você responde: "não, sem isto eu não subo, porque isto aqui foi fulano
quem me deu e eu não abro mão disso."
Então quando você subir
a montanha e ver o ar mais rarefeito, você vai perceber que não precisa de
determinadas coisas que estão na mochila, pois para continuar subindo, você tem
de estar mais leve. Então você vai esvaziando a mochila, quando vai tomando
gosto pela subida. Amor é mais ou menos isso: para você ser mais elevado, tem
de ser mais puro, algumas coisas têm de ficar para trás."
E quando ele falar
convosco, acreditai nele,
Embora a sua voz possa abalar os vossos sonhos como o vento do norte devasta o jardim.
Embora a sua voz possa abalar os vossos sonhos como o vento do norte devasta o jardim.
"O amor vai fazer com que vente tudo o que é artificial.
Aquilo que não é você, vai ao chão. Porque ele quer você, ele não quer suas
fantasias, suas máscaras. Às vezes é muito duro, você ter de constatar o que
realmente você é. Isto é a etimologia da palavra inteligência. Intelegere (
escolher dentre); escolher dentre as coisas o que não são àquilo que é,
sobretudo, escolher aquilo que você não é; aquilo que é realmente você.
Achar-se no meio das máscaras, encontrar você mesmo.
A tradição budista diz: "uma gota do verdadeiro amor
justifica uma existência humana. É um laço tão profundo entre os seres humanos
que é como se fosse a recuperação da unidade na multiplicidade.
A maior parte das coisas que a gente tem são emoções, são laços
muito tênue. O verdadeiro amor, segundo Platão, ou é eterno, ou não é amor.
Eu sempre tenho de saber aonde eu estou e aonde eu quero chegar.
pois mesmo quando o amor vos coroa, ele vos
crucifica . Mesmo sendo para o vosso crescimento, ele também vos poda.
"Ele vos coroa, ele vos eleva ao ponto mais alto que a sua
consciência já atingiu; faz você amar cada vez mais de maneira mais profunda,
mais verdadeira. Mas ele vos crucifica por quê? Porque você está acostumado com
uma dimensão horizontal. Uma relação horizontal, tudo o que você faz está
esperando uma contra - partida. É um toma lá, dá cá. Platão dizia que isto é um
nível medíocre de ligação emocional, não é o verdadeiro amor.
O verdadeiro amor é vertical; é de mão única. Ele não espera
outra coisa que não o bem do ser amado. ele é uma ascensão íngreme.
Como é que se produz bons vinhos?
Eles pegam um pezinho da videira e saem cortando todos os galhos
inferiores e só deixam aqueles que culminam lá em cima para poder concentrar
toda potência da planta; e nesta viagem que a seiva faz, ela vai se depurando.
Os países que não têm bons vinhos não querem desperdiçar os galhos que estão
nas partes inferior.
O amor também faz isto: ele poda tudo que é inferior para que
você se eleve no que tem de mais nobre.
Os alquimistas diziam que o amor não é uma bebida humana, é um
néctar dos deuses, logo, você não tem de fabricar o amor, você tem de fabricar
a taça."
Mesmo quando ele sobe até
vós e acaricia os vossos mais tenros ramos, que tremem ao sol, ele também desce
até vossas raízes e abala a vossa ligação com a terra.
Vcs acham dramática a situação da árvore, não? porque a vida
está puxando ela para cima e as raízes grudando elas no chão.
O AMOR vai questionar essas raízes: em que você se baseia para
interagir com o mundo? Ele não vai te aceitar na viagem dele se você tem
posturas eminentemente egoísta, de projeção da sua personalidade, de ganhar
sobre e não, ganhar com.
Se você busca apenas uma realização pessoal e não ser fator de
soma na vida do outro; ele não vai aceitar esse tipo de raíz, ele vai
questionar as tuas bases. Ele é exigente com as pessoas que alçam voo na viagem
dele.
Ele exige que o homem se reconstrua nas suas bases. Não é fácil
amar. Exige uma base moral de maturidade humana muito sólida, então ele vai
questionar todas as tuas raízes, a interface que você faz com o mundo. A
postura que você tem diante da vida, de si mesmo e dos demais; os princípios
nos quais você norteia sua vida.
Uma coisa que o AMOR exige é que você se reconstrua em outras
bases, é quase como um renascimento( em outras bases) em outro patamar, como
uma escada. Nascer em outro patamar.
Como feixes de trigo, ele
vos junta a si próprio.
Ele vos ceifa para desnudar-vos.
Ele vos peneira para vos libertar das impurezas .
Ele vos mói até ficardes brancos.
Ele vos amassa até vos tornardes moldáveis.
Ele vos ceifa para desnudar-vos.
Ele vos peneira para vos libertar das impurezas .
Ele vos mói até ficardes brancos.
Ele vos amassa até vos tornardes moldáveis.
e depois, entrega-vos ao seu fogo sagrado, para que vos torneis pão
sagrado para a sagrada festa de Deus .
A primeira coisa que o
Amor exige é unidade, é superação da heresia da separatividade, que é o
egoísmo. É não buscarmos a unidade como finalidade de vida. O amor é um ser
divino.
vai tirar todas as suas
máscaras, vai deixar puro, vai tirar tudo que não é você. Vai exigir de você
uma flexibilidade, para se reconstruir em outra forma, não ter apego àquela
forma que a gente costuma ver no espelho.
Nossos hábitos, nossos
vícios, nossa forma de interagir com a vida. Você tem de estar disposto para
reconstruir a si próprio, ser o arquiteto do seu próprio destino. Tem uma
passagem do "Livro dos Mortos Egípcios" que diz: "Oh,
discípulos! Teu nome interno está no horizonte." Teu nome interno está na
tua meta, lá no alto. Aquilo é você: teus sonhos mais ousados, mais nobres,
isto é você.
Evoluir é crescer nesta
direção, retirando as cascas e tudo aquilo que te impede de ir nesta direção. A
grande obra do homem é a construção do próprio homem.
Sagrado significa a
função de dar sentido; quando cada coisa encontra sua identidade dentro do
todo, encaixa feito um quebra-cabeça e aí é como se fosse uma grande festa de
Deus.
Cada coisa desempenha um papel que ele corresponde.
As plantas quando
florescem na primavera, são sagradas, fazem exatamente o que a Natureza
espera de uam planta; os animais quando buscam sobreviver, procriar, são
sagrados(eles fazem exatamente o que se espera de um animal); o Sol quando
nasce e quando se põe.
O homem quando se torna humano, ele também é sagrado como uma
flor que desabrocha na primavera e o Sol que nasce e se põe. É um ser que
encontrou o seu lugar dentro da festa sagrada de Deus. Quando você encontra sua
identidade, tudo se encaixa, que é o grande quebra-cabeça de Deus: a unidade.
Tudo se harmoniza.
O ser com grande perigo de extinção é o SER HUMANO.
Todas essas coisas vos
fará o amor até que conheçais os segredos do vosso coração e , com esse
conhecimento, vos torneis um fragmento do coração da Vida.
Há uma história indiana que compara a evolução do ser humano com
uma pérola de um colar. imagine que seja um colar de acrílico e um fio de nylon
passando no meio. Vocês conseguem imaginar cada uma dessas pedrinhas como se
fosse um ser consciente e inteligente para imaginar a história dela?
Imagine como começa a história da perolazinha...
A princípio ela só olha para fora, para sua superfície e fica
competindo com as outras: "olha como eu sou a mais brilhante e redondinha
deste colar!" Em determinado momento, ela esgota, ela acha cansativo e
passa a ter necessidade de se conhecer mais profundamente. Mas a consciência
dela , só está acostumada a reconhecer aquilo que ela é, superficialmente, ou
seja, o acrílico.
Quando ela olha para dentro, o que passa lá dentro não é
acrílico, então ela não vê nada. Ela se sente vazia, sente aquele vazio interior,
angústia e começa a buscar. Um dia, depois de tanto buscar, ela vai depurar a
vista por querer ver; ela vai acabar vendo e vai reconhecer aquele pedacinho de
nylon que passa dentro dela.
Ela vai dizer: "encontrei minha essência! Isto é minha
essência. É isto que eu sou." E vai perceber que todas as pérolas
têm. Vivem em função da aparência, mas têm uma essência que precisa encontrar e
vai se sentir muito realizada com isto, mas isto não é o fim da história. O fim
da história é quando ela descobrir que aquele pedacinho de fio que passa por
todas as pérolas é um só.
A essência dos seres é UNA.
É aí que o AMOR quer te levar: para que você perceba a tua
essência e perceba a unidade.
Você acha que a partir do momento que você percebe a tua
essência, você vai ter espaço para violência, separatividade? Isto é resultado
da ignorância e do egoísmo. O AMOR te leva à tua essência para depois fazer com
que você revele ao mundo a BOA NOVA.
Mas, se por medo,
procurardes só a paz do amor e o prazer do amor , então é melhor
que oculteis a vossa nudez e vos afasteis do amor ,para mundo sem
estações, onde rireis , mas não com todo o vosso riso, e chorareis, mas não com
todas as vossas lágrimas.
Você quer um amor como entretenimento e não como
aperfeiçoamento. O amor tem como eixo a construção do teu próprio coração. A
construção de você como ser humano.
O amor só se dá a si e
não tira nada senão de si. O amor não possui, nem é possuído; pois o amor é
suficiente ao amor.
O amor só precisa do bem do ser amado. Ele só precisa da
certeza de que está amando. Ele não precisa de contrapartida. Se precisa de
contrapartida, é um investimento, está impregnado de egoísmo. Ele se realiza em
oferecer, em jorrar.. se bebem, ou se não bebem.. Eu abri a porta..Quantos
passaram por ela? Não importa. Importa que eu cumpri o meu papel.
Quando amardes ,não
deveis dizer “Deus está em meu coração”, mas antes, “Eu estou no coração
de Deus”.
E não penseis que podeis
alterar o rumo do amor, pois o amor, se vos achar dignos, dirigirá o vosso
curso.
Tem um pensador romano chamado Cícero que diz o seguinte:
"Se amas e te tornas mais nobre, mais altruísta, mais bondoso, mais
voltado para a dor da humanidade, realmente amas; se amas e te tornas mais
egoísta, mais isolado, mais voltado apenas para os teus interesses, não amas e
nem ama a ninguém que assim o faça. O amor tem uma direção única: tornar mais
humano. "Pelas vossas obras, vos conhecereis."
O amor não tem outro
desejo que o de se preencher a si próprio.
Mas se amardes e precisais ter desejos, que sejam esses os vossos desejos:
Mas se amardes e precisais ter desejos, que sejam esses os vossos desejos:
O amor não tem outro desejo que é preencher aquela parte que
falta para sermos um ser humano de verdade. Fazer com que você sacralize sua
vida e ocupe o seu lugar no universo humano. faça aquilo que a Natureza espera
de você. O amor não tem outro desejo, que não ser amor com A maiúsculo. Ele não
exige nada fora. Tudo o que ele quer está nele mesmo. Tudo mais será dado por
acréscimo.
Fundir-se e ser como um
regato que corre e canta a sua melodia para a noite.
Conhecer a dor do carinho demasiado.
Ser ferido pela vossa própria compreensão do amor.
E sangrar por vossa própria vontade, com alegria.
Conhecer a dor do carinho demasiado.
Ser ferido pela vossa própria compreensão do amor.
E sangrar por vossa própria vontade, com alegria.
Os regatos, os rios correm para o mar. Todos os seres
diferenciados correm para unidade, como a gota d'água corre para o oceano. Os
riachos são felizes correndo para o mar. E o homem correndo para a sua
sabedoria: valores, virtudes.. A maior felicidade dos seres humanos está em
serem para aquilo que foram criados. Gibran, um dia disse para Mary: "Eu
pedi emprestado o coração de Deus para te continuar amando".
Acordar ao amanhecer
,com um coração alado e dar graças por mais um dia de amor;
Descansar ao meio-dia e meditar sobre do êxtase do amor;
Regressar a casa à noite com gratidão;
E depois, adormecer com uma prece ao bem amado em vosso coração, e um cântico de louvor em vossos lábios.”
Descansar ao meio-dia e meditar sobre do êxtase do amor;
Regressar a casa à noite com gratidão;
E depois, adormecer com uma prece ao bem amado em vosso coração, e um cântico de louvor em vossos lábios.”
É a sacralização da vida,
sacralização do tempo. Sagrado é a função de dar sentido. Segundo Sri Ran
"Você deve perder todos os dias o seu coração e passar todos os dias em
busca do seu coração e ao fazê-lo, você descobrirá que o teu coração, é o coração
de todas as coisas"; ou seja, fazer do teu dia as coisas que você tem de
fazer, isto é um meio; o fim é: encontrar o teu coração nas coisas, ele está em
todos os lugares
Sou encantada por Gibran e pela Professora Lúcia Helena
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