Osho (1931-1990) foi um professor de filosofia e mestre na arte da meditação. Fundou um movimento espiritual com características de uma nova religião, com a busca pelo divino, rituais, doutrinas e até escrituras. Publicou mais de 600 livros.
Osho nasceu em Raisen District, Índia, no dia 11 de dezembro de 1931. Formado em filosofia, dava aulas na Universidade de Jabalpur e conquistou seus primeiros discípulos. Em 1962 abriu um centro de meditação e iniciou um ciclo de palestras ao redor da Índia. Em 1964, suas palavras foram publicadas no livro “O Caminho Perfeito”.
A partir de 1966 Osho dedicou-se exclusivamente à vocação de guru e passou a organizar acampamentos de meditação na zona rural do país. Em 1971 mudou seu nome de “Chandra Mohau Jain” para “Bhagawa Shree Rajneesh” ou Rajneesh “o senhor abençoado”. No fim dos anos 70, seu acampamento recebia cerca de cem mil pessoas por ano.
A
maioria de nós vive no mundo do tempo em memória do passado e na antecipação do
futuro. Apenas raramente tocamos a dimensão atemporal do presente - em momentos
de repentina beleza ou perigo, no encontro com uma pessoa amada ou com as
surpresas do imprevisto. Muito poucas pessoas saem do mundo do tempo e da
mente, de suas ambições e competições, e começam a viver no mundo do atemporal.
E dos que assim o fazem, somente alguns tentam compartilhar suas experiências.
Lao Tzu, Gautama Buda, Bodhidharma... ou mais recentemente, George Gurdjieff,
Ramana Maharshi, J. krishnamurti... Eles são considerados pelos seus
contemporâneos como excêntricos ou loucos; após suas mortes são chamados de
"filósofos". E com o tempo eles se tornam lendas - não seres humanos
de carne e osso, mas talvez representações mitológicas de nosso desejo coletivo
de crescer além da pequenez e do trivial, além da ausência de sentido de nossas
vidas diárias.
Osho é um dos que descobriu a porta do
viver ou na dimensão atemporal do presente - chamou a si mesmo de
"verdadeiro existencialista" - e devotou sua vida a provocar outros a
procurarem a mesma porta, a saírem do mundo do passado e do futuro e descobrirem
por si mesmos o mundo da eternidade.
Desde sua mais tenra infância, na Índia,
estava claro que Osho não seguiria as convenções do mundo à sua volta. Passou
os primeiros sete anos de sua vida com seus avós maternos, que lhe permitiram
liberdade de ser ele mesmo, da qual poucas crianças desfrutam. Ele era uma
criança solitária, preferindo passar longas horas sentado em silêncio ao lado
de um lago, ou explorar as redondezas sozinho. A morte de seu avô materno, diz
ele, teve um efeito profundo em sua vida interior, provocando-lhe uma
determinação de descobrir o imortal da vida. Ao se juntar à crescente família
de seus pais e entrar na escola, estava firmemente fundamentado na clareza e no
senso de si mesmo, que lhe deram a coragem de desafiar todas as tentativas dos
mais velhos de lhe moldarem a vida de acordo com suas próprias idéias de como
ele deveria ser.
Ele nunca fugia de controvérsias. Para
Osho, a verdade não pode fazer concessões, pois assim deixa de ser verdade. E a
verdade não é uma crença, mas uma experiência. Ele nunca pede às pessoas para acreditarem no que ele diz, mas, ao
contrário, pede que experimentem e percebam por si mesmas se o que ele está
dizendo é verdadeiro ou não. Ao mesmo tempo, ele é implacável ao encontrar
meios e maneiras de expor as crenças como elas são - meros consolos para
amenizar nossas ansiedades frente ao desconhecido, e barreiras para o encontro
de uma realidade misteriosa e explorada.
Após sua
iluminação, com vinte e um anos de idade, Osho completou seus estudos
acadêmicos e passou vários anos ensinando filosofia na Universidade de
Jabalpur. Enquanto isso, viajava pela Índia proferindo palestras, desafiando
líderes religiosos ortodoxos, em debates públicos e encontrando pessoas de
todas as posições sociais. Ele leu extensivamente tudo o que pôde encontrar
para expandir sua compreensão dos sistemas de crença e da psicologia do homem
contemporâneo.
No final da década de 60, Osho começou a
desenvolver suas técnicas de meditação ativa. O ser humano moderno, ele disse,
está tão sobrecarregado com as tradições antiquadas do passado e com as
ansiedades da vida moderna, que precisa passar por um profundo processo de
limpeza antes de esperar descobrir o estado de meditação relaxado e sem
pensamento.
Começou a conduzir campos de meditação por
toda a Índia, proferindo discursos aos participantes e orientando pessoalmente
meditações por ele desenvolvidas.
No início dos anos 70 os primeiros
ocidentais começaram a ouvir falar de Osho, e juntaram-se ao crescente número
de indianos que foram iniciados por ele no neo-sannyas. Em 1974, uma comuna
estabeleceu-se à volta de Osho, em Puna, Índia, e logo os poucos visitantes do
Ocidente tornaram-se bastante numerosos. Muitos eram terapeutas que se
deparavam com as limitações das terapias ocidentais e que procuravam uma
abordagem que pudesse alcançar e transformar as profundezas da psique humana.
Osho os encorajou a contribuírem com suas habilidades à comuna e trabalhou
intimamente com eles para desenvolverem suas terapias no contexto da meditação.
O problema com as terapias desenvolvidas
no Ocidente, ele disse, é que elas estão confinadas a tratar a mente e sua
psicologia, enquanto que o Oriente há muito compreendeu que a própria mente, ou
melhor, nossa identificação com ela, é o problema. As terapias podem ser úteis
- como os estágios catárticos das meditações que desenvolveu - para aliviar as
pessoas de suas emoções e medos reprimidos, e para auxiliá-las a se perceberem
mais claramente. Porém, a menos que comecemos a nos desapegar dos mecanismos da
mente e suas projeções, desejos e medos, sairemos de um buraco somente para
cair num outro, ou num de nossa própria invenção. A terapia, portanto, deve
andar de mãos dadas com o processo de desidentificação e testemunho, conhecido
como meditação.
No final dos anos 70, a comuna em Puna
abrigava o maior centro de terapia e crescimento do mundo, e milhares de
pessoas vinham participar dos grupos de terapia e meditação, sentar com Osho em
seus discursos diários e contribuir com a vida da comuna, e alguns retornavam a
seus países e estabeleciam centros de meditação.
De 1981 a 1985, o experimento de comuna
ocorreu nos Estados Unidos, numa região de mais de duzentos quilômetros
quadrados, no alto deserto do Oregon. A ênfase primordial da vida da comuna era
construir a cidade de Rajeeshpuram, um "oásis no deserto". E num
período de tempo milagrosamente curto, a comuna construiu casas para cinco mil
pessoas e começou a reverter décadas de estragos - devido ao excessivo uso da
terra - restaurando riachos, construindo lagos e reservatórios, desenvolvendo
uma agricultura auto-suficiente e plantando milhares de árvores.
Osho deixa o corpo de dia 19
de janeiro de 1990. Apenas algumas semanas antes desta data, havia lhe sido
perguntado o que aconteceria com o seu trabalho quando ele partisse. Ele disse,
então:
“Minha confiança na existência é
absoluta.
Se houver alguma verdade
naquilo que estou dizendo,
isso irá sobreviver...
As pessoas que
permanecerem interessadas no meu trabalho
irão simplesmente
carregar a tocha, mas sem imporem nada
a ninguém...
“Permanecerei uma fonte de inspiração
para o meu povo,
e é isso que a
maioria dos saniásins sentirá.
Quero que eles
desenvolvam por si mesmos qualidades como o amor,à volta do qual
nenhuma igreja pode ser criada; como consciência,
que não é o monopólio de ninguém;
como celebração,
deleite; e que se mantenham
rejuvenescidos, com os olhos de uma criança...
“Quero que as pessoas conheçam a si
mesmas,
que não sigam as
expectativas dos outros.
E a maneira é indo
para dentro.”
Osho ditou a inscrição para o seu samadhi, a cripta de mármore
e espelho que contém suas cinzas. Ela diz:
Osho - nunca nasceu, nunca morreu. Apenas
visitou este planeta Terra entre 11 de Dezembro de 1931 e 19 de Janeiro de
1990.
"Pessoas iluminadas como o Osho estão à frente do seu tempo. É bom que cada vez mais jovens estejam lendo os seus trabalhos."
K R Narayanan, Presidente da Índia
"Osho é um mestre iluminado que está trabalhando com todas as possibilidades para ajudar a humanidade a ultrapassar uma fase difícil no desenvolvimento da consciência."
O Dalai Lama
"Fiquei encantando por ler os seus livros."
Federico Fellini
"Eu entrei a sério nos livros do Osho. Eu sempre amei os seus livros. Eles eram de primeira linha."
Marianne Williamson, autora
"Esses insights brilhantes beneficiarão todos aqueles que anseiam por conhecimento experiencial no campo da pura potencialidade inerente a cada ser humano. Este livro pertence à estante de cada biblioteca e a casa de todos aqueles que buscam conhecimento do ser superior."
Dr Deepak Chopra, Autor de: Corpo Sem Idade, Mente Sem Fronteiras; A Cura Quântica e Vida Incondicional
"Eu achei Nem Água, Nem Lua um dos livros mais refrescantes, purificantes e encantadores que eu poderia imaginar. É um livro que nunca deixará de ser um companheiro reconfortante."
Yehudi Menuhin
"Eu leio todos os seus livros."
Shirley MacLaine
"Eu li a maioria dos livros [do Osho] e escutei as fitas das suas conversas e estou convencido que na tradição espiritual, eis aqui uma mente de esplendor intelectual e habilidade persuasiva como autor."
James Broughton, poeta, e autor
"Ele é o religioso mais raro e mais talentoso a aparecer neste século."
Kazuyoshi Kino, Professor de Estudos Budistas, Colégio Hosen Gakuen, Tóquio, Japão