quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

FILME: INSTINTO




Ultimamente estou me poupando de tentar compreender o SER HUMANO!!!

Este filme nos sensibiliza e  nos faz refletir sobre o quanto somos guiados por nossas ilusões e quanto tentamos dominar coisas e pessoas.

 O filme mexe com você por nos fazer ver coisas que estão escondidas ou esquecidas em nossa “essência humana”.

De uma forma bem singular  temos muito que aprender sobre o amor, a natureza e principalmente as formas de relacionar-se com o Universo.

Não ha nada mais selvagem do que o mundo civilizado, O filme na verdade é uma aula de história, uma metáfora apontando para a salvação da raça humana e de todas as outras espécies:  animais, vegetais...

Em uma de suas viagens o Dr. Ethan Powell (Anthony Hopkins), um famoso antropologista, desaparece. Ele é encontrado em Ruanda dois anos depois, mas antes de ser detido ele mata três homens e fere dois. Após algum tempo o governo americano consegue sua custódia e ele passa a ser analisado pelo Dr. Theo Calder (Cuba Gooding Jr.), um psiquiatra que vê em Ethan um grande material para desenvolver uma pesquisa para se consagrar enquanto psiquiatra – recuperar um recolhido silencioso, considerado agressivo, irrecuperável e mantido algemado.
                  Nos primeiros contatos ,  o Dr. Powell não fala uma única palavra, Aos poucos esta barreira é quebrada e o médico aprende muito da vida com o antropólogo, que muitos  o consideram  “louco”. Daí em diante, só mesmo refletindo sobre o que é um  “homem civilizado” diante dos selvagens que vivem na natureza e que também, pelo homem, foram colocados na condição de inferiores. Powell traz em tona o quanto os homens não compreendem os “selvagens” e o quanto a vida civilizada é deturpada em seus significados.
              Powell encontrou no meio dos gorilas uma vida autêntica,  longe dos jogos perigosos que se armam na civilização. Os humanos correm todos pela paz, mas suas ações causam conflitos, um quer se sobressair diante do outro. A paz, tão desejada pelos humanos está entre os “selvagens” e não entre “nós civilizados”, diz-nos a mensagem de Powell.
Temos muito que aprender sobre o amor, a natureza e principalmente  ao modo de viver.  

Observo que a capacidade de amar de um animal irracional é maior muitas vezes do que a de um ser humano pelo simples fato de um irracional não ter interesses próprios; também é livre de maldades e de sentimentos mesquinhos ; até mesmo os doentes mentais do filme chamados pelos "normais" de irracionais sabem amar mais que qualquer homem em seu estado de consciência.

Podemos, entretanto dizer que há duas espécies de instintos: o animal, e o moral. O primeiro é orgânico; é dado aos seres vivos para a sua conservação; é cego, quase inconsciente, quase um contrapeso à sua indiferença e à sua negligência – nos iguala aos homens do Mito da Caverna. 
Já o mesmo não acontece com o instinto moral, privilégio do homem, que podemos distinguir  o bem do mal. Ora, essa diferença é devida ao estado de maior ou menor de consciência,  O homem que já é depurado em si faz o bem sem premeditação, como uma coisa natural
                Então eu pergunto: Qual o limite da loucura? Ou...o que é loucura? Humanamente,  estamos evoluindo?

                Enquanto os animais protegem-se uns aos outros nós nos protegemos uns dos outros.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

POEMA: PROMESSAS DE UM MUNDO NOVO - THICH NHAT HANH

Prometa-me Prometa-me neste dia Prometa-me agora Enquanto o sol está sobre nossas cabeças Exatamente no zênite Prometa-me: Mesmo que eles Ac...