Baseado em uma história real vivenciada pela irmã da diretora em 2011, o curta tem como protagonista Joseph, um menino órfão refugiado, que se encanta por um guarda-chuva amarelo quando o orfanato em que vive é visitado por uma mulher e sua filha que chegam para doar brinquedos.
Em pouco mais de sete minutos e sem nenhum diálogo, o curta : "Umbrella" toca na ferida dos refugiados ao narrar a tocante história de Joseph, um menino húngaro, refugiado e abandonado pelo pai em um orfanato que sonha em ter um guarda-chuva amarelo. o inusitado objeto é o seu único elo com o pai, cuja última lembrança é vê-lo partir com o tal guarda-chuva. Até que o dia em que uma garota, acompanhada pela mãe, chega ao orfanato para fazer uma doação e traz consigo o tão desejado guarda-chuva amarelo.
A relação da criança com o objeto não é só material, mas também afetiva, e é possível observar que, mesmo tão pequeno, o menino já passou por momentos bem dolorosos. Em entrevista à imprensa, a diretora contou como foi o encontro: “Ele falou: ‘Eu queria um guarda-chuva porque quando o meu pai me deixou aqui, estava chovendo, então acho que se eu tiver um guarda-chuva, meu pai vai me buscar'”.
umbrella tem um visual extremamente caprichado, as cores são vivas e bastante intensas. A direção de arte é rica, atenta aos mínimos detalhes do cenário e impressiona pela beleza - tudo se conecta de maneira harmoniosa. A direção não precisa de muitos elementos para cativar o expectador, a história tão universal e infelizmente corriqueira, já é o suficiente para emocionar.
O letreiro final avisa: baseado em eventos reais. E mesmo que não fosse, seria mais um caso típico de " a arte imita a vida", ao contrário do equivocado " a vida imita a arte".
O roteiro já estava pronto desde o final de 2011 e transmite ao público, além da emoção e conceitos como empatia, os questionamentos de pautas sociais tão atuais como a imigração. Com trilha sonora marcante composta por Gabriel Dib e executada por orquestra de 30 instrumentos, o curta dá ao Brasil a possibilidade de ser reconhecido internacionalmente, já que o formato sem diálogos possibilita que uma grande quantidade de pessoas o assista.
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