Estoicismo está em moda, e é justo que esteja, pois é uma escola de Filosofia sensacional, entre outras coisas, pela postura que ensinam que se deve manter diante de tempos difíceis, sem jamais perder a dignidade e conservando sua humanidade. Vamos ver o que os estoicos poderiam nos dizer, quanto à crise que vivemos?
Vou relacionar algumas características do pensamento estoico e comentá-las.
✅ Moral sólida: no nosso caso, reflete-se no autocontrole necessário para que nossas posturas não dificultem ainda mais a vida do grupo, da comunidade, da humanidade (que boa característica, esta: agora, somos obrigados a pensar como humanidade!). Não é hora de se fazer o que se quer, mas o que se deve, por consciência e por responsabilidade.
✅ Ensinamento mediante exemplo: ao invés de continuarmos a disseminar notícias alarmantes e nem sempre tão corretas assim, encontrar um modelo de vida adequado e saudável, dentro do cenário restrito em que nos coube viver, e compartilhá-lo, para mostrar que é possível estar bem, tranquilo e fazendo quase tudo que é necessário.
✅ Responsabilidade: “Nada acontece ao homem que não seja próprio do Homem” ou “A extinção da culpa marca o início do progresso moral” são dois bons conselhos estoicos para a pauta do dia. Parar de procurar culpados, de se sentir vítima, e ver o que podemos aprender com esta interferência abrupta em nossas vidas. Presenciamos um fato histórico sem precedentes: será que ele traz algo interessante para nossa reflexão?
✅ Ataraxia: há coisas que dependem de nós e outras que não dependem. Sobre as que não dependem, serenidade. Sobre as que dependem: responsabilidade. Se falho naquilo que depende de mim, isso, e só isso, deve ser lamentado. Quanto ao que não depende, saber aceitar e reagir com inteligência e responsabilidade para com o todo: “O que é bom para a colmeia, é bom para a abelha.” Enfim, acho que vale levar a sério o conselho dos estoicos!
Lúcia Helena Galvão, professora de Nova Acrópole.
Nenhum comentário:
Postar um comentário