quinta-feira, 27 de junho de 2019
VIAGEM: CUPIRA
Dia 22 viajei para Cupira com uma turma. Especificamente para a Pousada Lar de Glória. Foi a segunda vez que fui neste local. A primeira vez que fui, fiquei encantada e desta vez continuei com o mesmo sentimento e impressão. O lugar é super aconchegante , funcionários educados e prestativos, estrutura boa, comida simples e acomodações simples mas que te deixam confortável , embora existam alguns quartos mais exóticos.
Percebemos,eu e meu primo Sandro, que é uma cidade calma, tranquila.
Perguntamos aos moradores sobre alguns pontos turísticos que poderíamos ver na cidade. Todos os que conversamos não falaram bem da cidade e disseram que não tinha muita coisa para ver. um morador enalteceu a cidade vizinha.
Outro falou que o ponto turístico que tinha era a fazenda aonde estávamos.
Poucos sabem a história da cidade, pelo menos as pessoas com as quais dialogamos não nos falaram muita coisa.
As principais atividades econômicas são a agropecuária e o setor de confecções que conta com mais de mil fabricos que movimentam a economia, sendo Cupira o 4º polo têxtil do agreste, conta, ainda, com feira livre e a feira de teste apenas com artigos do vestuário.
Há grande produção de mosquiteiro e enxovais infantis. A economia aposta nas confecções, na indústria de móveis e bebidas e também no turismo, por meio do incentivo ao motociclismo com evento anual.
A pista de motociclismo se destaca como opção de lazer com obstáculos naturais, areião, lamaçal, rios para travessia e muito mais.
O município preserva ainda uma região de descendentes dos quilombos, o ponto Zumbi dos Palmares, no Sítio Sam Baguim, a exatos três quilômetros da cidade.
As manifestações culturais do município destacam-se com a prática da capoeira e da mazurca, tradicional dança de origem europeia, mas que é largamente difundida na região. Anualmente, em outubro, a cidade realiza a Semana da Cultura, evento coordenado pela Secretaria Municipal de Cultura em parceria com a Secretaria de Educação, em que se apresentam grupos folclóricos regionais.
Ao longo do ano, o município realiza diversas festas, como a Festa de Santos Reis, em janeiro, a Caminhada da Fé, procissão que sai da Igreja Matriz para o sítio Serrote Liso, a festa de São João que movimenta bastante a cidade, com atrações juninas e quadrilhas estilizadas, na avenida Miguel Pereira Neto, um dos cartões postais da cidade, além do tradicional Enduro das Águas, evento anual de motociclismo desportivo e que reúne trilheiros e apaixonados por motociclismo de todas as cidades da região, do Brasil e do exterior.
Cupira passou a se desenvolver cada vez mais, graças à cooperação de pessoas de recursos e mais generosos, como o Capitão Antônio Marinho, que muito colaborou com a comunidade. Estradas foram abertas acelerando mais e mais o progresso de Cupira, que em breve foi transformada em povoado. Em 1896 foi realizada a primeira feira livre. Em maio de 1919 foi celebrada missa, oficializada pelo padre Francisco Luna.
Cupira foi elevada à caategoria de cidade por força do decreto-lei estadual nº 1818, de 29 de dezembro de 1953, ocorrendo do município no dia 20 de maio de 1954.
Abaixo algumas fotos do Lar de Glória.
BIOGRAFIA : ELZITA SANTA CRUZ
Faleceu, na madrugada desta terça (25), aos 105 anos, Elzita Santa Cruz, mãe do desaparecido político Fernando Augusto Santa Cruz e do vereador de Olinda, Marcelo Santa Cruz. Nascida em Água Preta, interior de Pernambuco, era símbolo de luta pelo movimento democrático no país. Foi incansável na busca por notícias do filho, que desapareceu no Carnaval de 1974, aos 26 anos de idade, no Rio de Janeiro, a caminho de um encontro com ativistas da Ação Popular Marxista- Leninista. Outros dois de seus dez filhos, Marcelo e Rosalina, também foram perseguidos pela ditadura. O velório de dona Elzita será realizado na Câmara Municipal de Olinda, a partir das 15 horas.O corpo será cremado nesta quarta (26), em cerimônia provavelmente restrita à família.
Dona Zita, como era chamada, iniciou sua saga por prisões, quartéis e órgãos de repressão à procura dos filhos. Sempre foi grande defensora delea. Fernando foi o primeiro a ser preso. Três anos depois, foi a vez de Marcelo que chegou a ser expulso da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco por sua atuação política. O atual vereador chegou a exilar-se em Portugal e passou pela Bélgica como alternativa ao cerco à família. Dois anos depois, a filha mais velha, Rosalina, atuais 70 anos, foi sequestrada por agentes da repressão no Rio de Janeiro em companhia do marido. Rosalina pertencia à organização Vanguarda Armada Revolucionária Palmares.
A busca de dona Elzita pelo filho consistiu na peregrinação por quartéis, como o DOI-Codi, e procura por entidades, políticos e autoridades do regime, além da Cruz Vermelha, Anistia Internacional e Organização dos Estados Americanos. Acabou tornando-se símbolo da resistência. Lutou até quando pôde pela descoberta do paradeiro de Fernando, embora não tivesse mais pretensões de descobrir a identidade dos possíveis assasinos do filho. Elzita perdeu a lucidez há apenas três anos, aos 102. Votou até o ano anteior, aos 101. Vivia em Olinda, ao lado da filha Eleonora e, ao redor dela, ainda orbitava toda a grande família.
Um dos netos de Elzita, Filipe Santa Cruz, filho de Fernando é, atualmente presidente da OAB nacional.
Em comunicado, o filho Marcelo Santa Cruz informou o falecimento da genitora. "Comunicamos que acaba de falecer (dia 25/06) minha querida mãe (ELZITA SANTA CRUZ,), que deixou um exemplo de vida aos 105 anos. Dizia Dom Hélder Câmara, para ter uma vida longa era preciso ter uma boa causa para lutar", afimou.
Chico de Assis, também preso político, descreveu o falecimento como uma incomensurável perda para a luta democrática. "Não apenas no Brasil! Ela era um símbolo internacional de luta pelos direitos humanos, que adquire importância ainda maior quando se percebe os ventos que sopram hoje no mundo!", destacou.
A jornalista Sílvia Bessa, do Diario de Pernambuco, acaba de por um ponto final numa minibiografia que escreve sobre Elzita a convite do Instituto Wladimir Herzog. O instituto convidou 13 jornalistas de todo o país para escrever sobre mulheres com histórias de protagonismo para o livro "Heroínas desta história", a ser publicado ainda este ano. "Foi uma grande honra para mim escrever sobre esta forte e incrível mulher, exemplo de coragem". Silvia entrevistou dona Elzita por quatro vezes para trabalhos anteriores e, para este perfil, ampliou pesquisas junto a família.
Biografia - Elzita nasceu em Água Preta, interior de Pernambuco, passou a infância em Alagoas e a adolescência em Palmares. Aos 21 anos, casou-se pela primeira vez. Seis meses depois o marido morreu de tuberculose. Cinco anos mais tarde, uniu-se ao médico sanitarista Lincoln Santa Cruz e mudou-se para Olinda. Teve dez filhos (perdeu três), além de 28 netos e 24 bisnetos.
quarta-feira, 19 de junho de 2019
ILUSTRADORA CAROL ROSSETTI
A semana passada trabalhamos com algumas ilustrações de Carol
Rossetti, pois achei interessante falar sobre a questão da identidade da mulher
de uma maneira leve e lúdica. Seus desenhos retratam diferentes perfis de mulheres, trata dos
estereótipos e cita frases que muitas já devem ter ouvido em algum momento da
vida. Frases que questionam quem você é o que você pode ser. É um trabalho
inclusivo e inovador.
Segundo Carol, em uma de suas entrevistas: “O projeto
Mulheres surgiu exatamente nessa minha empreitada de criar um portfólio. Um
dia, eu me propus um auto-desafio de fazer um desenho por dia, e para garantir
a disciplina, fiz uma página no facebook para postá-los. Na época, só meus
amigos mais próximos e alguns familiares me seguiam. Eu já vinha lendo bastante
sobre feminismo, já vinha observando algumas situações cotidianas que
aconteciam com todas as mulheres de uma forma ou de outra, e resolvi criar umas
mensagens positivas em relação a isso. Como só os meus amigos viam meus desenhos,
não hesitei em usar uma linguagem super intimista. E assim eu comecei a postar
os desenhos”.
Carol é ilustradora desde os 4 anos e se formou em design
gráfico em 2011. Ela é autora de vários quadros que (com certeza) você já viu
pela internet, além do livro “Mulheres – Retratos de
Respeito, Amor-Próprio, Direitos e Dignidade”
“Todos
travamos batalhas internas e enfrentamos desafios diariamente, e é importante
respeitarmos o fato de que há muito mais no outro do que o que enxergamos em um
primeiro momento”
Carol Rossetti, autora do livro Mulheres
Seus Retratos!
Em seu site, Rossetti diz
que os quadros foram surgindo de forma espontânea e com intenção inicial
de que pudesse compartilhar coisas boas com quem a acompanhava e, com isso, ela
passou a transmitir em suas ilustrações algumas restrições cotidianas que elas
passavam ou via outras pessoas passarem.
Quando trata-se de críticas, ela
comenta: “Tem críticas, sim. Acredito que
existam dois tipo de críticas: as construtivas e as destrutivas. As primeiras
são pessoas que me davam toques ótimos, sugerindo uma forma melhor de me
expressar em relação a alguma coisa, chamando atenção para um grupo de pessoas
que não estava sendo mostrado, ideias de como tornar o trabalho mais diverso,
sugestões de palavras que evitassem uma dupla interpretação... Enfim,
discussões que visam o crescimento do próprio projeto. E tem gente que só quer
chamar pra briga, quer xingar, ofender, etc. Em geral, vinham de pessoas com
interpretação de texto bem duvidosa, me acusando de incentivar as mulheres a
abortarem (oi?) ou a odiarem os homens (mas gente?)”.
Em
2016, após o sucesso de ‘Mulheres’, foi lançado ‘Cores’. O projeto em
quadrinhos foi idealizado para o público infantil e conta histórias de um grupo
de crianças que querem ser livres para brincar sem os preceitos estipulados
pela sociedade. Carol afirma que é muito importante ajudar na luta para a
desconstrução de preconceitos, mas que auxiliar na construção de cidadãos
melhores também é fundamental. “Cores foi feito para o público infantil, mas
acabou que os adultos também gostam e consomem o produto’, revela.
Questionada
sobre como ela vê a importância de seus trabalhos no contexto social, Rossetti
disse que tenta romper com rótulos estabelecidos na sociedade. “Todo
pessoal que trabalha com narrativa, com ou sem imagem, constrói o que é visto
como normal. Eu tento trazer uma representatividade mais abrangente, para uma sociedade
que tem muitos abismos representativos”, explica.
GIBRAN: AUTOCONHECIMENTO
Imaginem falar de coisas tão
profundas como : AUTOCONHECIMENTO numa
superfície tão pequena. Isso é típico dos autores clássicos. Gibran tem de ser
muito denso; ele tem de ter muita profundidade. Em pouca extensão dizem muita
coisa.
Nós somos o contrário disso: falamos muito e não
queremos dizer quase nada, conversas muito superficiais, em geral.
Esse tipo de leitura é trabalhosa, porque você tem de
manter a atenção concentrada, e mastigar cada palavra.
Trata-se de um mito , porque um mito significa que
ele está teatralizando fora aquilo que está acontecendo dentro do homem.
Todos os mitos têm um único personagem que é o homem,
o personagem central. Os secundários são fatores psicológicos dele, projetados
do lado de fora para que ele os veja.
Jung fala muito disso: que os nossos sonhos e a
estrutura onírica, é a mesma coisa.
Todos os personagens dos seus sonhos, curiosamente é
você mesmo. É a sua consciência se vendo fora, já que não consegue se vê
dentro. É uma projeção, o mito; para que o homem possa fazer um processo de
autoconhecimento.
Então o homem está conversando consigo mesmo depois
de um ciclo de 12 anos. Esses doze anos é como se representasse uma vida, uma
encarnação. Como se ele estivesse fechando uma experiência de vida; dialogando
consigo mesmo e concluindo quais as coisas ele aprendeu da vida. Como se ele
estivesse somando todo aprendizado de uma vida. Interessante porque ele propõe
um diálogo interno, um momento de vida interior.
O ciclo da Natureza tem os Equinócios. Outono é um
ciclo em que a Natureza recolhe suas energias para dar exatamente ao homem a
oportunidade de vir para dentro e depois ir ao mundo na primavera-verão, tendo
algo para compartilhar. Porque um homem vazio não tem nada para compartilhar.
Vida interior – diálogo interno.
A coisa mais comum na literatura antiga é que o homem
foque sua vida em duas coisas: conhecer a si mesmo e dominar a si mesmo. E isso
vai lhes permitir chegar ao seu alvo, que são valores, virtudes e sabedoria, o
ideal humano.
O famoso pórtico de Delfos, na Grécia- “ homem, conhece-te a ti mesmo”; tão falado e
repetido, mas tão pouco praticado, era a base da filosofia grega.
Um poeta grego chamado Píndaro, ele dizia o seguinte:
“Sê quem és, sabendo.” Como é que você vai ser mesmo se você não sabe quem é.
A evolução nada mais é do que a evolução da
consciência.
O que
evolui em nós? Luz sobre trevas,
consciência daquilo que somos. Isso é a verdadeira evolução. Não adianta
sermos, se não sabemos o que somos não vai nos adiantar.
A questão
humana é: ser e existir. E existir exige que você tenha consciência do que você
é. Se não, você existe superficialmente, sobrevive; ou existe como aquilo que
você não é, como se fosse um bichinho.
Então esse
elemento do autoconhecimento, não é à toa que é um dos capítulos mais
conhecidos do Profeta. Muita gente recita, é muito bonito, como tudo dele é
muito poético.
“ E um homem disse:
-
Fala-nos do autoconhecimento
E ele respondeu dizendo:
No livro “
O Mundo de Sofia” do professor Joisten Gaarder bem no início do livro coloca um
exemplo que ele diz: ‘ Imagine que você faça um boneco de barro e dê um sopro
de vida nele e ele sai andando. O que você acharia se esse bonequinho saísse
andando em frente e perguntando: Onde vou morar?
O que é que eu vou vestir?
Onde eu vou trabalhar? Quanto eu
vou ganhar por mês? Faz todas as perguntas irrelevantes do Universo e em nenhum
momento esse boneco para, detém o passo e pergunta: “Quem sou eu, hein?” “ Por
que me construíram?” “O que você espera de mim?” “Você me fez pra quê?”.
O que
pensaríamos sobre este boneco? Ele está com defeito de fabricação, deixa eu
fazer outro; não é isso? Enlouqueceu, o coitado. Está alienado.
Não
perguntar nunca quem somos nós e que vivemos fazer aqui, é como se fôssemos
isso. E é lógico que toda pergunta, toda curiosidade, toda busca de saber teria
de começar por isso – isso é a base da FILOSOFIA.
Quem somos
nós? É descobrir como nos completamos, qual é o nosso ideal, e quais as
ferramentas que nos permitem caminhar por essa estrada.
Vosso coração conhece, em silêncio,
o segredo dos dias e das noites,
mas nossos ouvidos anseiam por ouvir
o que
o vosso coração sabe.
Coração é o simbolismo do
Centro. Na verdade, o nosso verdadeiro coração é um centro, uma essência que as
tradições todas dizem que o homem tem, que o homem tem uma essência imortal e
uma aparência transitória. Esse centro no qual a vida gravita, esse é o
verdadeiro coração. E desse Centro, dessa identidade irradia uma certa intuição
que conhecemos e sabemos.
Quando nos defrontamos, com uma das coisas mais
inquietantes da vida, que é a morte. Existe coisa mais paradoxal do que a
morte?
Por muito que você leia a respeito, por muito que
você conheça do assunto, por muito que tenha suas crenças, mas não é estranho
que toda essa vida que vibra dentro de um ser humano, de repente... foi-se...
É um boneco
inerte, frio. Cadê imaginação, vontade, amor, inteligência...toda vida que
vibrava ali? Não é uma loucura que o ser humano de uma hora pra outra não seja?
Como não é?
Essas
coisas têm de ter uma solução de continuidade. Não podem desaparecer. Isso é um
paradoxo; isso é um contra-senso.
Para onde
vai aquilo que nós chamamos de ser humano?
Existe
dentro de nós alguma coisa que se revolta e diz “Não”. Isso não é real.
Esse é o
teu coração dizendo: A morte não é uma realidade. Aí vem a mente racional,
concreta, essa prática: “Ah, besteira, deixa isso pra lá”, propaganda, destrói
essa nossa percepção íntima e profunda.
Vocês
percebem que isso ecoa ao longo da história da humanidade, num protesto íntimo
contra isto que nos dizem que é real e que não pode ser. É muita coisa para de
repente virar nada de uma hora pra outra.
E esse eco de incompreensão e de revolta contra esse paradoxo ecoa tão
antigo quanto a existência do homem. Então nós intuímos que existe algo mais;
que o homem tem uma essência imortal,, algo que vibra por trás da aparência.
Mas a nossa razão prática não sabe disso. Às vezes até o pensamento sabe: “Ah,
Platão diz que possuímos uma essência imortal”. Isso é bonito de dizer, né? Dá
um status. Todo mundo vai pensar: “Ela lê Platão.” Às vezes, até como uma
ideia, a gente sabe; mas uma razão prática que norteia nossa vida e uma ação
condizente com isso, a gente não tem. Aí esses dois mundos ficam desconectados,
um necessitando do outro. Nosso coração necessitando se realizar no mundo e a
nossa vida no mundo necessitando de um sentido mais profundo. E o mito do amor
romântico dessas histórias antigas, no fundo é isso: é o homem querendo
encontrar a sua alma, uma essência mais profunda.
Se vocês virem o poema de
Fernando Pessoa – Eros e Psiquê é isso:
o Príncipe buscando a sua alma adormecida, os dois, um precisando do outro. A
essência precisando da aparência e vice-versa. Então ele diz: “vossos ouvidos
anseiam por ouvir aquilo que seu coração sabe. Vossos olhos anseiam por ver.
Uma hora, vai ter que ter uma comunicação entre esses dois mundos, porque senão
você morre sem ter vivido. Você se torna eternamente um estranho para si
próprio. E isso é muito esquisito. O que nós viemos fazer na nossa vida, se não
conhecer a nós mesmos? O que nós fizemos ao longo de toda uma vida, não deu
tempo pra isso? O que você fez com o tempo? O que era mais importante que isso,
não é curioso? É como você ir na esquina comprar um jornal e voltar sem o
jornal. Não deu tempo. Como assim? Você não foi lá pra isso? Nós viemos ao
mundo pra quê? Senão para conhecer a nós mesmos e caminhar. Não deu tempo. Isso
é meio paradoxal, né? Deu tempo pra quê? O que você fez com o tempo?
Lembra da
parábola bíblica dos talentos? – Não fiz nada. Uma vida perdida. E olha que
somos tão apegados à vida e a jogamos fora. Jung fala sobre isso: que o homem
do sé XX, que fala tanto de economia, é um esbanjador. Esbanja o mais precioso:
o espírito.
Desejais conhecer em palavras
aquilo que
sempre conhecestes em pensamento.
Quereis tocar
com os dedos o corpo nu de vossos sonhos.
E é bom que o desejeis.
Ou seja,
esse monte de ideias, esse monte de tradições, que dizem que existe uma
essência dentro de você, esperando ser descoberta. Bom, eu quero ver. Eu quero
que isso venha ao mundo e faça diferença em minha vida. Eu quero numa ação
prática, perceber que eu já não tenho tanto medo assim, porque eu me sinto um
ser que vai perdurar além da morte. Eu quero numa ação prática, perceber que eu
sou um ser humano e que isso é mais do que meramente um ser instintivo. Que
existem valores. Existem virtudes dentro de mim. Eu quero me ver e quero me
reconhecer. Só para ressaltar, no livro “ O diário de Marilyn Monroe e num
determinado momento, ela para e fala o seguinte: “as pessoas não gostam
realmente de mim. Gostam de uma imagem que foi criada pelo cinema. Elas não podem
gostar de mim; elas não me conhecem. E na verdade, sabe de uma coisa? Eu também
não me conheço, portanto, nem eu gosto de mim. Quem sou eu? “
Então todos
nós desejamos arredar essa sombra material e descobrir o que é que palpita
dentro de nosso coração. Quem são de fato nós? Quais são os nossos sonos? O que
realmente nos realiza? O que realmente nos faz feliz? O que nos dá paz? Isso é
muito curioso, porque nós somos às vezes, tão mecanizados pelos hábitos da
sociedade, que até para nos divertirmos, nós fazemos o que é padrão. Então:
férias aqui, trabalho ali, descansar acolá.
Somos
estranhos para nós mesmos. Por quanto
tempo? Espero que não por toda vida. Então todos nós temos essa ânsia de unir
esses dois mundos: tocar com os nossos dedos a verdadeira identidade; o nosso
verdadeiro rosto.
A fonte secreta de vossa alma
precisa brotar e correr murmurando, para o
mar.
E o
tesouro das vossas profundezas ilimitadas
Precisa revelar-se a vossos olhos.
Uma das coisas
mais antigas que existe dentro da Filosofia é a ideia , a teoria da alma
prisioneira. Diz que essência, ela precisa se expressar; ela veio ao mundo pra
isso. É como se você imaginasse uma luva que você coloca na mão para que você
mexa, por exemplo, no jardim. A tua mão precisa se expressar. Essa luva não
pode ter os dedos todos grudados de tal
maneira que a mão não se mexa lá dentro. Ela tem de ser maleável ao domínio da
mão. É como se de repente, você fizesse da luva uma cárcere da tua mão. E ela não
se mexesse lá dentro e aí ficasse ansiosa por mexer na terra, por atuar no
mundo, e não consegue se expressar. A alma prisioneira.
Platão dizia que, na verdade, educar é abrir as
grades da cela, dessa alma prisioneira,
para que entre ar, para que ela não sufoque. Educar é romper as barreiras que
te impedem de ter vida interior, de conhecer a si próprio. Educar era muito
mais profundo do que extenso. “Eduzir” é trazer à tona aquilo que você tem de
real. Inteligência também vem disso: “Intelegere”, escolher dentre. Dentre tudo
aquilo que você não é, quem é você, por exemplo. Encontrar a tua verdadeira
identidade é o máximo ato de inteligência. Então, a tua alma, ansiosa dentro de
você, quer se expressar no mundo. E você o que está fazendo no mundo, se não
falando pela tua alma? O que você veio fazer aqui? Qual recado que você tem
para dar ao mundo?
Quando Beethoven já completamente surdo, escreve uma
carta ; “ O testamento de Heilingenstadt” em que diz o seguinte: ele não
terminava com a sua vida ali porque ele tinha um recado para dar ao mundo, que
Deus tinha pedido que ele comunicasse aos homens, que era a sua música, e ele não tinha terminado de dar esse recado.
Portanto, ele não podia se isentar dessa missão enquanto não estivesse
completa. Será que também não temos nosso recado para dar? E quem está mandando
esse recado? Nós não ouvimos, não sabemos o que viemos fazer aqui. Nós não
podemos tombar sem ter dado o nosso recado. Não podemos deixar de cumprir a
nossa missão. A alma precisa se expressar e nós precisamos que ela se expresse
para que a nossa vida tenha algum sentido, para que faça diferença.
Mas não useis balanças para
pesar vossos tesouros desconhecidos.
E não procureis
explorar
as profundezas do vosso conhecimento
com uma vara ou uma sonda.
Uma das coisas mais
complicadas que tem quando você considera, pelo menos como possibilidade
que o homem tem uma existência e uma essência, algo imortal por trás dessa
aparência. Imaginem que isso exista. Vocês percebem que a gente quer prova
disso do mesmo jeito que a gente tem provas disso?
Então, eu tenho um corpo: Qual é a altura? Um e 63.
Qual é o peso? Não vou contar porque está um pouco excessivo. Qual é a cor do
cabelo?...
Você quer mensurar, você quer medir, você quer
colocar uma vara, ver o comprimento. Eu tenho alma? Que tamanho que é ela? Que
modelo? São umas coisas que a gente não entende , que são dois mundos que se
comunicam e cada mundo tem suas leis próprias. Não dá pra mensurar dessa forma,
até porque existe uma curiosidade ai, essa nossa alma, isso é a coisa mais
complicada de se entender, é como se fosse uma célula de uma grande alma “anima
mundi”, a lama do mundo que é uma só. Na
Índia, dizem que nós somos, como se
fôssemos uma perolazinha de um colar por onde passa um fio. E esse fio passa
por todas as coisas do Universo. Quando você quer ver tua essência, você vê um
pedacinho de fio. Mas num determinado momento, você vai perceber que esse
pedacinho de fio é só um momento de um grande fio, que passa por dentro de tudo
no Universo. Ou seja, a tua essência é uma célula da grande essência do
Universo, que é uma só. A tua essência é uma gota de um grande oceano. Então, é
muito difícil, como tua essência pertence ao mundo da unidade e o teu corpo
pertence ao mundo da multiplicidade, são duas coisas que não dá para você
conhecer com as mesmas ferramentas.
Existe um conjunto de pseudo-cientistas que se metem
a escrever, livros , por exemplo, pra dizer que Deus não existe. Um inclusive, fez muito sucesso : “Deus, um
delírio”. É a coisa mais insólita que você possa imaginar. Imaginem, que a
nossa mente concreta, prática ela trabalha para conhecer as coisas por um
critério muito simples, por adjetivação. Não tem jeito de você conhecer as
coisas a não ser através de adjetivos: pequeno, cilindrico,laranja... E todo
adjetivo é uma limitação. O verdadeiro cientista, não vai fazer uma coisa
dessas, vai fazer ciência, não vai se meter em coisas dessa natureza.
Quando você está falando da unidade, porque a nossa
essência pertence a unidade, se você adjetivar, ela deixa de ser. Ela vira
duas, três, quatro...Qualquer adjetivo que você der ao mundo espiritual, que é
uno por natureza, ele deixa de ser porque os adjetivos limitam. Vocês já viram
uma mente trabalhar dessa maneira? Porque a característica do mundo espiritual
é ser uno. Ele é tudo ao mesmo tempo. Pensem num ser que é assim? Não dá pra
pensar...
Ahhh...então tem outras ferramentas de
conhecimento...temmm!!!! Tem aquela intuição, que nós falávamos, que vem do
centro, vem do nosso coração que percebe a unidade e temos uma razão prática,
como dizia Kant, que percebe a multiplicidade. São duas ferramentas para
conhecer dois mundos. Você não vai vir com uma fita métrica para medir sua
alma. Não vai dá!!! Ahh...então aquilo que eu não avalio com a fita métrica,
não existe. Tá bommm...Tá bom, é um critério bem redutivo, o seu. Porque
existem muitas coisas que hoje a ciência
já prova que existem e que não dá pra medir com fita métrica, certo? Então é um
critério muito materialista e redutivo. Assim são esses cientistas que querem
dizer que Deus não existe porque as equações matemáticas reduzidas deles não
abrangem Deus. Então não dá para conhecer a nossa essência como uma vara, como
uma fita métrica, seja lá com o que for.
Porque o Eu é um mar
sem limites e sem medidas.
Aquilo que desconhecemos de nós é muito maior do que
aquilo que conhecemos de nós. E aquilo que desconhecemos de nós é o quê? É como
se você fosse um momento em que a água se condensou, e se tornou, ilusoriamente,
gelo( uma coisa que é particular), mas continua sendo água.
O PROFESSOR Jorge Ângelo Livraga, que é um filósofo,
fundador da Nova Acrópole. Ele dizia o seguinte: você passa o dedo na areia e
faz um sulco. Passa o dedo na areia e faz outro sulco. Aí você diz: tem dois
sulcos. O primeiro é o quê? Areia. O segundo? Areia. O intervalo entre eles?
Areia. Então você tem o quê? Areia momentaneamente diferenciada. Então, essa
ideia da separatividade, que pra gente é um vício difícil de imaginar- e que é
a base do egoísmo- é difícil a gente imaginar viver sem ela; é um impedimento
para que a gente conheça a nossa essência. Por isso que diz que o homem quanto
mais altruísta é, provavelmente tem mais autoconhecimento. O homem é do tamanho
da sua generosidade. Vocês percebem os homens grandes da história não eram os
que tinham muita coisa, eram os que davam muita coisa. Davam muito de si.
Mudaram a história pelo tanto que deram. O homem é do tamanho da sua entrega.
Não digais: Encontrei a verdade.
Dizei de preferência: Encontrei uma verdade.
Sócrates falava disto de uma maneira muito
curiosa. Um dia perguntaram a Sócrates:
“Mestre, eu encontrei um homem
que disse que encontrou a verdade “. Sócrates disse: “ Olha, ou ele encontrou
mesmo e é um sábio completo; não sei nem o que ele está fazendo aqui ou ele não
sabe nem o que é verdade, é um ignorante completo e petulante. Em nenhum dos
dois casos essa pessoa que você encontrou serve para filósofo.” Porque o
filósofo sabe que não tem “ a verdade”. Ele tem um momento, onde ele, de
repente, olha para a vida e diz: “não é possível que isso seja só essa
aparência”. Há algo por trás, há algo nos bastidores. Ele vê um momento de
beleza e vê que a beleza é algo que passa pelo mundo e volta para o seu mundo,
mas que ela é eterna. Ele não acredita que a beleza cesse. Ele não acredita que
a bondade, a justiça cessem. Ele percebe que elas se refletem e voltam para o
lugar de onde vieram, mas que ela é algo eterno ou não existe. Porque algo tão
profundo, tão marcante, deixa pegadas tão grandes no mundo, isso não pode ser
real. Isso não pode ser ilusório. Esse momento, onde você tem esse “insight”,
você teve um momento de vida interior, você teve uma verdade. Você vislumbrou a
verdade. Mas, a grande verdade? Não. Um momento. Um flash. Um ângulo do prisma.
Jung costumava dizer que essas situações, que
acontecem com todos nós, felizmente, e que são os momentos mais sagrados de
nossa vida- a gente deveria guarda-los numa caixinha de joias, porque são as
nossas verdadeiras joias.
O homem acha que viu toda verdade e Jung chama isto
de inflação do ego, que pode girar um tipo de delírio. Ele vislumbrou por mérito,
ele rasgou um pouquinho os véus da ilusão e deu uma olhadinha na luz. Mas ele
ainda está aqui embaixo, ainda tem muito que caminhar para ver um pouquinho mais de
luz. Então nós encontramos uma verdade, por mérito, às vezes rasgamos o véu de
Maya, como dizem os indianos, e vemos um pouco da verdade.
Não digais:
“Encontrei
o caminho da alma”.
Dizei
de preferência:
“Encontrei
a alma andando em meu caminho.”
De repente eu tive a sensação ninguém pode tirar aquilo que
eu sou, eu não preciso estar tão inseguro. Não preciso estar tão ferido pelo
que as pessoas fazem comigo, porque aquilo que elas atingem, não sou realmente eu. Aquilo que eu sou profundamente,
ninguém pode tocar, ninguém pode ferir, ninguém pode magoar. Aí você sente um
estado de segurança e de liberdade como se fosse essa alma que dança.
Vislumbrei! Olha!! Tem alguém nos bastidores. Tem um ator por trás dessa máscara.
Isto existe em todo canto. Existe uma
passagem do Egito que está escrito nas paredes de um templo, muito bonita. Está n”O Livro dos Cantos Potentes”, que diz: "O teu nome é mais poderoso do que o nome dos Deuses. O
teu nome escrito sobre o teu escudo, o nome do Deus, sentado no centro da tua
barca. Oh barqueiro! Detém o teu reino, vira-te e olhe nos olhos daquele que vive
no centro da tua barca”.
Existe algo divino no centro da nossa barca e nós estamos
remando, alienados. Em uma hora- para isso,
olha para trás e vê quem você é. Vê quem é o dono da barca, quem é o
passageiro. E aí passa a respeitar mais, não enfia essa barca em qualquer
cantinho, em qualquer lodaçal porque você tem um ser divino dentro dela.
Percebam que essa visão é “respicere”, é saber ver? E aí você passa a se
respeitar. Eu não posso levar minha barca pra qualquer lodaçal, tem um
passageiro divino dentro dela. Eu me respeito. Por quê? Porque eu sei quem eu
sou. Ainda que vislumbre só de vez em quando...eu sei que existe algo e que
merece respeito. E aí eu posso respeitar os outros, porque eu sei que existe
algo dentro de mim, começo a também ter a possibilidade de acreditar nisso nos
demais. Senão, somos meras cascas. Por que respeitar cascas? Caímos nessa forma
de relacionamento que nós temos nos nossos dias. Todos nós. Tão dolorosa e tão
superficial.
Porque a alma anda por todos os caminhos...
Ou seja,
se ela é uma gota d’água no meio do oceano, por onde o oceano não passa? Se ela
é uma célula da grande alma do Universo, qual o espaço que a grande alma, o
Universo não penetra? Então você não encontrou o caminho da tua alma, você vislumbrou
um momento da tua alma, mas ela é muito maior do que você imagina. Nós queremos
que esta separatividade que nós temos aqui embaixo seja lá em cima também. E lá
em cima somos um episódio de algo que é eterno, sem limites no tempo e no
espaço. Portanto, você não viu tudo, porque se visse, não suportaria.
Existe uma
passagem da mitologia grega que uma das inúmeras namoradas de Zeus, Sêmele,
pede pra ele: “Me mostre na sua plenitude”. Zeus havia prometido que qualquer
coisa que ela pedisse, ele atenderia, e ele se vê numa enrascada. E ele se mostra
como o Todo. E ela fica tão horrorizada, que morre fulminada. Não temos como
ver o Todo da nossa alma. Nós vemos um episódio, um momentozinho. E vamos
juntando pecinhas, para que um dia, cheguemos a sabedoria, que é a visão do
Todo. Mas um flash desses é o momento mais belo de nossa vida. O momento em que
você olha e vê que a sua alma não se submete nem ao tempo nem ao espaço,
esperando que você a liberte, que você deixe –a bailar na tua vida.
Um momento, já é muito porque a alma anda por todos
os caminhos. E nós vimos um momento de um caminho.
A alma não marcha numa linha reta
nem
cresce como um caniço.
A
alma desabrocha
qual
um lótus de mil pétalas.
Essa particularidade da alma é muito semelhante à
descrição que ele mesmo faz do amor. O amor, por exemplo, se você quer ter no
amor algo sagrado, algo divino, não pense que esse amor vai subir feito um
caniço. Só naquele canalzinho. Para que você ame o divino, você tem de ir
espalhando as suas pétalas em todas as direções, você tem de amar toda a
humanidade. Não há como você ver a Deus se você não vir em todas as coisas. Se
você não vir a Deus em todas as coisas, não o verá em coisa nenhuma. Então ele
apenas não se verticaliza, ele também ganha espaço. Abrange todo Universo
manifestado, com as suas múltiplas pétalas.Mil pétalas é como se fosse o
símbolo do Universo. A tradição indiana, quando quer dizer que uma coisa é
infinita, usa esse número: mil. Mil faces, mil momentos, mil pétalas. Ou seja,
a nossa alma se expande e se une à alma de todos os seres. E só assim ela se
eleva. Por isso diz que a fraternidade é um dos sentimentos mais nobres do ser
humano. Porque fraternidade, generosidade é sintoma de autoconhecimento. A
verdadeira fraternidade, a verdadeira generosidade, sem interesses, sem segundas
intenções, mas como sede de alma, como necessidade de realização, é sintoma de
autoconhecimento. O homem que conhece profundamente a si próprio, ele sabe que
um pouco dele está em todos os seres à sua volta. Então, quando o ser humano
cai nos abismos, ele sabe que é uma parte dele que desceu e que vai ter de ser
resgatada e se sente responsável. Quando um ser humano se eleva, ele sabe que algo
dele se elevou e ele sente um pouco dessa plenitude. Ele sabe que ele e a
humanidade são um só. Na verdade, nós e o Universo. Em essência se diz que é
isso. Então o autoconhecimento não se verticaliza isolado, isso é ilusão que a
gente tem, que o intelectualismo gerou em nós. Se eu sou intelectual, eu tenho
diplomas, eu tenho títulos, são só meus, não são de mais ninguém. Ninguém se
beneficia pelo fato de que eu tenha pós , pós , pós -graduação. Doutorados e
mais doutorados.. Ele é uma coisa limitada aos meus próprios interesses pessoais.
A sabedoria, não. A sabedoria ela se expande, ela se demonstra criando laços
entre os homens e toda a humanidade. A sabedoria ela se demonstra. Pelas vossas
obras, vos conhecereis. Ela se reconhece pela capacidade de criar laços, de
tomar a humanidade como um problema teu, como parte de você mesmo. E só assim você se
eleva, isoladamente, não. Então a alma é isso: como um lótus de mil pétalas. E
conhecer a si próprio, reconhece—se – O homem
que conhece a si próprio, também se
reconhece em todos.
Nunca diz, como diz mais uma
veza bíblia: “dessa água não beberei”, ele sempre diz: “eu vou cuidar mais
desse defeito em mim”, para que outras pessoas não caiam através dele. Ele
reconhece que o Universo inteiro está também dentro dele, um microcosmo.
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