domingo, 20 de junho de 2021

BIBLIOTECA HUMANA


Desafie estereótipos, remova preconceitos e incentive o diálogo. Quantas vezes já julgamos uma pessoa à primeira vista? Certamente muitas. Para apoiar a teoria de que um livro não é julgado por sua capa, pensamos na Biblioteca Humana de Copenhague, na Dinamarca, ou a biblioteca viva, um lugar onde as pessoas são transformadas em livros.

Criada por Ronni Abergel junto com um grupo de jovens ativistas, parece uma biblioteca comum com bibliotecários e catálogos, a diferença é que para ler livros não é preciso folhear as páginas, mas iniciar uma conversa de cerca de 30 minutos com uma pessoa de carne e osso

Na prática, cada leitor escolhe um livro vivo com base nos títulos que resumem sua história. Há, por exemplo, “o rapaz gay”, “o sem-abrigo”, “o nudista”, “a mulher islâmica”, títulos curtos que pretendem intrigar e suscitar reações diversas.

De onde veio a ideia de “uma biblioteca humana”?

A Biblioteca Humana nasceu em 2000, mas a ideia já foi exportada para cerca de 70 países em todo o mundo, por ser considerada um sucesso na superação da desconfiança, incentivando o diálogo e a socialização.

A ideia principal consiste em: "Após escolher um tópico sobre o qual querem escutar, os 'leitores' pegam no seu cartão de biblioteca e são conduzidos a uma área de discussão, onde conhecem os seus 'livros'. O projeto foi inventado para incitar ao diálogo e fomentar a compreensão entre diferentes tipos de culturas e pessoas – pessoas com quem, normalmente, não interagimos".
Ou seja, grupos estigmatizados, ou estereotipados pela sociedade: "Minorias religiosas, raciais e sexuais [que] voluntariaram-se para contar as suas histórias".
De certa forma, a imagem poética e filosófica tem tudo a ver com a ideia de que somos todos bibliotecas vivas, compostas das leituras de livros e mundos que temos, e somos muito mais do que aparentamos, por isso seria ótimo pais e professores contarem um pouco de sua experiência de vida aos alunos e filhos e ouvir deles o mesmo, para neste diálogo, debater a importância da aprendizagem mútua.
Nenhuma vida cabe em um livro e toda a história da humanidade não cabe em nenhum banco de dados, pois é feita por situações e sensações além das capas dos livros e rostos das pessoas, além das fotos e vídeos que possa fazer e disponibilizar em um perfil de rede social. Há todo um componente cultural, histórico, artístico, imaginário e social em cada pequeno universo interior de um ser humano.
O desconhecimento do outro gera muitos equívocos de avaliação como o racismo, a xenofobia, a discriminação, a intolerância, o medo, o preconceito etc. E estimular iniciativas que possam contar um pouco da história da nossa humanidade, em sentido estrito, pensando a questão universal, tem total apoio do Educa Tube Brasil, pois pode inspirara educadores na confecção de algum projeto educacional inspirador.
Portanto, não julgues um livro somente pela capa, nem uma pessoa apenas pela primeira impressão..

Os livros vivos são todas as pessoas que estão cientes de estar ligadas a estereótipos e preconceitos, mas também são homens e mulheres ansiosos por desequilibrá-los contando sua própria experiência de vidaDesde 2003, a Biblioteca Humana é reconhecida pelo Conselho da Europa como uma boa prática porque responde à intolerância com compreensão.

 

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